Estou com muita saudadede ter mãe,pele vincadacabelos para trás,os dedos cheios de nós,tão velha,quase podendo ser a mãe de Deus— não fosse tão pecadora.Mas essa velha sou eu,minha mãe morreu moça,os olhos cheios de brilho,a cara cheia de susto.Ó, meu Deus, pensavaque só de crianças se falava:as órfãs.
Referência: Oráculos de Maio- ed Siciliano/São Paulo 1999. - pag 59
Adélia Prado é um dos mais importantes nomes da poesia feminina
brasileira do século XX. A escritora trabalhou como professora por
mais de 20 anos antes de se dedicar à carreira literária.
Nascida em 1935 na cidade de Divinópolis, Minas Gerais, Adélia
Luzia Prado Freitas é filha do ferroviário João do Prado Filho e
de Ana Clotilde Corrêa. Com a morte da mãe, em 1950, Adélia
escreve os primeiros versos. Depois, no ano seguinte, começa o
curso de Magistério e passa a lecionar. Formou-se também em Filosofia anos mais tarde. Além de poeta é contista, romancista e
cronista.
Casa-se em 1958 com José Assunção de Freitas, com quem teve cinco
filhos. Nos anos 70, enviou seus poemas para o crítico literário e
poeta Affonso Romano de Sant’Anna, que manda para Carlos Drummond
de Andrade que sugere a publicação dos escritos de Adélia e que
faz, inclusive, elogios à autora no Jornal do Brasil. Assim, o
livro Bagagem é lançado em 1976 com a presença de convidados
ilustres, como Juscelino Kubitscheck e Clarice Lispector. O coração
disparado, de 1978, ganhou o Prêmio Jabuti.
Obras / Poesia:
A Lapinha de Jesus - 1969 - em parceria com Lázaro Barreto
Bagagem - 1976
O Coração Disparado - 1978
Terra de Santa Cruz - 1981
O Pelicano - 1987
A Faca no Peito - 1988
Poesia Reunida - 1991
Oráculos de Maio - 1999
Muito obrigado pela informaçäo.
ResponderExcluirQue linda escolha,Taís! Adoro Adélia! Muito legal! bjs, chica
ResponderExcluirUma autora que não conhecia...
ResponderExcluirGostei imenso do poema!... Maravilhosa partilha, Tais!
Beijos! Continuação de uma óptima semana!
Ana
Belíssimo poema(e de profunda dimensão)!!! Parabéns pela escolha para homenagear Adélia Prado.
ResponderExcluirBjo, Tais :)
Querida Amiga você acertou em cheio, sua sensibilidade sempre fala alto, por isso você sempre acerta. Ler Adélia Prado, é acalmar a alma, e estou com os nervos à flor da pele precisando de um lenitivo em forma de poesia. Obrigada amiga por seres assim.
ResponderExcluirbeijinhos, Léah
Que lindo poetar de Adélia Prado.
ResponderExcluirObrigada por nos compartilhar essa bela escolha e a biografia dela.
Bjs Taís.
Carmen Lúcia.
Adélia Prado me deixa sem voz e sem palavras. Obrigado por nos brindar com este post.
ResponderExcluirTais
ResponderExcluirDesconhecia Adélia Prado, vou anotar nome deste vulto da poesia brasileira, de que com prazer, estou a tomar conhecimento. E aprecei a forma, aparentemente, simples de escrever poesia.
Obrigado pela divulgação.
Gostei da poesia, assim como gosto da pintura de Mary Cassat...
ResponderExcluirA boa poesia não dispensa refinada sensibilidade e sentires profundos.
Agradou-me sobremaneira conhecer uma poetisa de valor reconhecido por Drummond de Andrade, educada numa família proletária e com formação psicológica, pedagógica e didática.
Nasceu a 13 de Dezembro, tal como a minha filha.
Um ótimo destaque a esta mineira, proeminente figura da cultura brasileira.
Vou colocá-la na lista de livros a adquirir e ver se a consigo encontrar.
Dias de Carnaval muito calmos e felizes, no sossego do seu lar...
~~~ Beijos, querida amiga ~~~
Parabéns pela escolha do poema intrigante e muito profundo sobre a maternidade ou falta dela de Adélia Prado.
ResponderExcluirJá tenho lido vários poemas seus e todos têm um grande dimensão humana.
Noto também a escolha cuidada da bela pintura.
Um beijinho
Uma escolha brilhante.
ResponderExcluirBeijinhos
Maria
Boa noite, amiga Tais, gosto muitíssimo de Adélia Prado, e sua escolha de poema é emocionante. A figura de mãe sempre é bem vinda, e aqui ficou perfeita.
ResponderExcluirGrande abraço!
Su poema me gusta, gracias por participar, un abrazo
ResponderExcluirBoa noite Taís.
ResponderExcluirUma Adélia que não conhecia na sua partilha, mas sempre gostei das inspirações dela.Aqui muita emoção.
Abraços na boa semana.
Bjs de paz amiga.
UN POEMA MUY SENTIDO, PERO HERMOSO.
ResponderExcluirABRAZOS
Tais, este poema me levou às lágrimas.
ResponderExcluirA escolha reflecte a tua sensibilidade.
Não conheço a obra de Adélia Prado, mas vou procurar.
Obrigada por partilhares versos tão belos.
Beijo, amiga.
Em tão poucas linhas ela toca fundo, na essência, no que é fundamental na construção de nossas vidas...E com tanta simplicidade, gosto disso.
ExcluirBeijo, querida.
Não conhecia e gostei da beleza e intensidade deste poema! bj
ResponderExcluirAdélia...
ResponderExcluirJá gostava tanto e com esse poema amei!
Também tinha vontade de ter mãe
E aos 14 fui presenteada é bom d+!
Bjinho😘
uma belíssima escolha, Tais.
ResponderExcluirde uma "humaníssima Humanidade" tão belo Poema.
gostei muito.
beijo, minha Amiga
Ótima escolha, bela Tais. Adélia vai se tornando um mito. Já vi e revi seu depoimento no "Roda Viva", muito lúcida!
ResponderExcluirAbraço carioca.
Cara amiga Tais, o que eu mais gosto na Adélia é a condução leve do discurso poético mesmo em se tratando de temas densos.
ResponderExcluirUm abraço. Tenhas uma boa noite.
Não li muito, mas gosto da poesia da Adélia Prado.
ResponderExcluirUma grande poeta, sem dúvida.
Bom fim de semana, amiga Taís.
Beijo.
Não conhecia esta escritora, mas gostei muito desta sua simplicidade na construção de um poema com uma mensagem profunda. Tenho mãe, sou mãe, mas às vezes sinto-me órfã, órfã de a sentir presente, órfã de carinho, e, pensando bem, órfã de mãe; chega uma epoca da vida em que a idade avançada dos nossos pais nos obriga a trocar de posições e isso é muito dificil. Publiquei há tempos um texto com o titulo " nunca estamos preparados para sermos pais dos nossos pais " mas temos que o ser e, assim sendo, por muito que me custe fiquei órfã de mãe e pai e adoptei mais dois filhos; fizeram um pedido de adopção e eu e o meu irmão aceitamos, embora com receio de não conseguirmos ser os pais que eles precisam nesta fase dificil. Tentamos! Obrigada, querida Tais, por nos dares a conhecer esta poeta que nas suas palabras denota muita serenidade e humanidade. Beijinhos
ResponderExcluirEmilia
Querida Emília, você tocou em algo penoso: sermos pais dos nossos pais. Difícil, penso que nunca estamos preparados, pois enquanto eles vivos estão, queremos se apenas filhos. Nossa cabeça não muda de repente. Tentei ser, não sei se meu desempenho foi bom. Quando se foram, chorei pelos pais que perdi. Fiquei com pena deles, fiquei com pena de mim, da filha que perdeu seus pais...Da filha órfã.
ExcluirVeja como é difícil! Mas precisamos tentar. Sempre aprimorar...Pra mim, agora é tarde.
Beijo, minha querida.
Tais, porpmais que façamos, quando eles se forem
Excluir, vai ficar sempre em nós a pergunta, será que fizemos tudo o que podiamos?. É inevitável! É fácil ser pais de crianças, é gostoso, mas ser pais dos nossos pais? Muito, muito dificil, primeiro pq os amamos demais e segundo porque vemos a tristeza deles ao constatarem que estão na recta final. Visitei durante uns tempos uma senhora muito amiga da minha mãe que me dizia com muita tristeza, ao contar coisas que viveu com ela : " o que nós eramos e o que hoje somos..." Faleceu há uns 6 meses. Como ela sempre pediu, sem ficar acamada a dar trabalho aos filhos; tem doze filhos, ficou viúva muito cedo; trabalhou muito para criar tantos filhos, fazendo trabalhos domésticos e agricolas, mas, educou-os tão bem que, na velhice, não lhe faltou nada e o carinho era bem visivel. Via nos olhos dela que estava muito acarinhada. Tenho a certeza que fez o seu melhor, Tais e eu e o meu irmão ( ele, pois está pertinho, é quem mais cuida ) vamos ter a mesma dúvida. Beijinhos, amiga e um bom fim de semana
Emilia
É isso mesmo, Emília, a gente sempre pensa que poderia ter feito mais, mais... Que poderia até ter espichado a vida deles se tivéssemos levado em 10 médicos para comparar opiniões. É difícil soltar nossos pais e filhos.
ExcluirAté hoje penso que minha mãe poderia estar aqui se fosse atendida imediatamente na emergência (AVC). Fiquei de mãos com ela o tempo todo...indagando, chamando...Depois subi para CTI com ela até seu último minuto. Ficou tudo muito nítido em minha cabeça.
Beijo, querida.
Oi Tais
ResponderExcluirUma escritora com uma simplicidade ímpar, não a conheço, mas gostaria de ter um livro dela. Sabe como?
Uma linda noite saudades
Minicontista2
No Lua Singular escrevi: Chuva de diamantes, gostaria que lesse.
Dorli
Oi, Dorli, Adélia Prado é uma escritora de peso, está em todas as livrarias do Brasil. Dê uma olhada nas livrarias da sua cidade. Como é poeta, cronista, contista e romancista, não tem como não figurar nas livrarias.
ExcluirVeja esse site, acho que você vai gostar de conhecê-la mais. É site de confiança.
Beijo, querida.
http://www.releituras.com/aprado_bio.asp
Oi querida
ResponderExcluirGosto muito desta escritora e este tema é delicado. Quando os pais envelhecem e os papeis são trocados, ou mesmo quando nossos pais já se foram, este sentimento nos toma vez por outra.
Não conhecia este poema específico e vou registrá-lo pois é um otimo impulsionador para futuros trabalhos com grupos.
Bjs
Bom feriado.
No conozco la escritora, pero gracias por compartirla Tales luso.
ResponderExcluirRecuerdo a mi mama recien fallecida, llamarme "mama"...
Un gran abrazo, amiga.
Agradeço a divulgação, pois não conhecia e gostei dessa alta sensibilidade no verso.
ResponderExcluirTambém gostei, e muito, DAS ARTES.
Abraços de vida, querida Tais
Belíssima homenagem, Tais! Adélia foi uma excelente poetisa e não é tão badalada quantos outros poetas menores que ela, a meu juízo. Ela escreveu uma releitura do "E agora José" que ficou melhor que o original. Ela diz - e agora José... Você que é certinho... Você é um homem do reino dos céus! Não lembro bem da letra, mas é bom, o poema. Grande abraço e bom carnaval. Laerte.
ResponderExcluirBom dia Tais.
ResponderExcluirNão conhecia a escritora. Achei o poema dela bem profundo. Os anos vão passando e no decorer da vida,os papéis se invertem ou deveriam inverter para todos. De filhos bem criados vamos nos tornando órfãos de pais e se cuidadores com muito orgulho. Meus pais sempre foram minha vida e eu a deles. Fui filha e também agir como mãe deles oa cuidando até o fim com o mesmo amor e zelo que fui criada. É como recompensa recebir de Deus uma filha abençoada. Emocionante o poema. Gostei da linda partilha. Um feliz final de semana para vocês. Abraço.
Querida amiga Tais:
ResponderExcluirNo conocía a Adélia Prado, quizás por la distancia no he oído hablar de su obra en España. También al ser mujer conlleva un mayor esfuerzo de conseguir ser conocida internacionalmente.
En su biografía veo que además de una gran escritora, poeta, cronista, etc. creó una gran familia con cinco hijos.
Gracias por publicar y darme a conocer a esta interesante mujer.
Un fuerte abrazo
Gracias, una interesante mujer con
ResponderExcluiruna interesante trayectoria. Tomo nota.
Besos