‘Estou pensando seriamente em deixar o Brasil ou me mudar de cidade!’Não, não é nada comigo! Na verdade, essa frase corre pelo Brasil, dita por pessoas que estão chegando em suas aposentadorias ou por jovens que estão com o pé na estrada para começarem suas vidas. Os dois extremos. Mas também se escuta isso de muitos dos 14 milhões de desempregados que lutam para sobreviver.Também sonhei há muitos anos em morar noutro lugar, no interior do meu Estado, cidade serrana linda, tranquila, segura, junto à natureza. Mas ficou no sonho. A família crescendo, a vida me amadurecendo e hoje não penso em sair de onde moro, apesar das coisas no meu país não estarem nos trilhos.O amadurecimento nos dá, entre tantas coisas, uma boa estabilidade emocional. Pelo menos se presume que assim seja. Chega um tempo que a vida deixa seu recado: ‘Ou você amadurece ou vai se danar!’ E o primeiro sinal aparece nesse ‘sossegar’. Amadurecer é querer o necessário, é largar as fantasias e os fricotes. Sonhar, sim, mas com o possível, com o realizável. Mas chega o tempo em que há de se respeitar os ciclos da vida.Até concordo com o êxodo dos jovens em desbravarem o mundo, tentar a vida em outro lugar, pode dar certo, sim. Mas não mais para nós, mais amadurecidos que na aposentadoria ainda pensamos nos antigos sonhos juvenis. Passou aquele momento. Agora o sonho é outro.As atitudes são diferentes. Uma mudança fora de época pode acarretar um arrependimento por inúmeros motivos. Constatei isso, inclusive em minha família.Deixemos para nossos filhos tentarem seus sonhos, eles têm idade para se aventurar; alguns ainda têm idade para praticarem o Bungee Jumping; estão na idade para tentarem tudo. Estão com tempo para novos projetos, para guinadas ousadas. E se necessário for, haverá tempo para um reinício.Conversando com uma amiga sobre isso - alguns de seus filhos estão de muda para outro Estado, resolveram tentar uma cidade pequena e calma -, achei que ela e o marido também iriam, tal a insistência dos filhos. Mas ouvi dela palavras que me surpreenderam:– Taís, nós não vamos, nosso lugar é aqui, árvore madura não se transplanta, amiga!Palavras sábias. Tudo tem seu tempo certo._______________________________
9 de junho de 2017
OS CICLOS DA VIDA
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Adorei e grande verdade ao final. Para as árvores maduras, cheias de raízes grossas e profundas, é bem mais difícil mudar! Temos que ficar e aplaudir os que vão, mesmo com saudades, pois a coisa aqui tá feia e muiiiiito! bjs, chica
ResponderExcluirAcróstico
ResponderExcluirOs que nesta vida se sentem indefesos
Saem, muitas vezes, em busca dum abraço
Cortando com a sua terra todo laço
Investem pelo mundo seus olhos acesos.
Confiantes então nas pernas e nos braços
Logrando lutar e mesmo sair ilesos
Onde quer que vão, desejando ser coesos
Sendo que talvez, a frente conforto escasso.
Do mundo muitos de nós ficamos surpresos
As vezes, óbices nos causam embaraço
Vindo, por certo, dalgum ambiente teso.
Insisto que este mundo nos dá um compasso
Do qual se tira tanto o teor como peso
Apenas sigamos, ignoremos os fracasso.
O jovem tem o desejo de fugir, nem sabe de quê nem para onde, muitas vezes. Um dia percebe que as suas raízes estavam se formando.
ResponderExcluirSaudades de visitá-la mais amiúde. Culpa minha. Abraços.
Que surpresa agradável você aqui, amigo José Carlos! Fiquei muito feliz! Começamos os blogs quase na mesma época! Muito obrigada pela sua visita, sempre será bem-vinda!
ExcluirGrande abraço, amigo!
A juventude é ousada e vai em busca de seus sonhos, quem não o faz não há como retornar. Tudo tem um tempo e é importante pode amadurecer e ver os limites de cada etapa. Sonhar sempre, mas sonhos de cada ciclo. bjs
ResponderExcluirSi recuerdo que en juventud llevé cambiando de lugar para vivir, una mi deseo conocer, otra por mi trabajo que requería mi presencia en otros lugares y que buscaba, sin embargo, hoy , digo esto ya mucho tiempo, regresé desde donde partí , volví al encuentro de mis raíces. A pesar de todo , aun queda el ánimo de encontrar lo que busco en mi propio árbol pues está en mi interior y es él, el que echa raíces nuevas todo momento....eso nunca tiene límite de tiempo
ResponderExcluirAbrazo Tais
Me encantó esta entrada, como siempre
HAY MUCHA REFLEXIÓN EN TU CRÓNICA. GRACIAS.
ResponderExcluirABRAZOS
A minha árvore madura criou tantas raízes que impossível transplantá-la... Só Deus!
ResponderExcluirAbraço.
As pessoas emigram por desespero, quando pela guerra, e pela fome não conseguem viver no seu país. Não é, nunca foi fácil a vida do emigrante. Mas emigrar é muitas vezes a diferença entre a vida e a morte.
ResponderExcluirUm abraço e bom fim-de-semana
Depende, Tais: por ejemplo los suecos, noruegos, holandeses, alemanes, etc, etc, aman trasplantarse a otro país mediterráneo y gozar allí de sus jubilaciones y vida relajada, en pueblos costeros con sol y playa.
ResponderExcluirBeijos
Taís, mais uma excelente reflexão sobre a vida.
ResponderExcluirTambém gostei do que disse a sua amiga!
Como sabe, deste lado é diferente e estão chegando muitos brasileiros e alguns são aposentados em busca de paz, que, nesta altura, é o que mais almejamos!
Beijinhos
Vamos criando raízes cada vez mais fundas e tudo é mais complicado para mudar. É a lei da vida...
ResponderExcluirMas em Portugal há muitos estrangeiros residentes que vieram para cá reformados. Ou seja, há quem se transplante mesmo sendo árvore madura...
Uma boa reflexão, gostei do texto.
Bom fim de semana, amiga Taís.
Beijo.
Tais, a tristeza escorre de cada uma das palavras da tua crónica.
ResponderExcluirLesse e sente-se que a escreveste de lágrimas caindo e coração despedaçado.
Que a calma volte ao teu Brasil, para poderes viver tranquila esta fase da vida, no lugar que escolheste.
São realmente sábias as palavras da tua amiga. Gente madura escreve assim.
Amiga, apesar de tanta dor nunca deixes de sonhar.
Beijo, querida.
Faço parte desse que se mudariam, se pudessem. Porque nada me prende ao Brasil. E já estou cheia de tanta corrupção e safadeza...
ResponderExcluirMinha amiga Taís,
ResponderExcluirParece que o humor anda ainda resguardado, mas não há como esconder que, impregnada de humor ou “compenetrada” (rsrs), a sua crônica é de uma leveza e a de uma acuidade que nos soterra. Epa! Você parece que faz tiro ao alvo e acerta na mosca com uma precisão cirúrgica. Tao em voga a essa “precisão cirúrgica”, não é verdade? Expressa a verdade, é o que fica claro para mim. E a imagem da árvore madura é perfeita. E parece que cada mais distante a esperança de uma país melhor, mesmo com o voto da gaúcha Rosa Weber ontem na encenação da farsa de voto de Minerva, deusa tão vilipendiada ultimamente.
Um bom final de semana,
Beijos,
O mundo está em mudança!
ResponderExcluirSobreviver é a palavra de ordem em vez do delicioso ... Viver!
Terminou com uma belíssima frase! Bj
Somos feito à bananeira
ResponderExcluirQue deu seu cacho e definha.
Marcho pela história minha
Sem armas, mas com bandeira.
Ser fiel, a vida inteira,
Aos ancestrais - na tal linha
Do viver, se se avizinha
A descida da ladeira.
Na mesma religião,
Ereto de pés no chão,
Sigo a tal filosofia.
Eu só esqueço a razão
Quando alma e coração
Se envolvem na poesia.
Grande abraço. Laerte.
TAÍS,
ResponderExcluira questão de sair daqui para ali ou do de lá para cá é que nossa revolta, descontentamentos e frustrações continuarão no mesmo lugar,permanecerão na nossa consciência...
Um abração carioca.
Minha amiga concordo plenamente, eu nasci, cresci e vivo na cidade de Lisboa, é uma cidade sem problemas, mas quando era mais jovem sonhava viver no campo, hoje não penso sair do meu local, criei raízes profundas demais para poder arrancar.
ResponderExcluirTenho 2 filhos, a minha filha Diana foi o ano passado viver com o marido e a filha para Macau, pelo menos durante 3 anos. O meu filho Pedro, que ainda tem só 16 anos, já começa também a dizer que se não encontrar um trabalho que lhe agrade em Portugal quer ir para outro país da Europa. Enfim, é realmente quando ainda somos jovens, que as mudanças nos parecem ser o melhor a fazer.
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Olá amiga Taís, boa tarde!
ResponderExcluirrealmente ouvimos essa frase , acho até que já tive esse sentimento. Vergonha de tudo que estão fazendo os brasileiros passar. O problema não é o Brasil, mas alguns brasileiros. Amei sua postagem coerente com o que estamos vivenciando. Obrigada pela visita lá no meu cantinho, volte sempre, será um prazer.
Que Deus encha seu final de semana de bênçãos maravilhosas e você possa descansar e se divertir em paz!
Abraços da amiga Lourdes Duarte.
Bonita imagen de colección de relojes. Gracias por compartirla.
ResponderExcluirLas migraciones humanas siempre se han desarrollado a lo largo de los siglos: está en nuestra condición humana llegar al paraíso. No existe. Las dificultades con que se enfrentan las personas que emigran, en mi opinión, nunca compensan el bienestar que se consigue, es durísimo estar solo en lugares donde no hay un solo amigo que te diga ¿cómo estás hoy? Sin embargo, la gente huye de países en guerra, para salvar la vida de gobiernos represores, del hambre, de la miseria, de las humillaciones, y pierden por el camino esa vida que querían salvar.
Algo tiene nuestro lugar de nacimiento que inevitablemente nos atrapa, nos llena de nostalgia y al que queremos siempre volver. Muy interesante tema. Un abrazo. Franziska
Taís,mas será que se mudarmos para outros lugares,não encontraremos os mesmos problemas?
ResponderExcluirEm outros Países vemos atentados,matando pessoas inocentes e em cidades pequenas no nosso Brasil,também encontramos muitas barbáries.
Quanto aos jovens tentarem uma vida melhor,isso concordo,mas é preciso ver qual o lugar ideal para concretizarem esses sonhos.
Lindo texto.
Bjs-Carmen Lúcia.
Querida Amiga passageira do mesmo barco que eu.Mesmo já sendo uma árvore enraizada, o pensamento de partir para outras plagas existe, vem e se apaga.
ResponderExcluirTemos como você diz o amadurecimento à favor de se ficar, mesmo porquê não basta querer, tem que poder, e esse poder requer dinheiro, saúde, capacidade de se adaptar ao novo lugar, a nova cultura, clima, solidão mesmo que seja temporária, saber que em qualquer lugar existirão problemas diferentes ou iguais. Isso tudo vem em nossas mentes quando já temos uma carga de vida longa e aí ficamos onde estamos.
Mil beijinhos, Léah
Mas mesmo quando mudanças ocorrem... também nem todas são tão pacíficas como nos querem fazer crer... há emigrantes, que têm histórias de vida bem penosas... que vivem nos outros países, por vezes, também em condições bem difíceis... para amealharem algum dinheiro... para depois levarem uma vida mais desafogada, no país que os viu nascer, quando por vezes regressam...
ResponderExcluirEnfim... mas mudança... faz parte do actual vocabulário do mundo... que muda a toda a hora... nem sempre pelas melhores razões...
Mas compreendo, que realmente a partir de uma certa altura... seja mais difícil para as pessoas mais maduras, estarem abertas a mudanças radicais... quando laços afectivos as ligam a pessoas e lugares, de uma vida inteira...
Adorei a crónica! Como sempre, um tema pertinente, tratado de forma admirável!
Beijinhos
Ana
Querida Escritora, Taís Luso !
ExcluirDeve ser uma decisão muito severa...
abandonar quase tudo e tentar sucesso
em outro lugar. Não, conheço o meu
chão !
Parabéns pela abordagem de tão importante
assunto, amiga.
Um feliz domingo e um fraterno abraço.
Sinval.
Por isto gosto de te ler, sempre muito lúcida e transparente, tem razão e sua amiga também, não devemos arrancar nossas raízes, perdemos algumas coisas no processo, pedaços de nossas vidas, acredito que passamos a nos sentir um estranho no ninho, por mais que a família esteja conosco. Um lindo domingo, beijos
ResponderExcluirÉ. Tudo tem o seu tempo.
ResponderExcluirFaçamos do tempo nosso aliado.
Tentando aqui.
abraço
Lola
Obrigado pelo carão. Gostei de te ouvir, tava precisando ouvir, digo, ler isso. Bom domingo. Beijos!
ResponderExcluirPor um lado acho que a juventude deveria ter este espírito aventureiro no sentido de colmatar falhas entre os países e a troca de saberes seria, naturalmente, enriquecedora. Mas partir - a contra gosto - dói, e a árvore madura não pode ser desenraizada.
ResponderExcluirBoa crónica, Taís!
Beijinho.
Tenho sobrinhos, com curso superior, emigrados no Canadá e Holanda...
ResponderExcluirA vida não é fácil, mas eles estão animados construindo um futuro...
Passam frequentemente férias ou fins de semana em casa dos pais.
Tem toda a razão, quando se refere às raízes que criamos e que depois de certa idade são difíceis de transplantar...
E depois para onde ir? Para o Canadá? Brrrrr... já não me adaptava à falta de sol e aos dias terminarem pouco depois das quatro horas da tarde...
Parece que é o único país que tem escapado à crise mundial...
Mal por mal, prefiro o meu país e não ligo ao noticiário alargado. Só me interessa o essencial, desta maneira tento escapar à manipulação perpetrada pela comunicação social.
Economicamente estou a ser muito prejudicada pela crise, não a nível de pensão de reforma, mas a nível de negócios, pois a construção está praticamente paralisada. Vou aguentando - não há, mesmo, outro remédio...
Querida Taís, a sua crónica é intensamente sentida e muito pertinente, pois permite desabafos onde há sentires muito cúmplices.
Boa noite e uma semana serena e agradável.
Beijos de grande amizade.
~~~~
Sonhamos sempre, e o sonho é necessário; mas chega o tempo em que é preciso sonhar com os pés no chão. Estão certas você e sua amiga. Parabéns pelo texto atual e sensato.
ResponderExcluirGostei muito da sua visita.
bjs
Saudades dos amigos antigos, também, Sonia!
ExcluirBeijo, uma ótima semana.
Eu tive filhos que saíram do país para trabalhar no Exterior. Não viam a hora de retornar. Valeu pela experiência. Palavras deles:" É fácil mudar-se do país, difícil é mudar o país". Acho que o povo espera muito do governo! Beijo e boa semana, Taís!
ResponderExcluirQuedarse en donde uno tiene sus raices y sacar lo mejor que uno pueda ya que en todos los lugares siempre uno va encontrando sus incovenientes.
ResponderExcluirUn abrazo.
Querida Taís
ResponderExcluirO tempo dos sonhos não acaba mas cada sonho deve vir imbuído da realidade peculiar de cada fase da vida. Há os sonhos ousados para aqueles que vivem a fase da liberdade de voo e há aqueles comedidos bem mais próximos de quem já viveu as fases áureas da juventude. A maturidade nos propicia a sensatez. Um texto eloquente e pertinente minha amiga
Uma semana iluminada
Beijos
Son decisiones personales y difíciles estimada Tais. Viendo las noticias, comprendo la angustia que se debe sentir, cuando unos pocos desde hace mucho, están pulverizando las ilusiones de millones de personas.
ResponderExcluirConcordo contigo, cara, cronista, Tais, o amadurecimento nos dá estabilidade emocional. Também concordo com tua amiga: não se transplante árvore madura.
ResponderExcluirUm abraço. Tenhas uma ótima semana.
No dia 1 de Outubro de 1995 deixei Portugal (Coimbra) e vim para Macau.
ResponderExcluirEra suposto ficar dois anos.
Já passaram quase 22.
Aqui casei, constituí família, aqui refiz a minha vida.
Vou aqui ficar o resto da vida?
Não sei.
E, depois da experiência que tive, não ouso dizer sim ou não em definitivo.
Tenha uma óptima semana
Chega uma altura da vida em que as raízes estão tão fundas no nosso chão que já não dá para mudar... O tempo dá-nos essa certeza. Uma crónica excelente, minha Amiga Taís.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
É mesmo verdade, Taisinha, a frase ‘Estou pensando seriamente em deixar o Brasil ou me mudar de cidade!’ é repetida em boa parte do país, com estas ou com outras palavras, mas o certo é que há esse desejo de muitas pessoas em deixar o Brasil (muitos já deixaram e outro tanto está bem perto disso. Acho que mudar de país pode resolver o problema desta ou daquela pessoa, mas mudar de cidade, aqui no Brasil, pouco irá resolver, para quem se muda, em matéria de segurança, educação e saúde, uma vez que já estamos no fundo do poço. O certo é que esta tua excelente crônica nos faz falar, dizer alguma coisa sobre a necessidade de mudar, em razão do caos político, da roubalheira que empresas e políticos fizeram entre si. Parabéns.
ResponderExcluirBeijinho daqui do escritório.
belo texto
Excluirte espero la no blog!
bjs
http://www.julialisblog.com/
Bom dia Tais.
ResponderExcluirA vida por si só já trás mudanças, algumas inevitável, como o envelhecimento. São ciclos da vida se formando e outros terminando. São crianças nascendo e outros morrendo. São fatalidades ocorrendo e fazendo famílias se desestruturar, buscando outros ambientes e muitas vezes caminhos ainda desconhecidos. Infelizmente nem sempre a idade traz amadurecimentos, existem tantas pessoas que já tem idade de deixar sonhos e fantasias de lado e cair na realidade, fazendo o que realmente esteja ao seu alcance, mas preferem viver buscando uma ilusão. Devemos respeitar os ciclos da vida, isso não significa que devemos deixar os sonhos de lado, afinal os sonhos nunca podem acabar, mas com o consciência que sonhos sem ações, nunca deixaram de ser sonhos. Sempre tive a vontade de morar no interior, onde eu pudesse acordar e escutar o canto dos pássaros, chegou um dia eu me dei conta que o meu sonho talvez nunca acontecesse, comprei um gravador, gravei um pássaro cantando e assim que acordo o escuto rsrs. E assim tentei me satisfazer de uma forma inusitada. Muitas vezes a vida nos ensina a nós adaptarmos e seguimos em frente. Mas aceitar que minha filha vai criar raízes em um Pais corrupto é algo complicado, mas enfim essa foi uma decisão dela. Palavras sabias da sua amiga e um belo texto seu, na vida temos que agir conforme diga a nossa consciência e coração, mas também pela razão. Afinal o nosso coração sempre é mas emotivo e menos racional. Uma feliz semana para vocês. Enorme abraço.
Taís:
ResponderExcluires triste que una persona tenga que abandonar su país obligado por la falta de trabajo o por sus ideas políticas. Viajar y cambiar de país o de ciudad debería ser una elección, no una obligación.
De todos modos, tenemos un refrán en español que dice: uno es de donde pace, no de donde nace. El lugar donde puedes vivir y comer, ésa es tu verdadera patria.
Beijos e abraços.
É Taís, quando amadurecemos começa a surgir alguns temores, eu por exemplo, vivi minha vida inteira em grandes centros: Rio , São Paulo, Recife, Minas Gerais, mas depois dos 50 retornei ao meu nordeste para morar em João Pessoa, meu estado de origem, e de lá rumei aqui para o interior, uma província de 2.500 hb, aqui reina paz, não temos delegacia e até pode-se dormir de janela aberta. sou muito grata a Deus pela capacidade de adaptação que habita em mim.
ResponderExcluirUm dia azul, desejo a você.
Bjs!
Palavras que são um espelho do que acontece também noutros lugares, Portugal incluído!
ResponderExcluirConcordo com as palavras sábias da amiga!
Bjs
Revi-me nessa crónica, Tais, pprque um dia lá muito atrás abalei eu para o Brasil onde já estavam os meus pais e irmão há uns meses; a crise aqui no meu país pouco depois do 25 de Abril era muito grande e fez com que muita gente emigrasse. Não me custou nada, pois tinha acabado de casar e não havia filhos; quando após 14 anos resolvemos regressar, foi muito mais complicado; havia a familia que ficava, os filhos que não queriam vir e eu, vamos ser sinceros, também não. Foi um regresso tão custoso que disse ao meu marido que nunca mais voltaria a criar raizes num lado para depois largar tudo; mas.... esse largar não aconteceu, pois tudo ficou no Brasil como estava, excepto a separação que tive de fazer dos meus pais, irmão e amigos. Não é nada agradável, deixar uma vida num pais, construir uma nova noutro e depois abandonar e refazer mais uma vez. Custa muito e por isso só se deve fazer por muita necessidade, principalmente quando há filhos; hoje os meus não gostariam de voltar para o Brasil, mas, quando vieram sofreram um pouvo. Uma crónica muito pertinente já que estamos numa época de grandes êxodos motivados por guerras, insegurança e desemprego. Amiga, tudo de bom e deixo-te um beijinho. Até. ..
ResponderExcluirEmília
Totalmente de acordo, com o final da crónica.....Isso não quer dizer que
ResponderExcluircondene as mudanças, quando elas não derem para o torto, como no video que lhe enviei.
Custa a acreditar, mas é isso que vai acontecer...
Um abraço e Felicidades,..
Boa tarde, sua cronicas são sempre profundas, obrigatoriamente fica-se a pensar sobre o que muito bem escreveu, vivemos uma época de egoísmo e de irresponsabilidade da parte de quem tem a responsabilidade e o dever de dar dignidade ao povo, refiro-me aos políticos que (des)governam o Brasil, é impossível um povo viver em segurança e feliz com perca dos seus direitos com 14 milhões de desempregados, a situação actual do Brasil só favorece uma pequena minoria.
ResponderExcluirPortugal tem 400 mil desempregados é considerados pelos portugueses e muito bem, demasiado desempregados, estes vão diminuir com o crescimento da economia, os políticos actuais conseguiram devolver alegria ao povo com a devolução de direitos, aplicação de políticas sociais em beneficio dos mais desprotegidos, são políticos próximos do povo, por exemplo o Presidente da Republica Portuguesa que teve no passado dia 10 no Brasil, sai descalço da sua casa e vai para a praia sozinho, passa muitas noites como voluntário a dar apoio aos sem abrigo, aparece inesperadamente em certos lugares a conviver com as pessoas, por convite vai almoçar ou jantar com famílias pobres na casa destes, abre o palácio onde vive ao fim de semana para o povo visitar e conviver com presidente, são políticos destes que o povo necessita para se motivar em contribuir para o desenvolvimento, é totalmente ao contrario do presidente do Brasil.
Continuação de feliz semana,
AG
Concordo plenamente, para que sair do nosso Brasil, se é o lugar que nascemos, crescemos, vivemos muitas emoções e nele iremos morrer. Mesmo ele fora dos trilhos, mas é nossa Pátria amada. Minha cidade é tranquila, tem uma violência aqui outra acolá, porém diante das grandes cidades, ela é pacata. Quando preciso de mais tranquilidade, corro para minha Chácara onde encontro ar puro, paz e harmonia entre eu e a natureza. Beijos carinhosos!
ResponderExcluirPortugal andou e continua a andar pelo mundo, hoje estamos a receber esse mundo! Famílias separadas pela instabilidade mundial, as pessoas andam de um lado para o outro, trocam culturas vivem novas experiências. Sinais do tempo!
ResponderExcluirSe nós os maduros ficamos, que se faça tudo para melhorar este clima. Eu tento!
Bjs
Tais
ResponderExcluirHoje o mundo, para muitos não tem fronteiras, mas devemos estar onde nos sentimos bem. Viajar é bom, mas sentindo sempre ter uma boa base no regresso. As aventuras são fruto mais para a juventude, que deve sempre ter em conta: "Terras pequenas, não fazem homens grandes".
Beijos
Olá, Taís
ResponderExcluirTem muita razão, minha amiga (sua crónica é excelente)
Para tudo há um tempo na vida.
Olhando para trás recordo, por exemplo, que, só mudanças de casa, fiz APENAS 18, até "aterrar" na casa onde hoje vivo. Hoje seria impensável!
Devido à profissão do Marido (oficial do Exército) levei vida de saltimbanco nos 15 primeiros anos de casada. E com os filhos atrás...
O avançar da idade nos traz uma calma e tranquilidade para analisar as situações que os mais novos não têm. Por isso essa ânsia de mudança, que me parece perfeitamente lógica e louvável, quando as condições existentes não satisfazem o mínimo dos mínimos.
Nós, os velhotes, estamos demasiado acomodados (e cansados...) para mudanças... :)))
PS – Obrigada pela presença e palavras tão gentis na minha CASA
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Tais
ResponderExcluiruma crónica actual e que gostei muito de ler, mas sabe, que você a fechou com chave de ouro mencionando as palavras de sua amiga.
muito boa a crónica.
beijinhos
:)
Sábia reflexão. Penso que o bem estar esta dentro de nós. Quando encontramos nossa paz interior, qq que seja o lugar, estaremos bem. Muita paz!
ResponderExcluirOi Taís, interessante as declaração final de sua cronica, um espelho de uma realidade, de uma consciência a ser respeitada. Viver e entender cada ciclo da vida anos faz feliz sem frustrações. Na vida há o tempo de plantar, colher e queimar sem se pensar em negar cada uma no seu tempo.
ResponderExcluirGosto destas crônicas de olhar para dentro e desvestir nossas fantasias, que voce bem explorou em poucas linhas.
Um abração com carinho e um bom fim de semana para voces.
Bjs de paz amiga.
Olá Tais!
ResponderExcluirEu também concordo, tudo tem o seu tempo. Quando jovem, tudo podemos, pois como disse, temos tempo para recomeçar.
Também tenho ouvido de muitas pessoas sobre o desejo de ir embora do país. É normal, minha nonna fez isso quando a Itália era governada por um ditador, outros de diversos países também fizeram, e aqui permaneceram.
Eu nasci e sempre morei na cidade de São Paulo. Mas um dia resolvi morar em um local mais tranquilo, porém próximo de São Paulo. E assim, foram os últimos dez anos. Mas, tenho sentido falta de São Paulo, de uma maneira geral, incluindo vida cultural e de toda a diversidade que a cidade oferece.
A insatisfação e o medo são sentimentos que nos fazem refletir se devemos mudar. Não está fácil embalar os corações brasileiros, sem nenhuma perspectiva!
"Amadurecer é querer o necessário..."
ResponderExcluirEis a frase que relevo para te dizer que subscrevo, na íntegra, o teu pensamento sobre esta questão tão pertinente e tão atual. O meu filho, apesar da enorme dificuldade em ter trabalho na sua área, nunca saiu do país. As raízes são-lhe mais fortes.
Bj de parabéns pela lucidez, Tais