13 de dezembro de 2020

NOSSOS CUIDADOS COM O CÉREBRO...



                 

                              __Taís Luso__       

Tenho o maior cuidado em abrir mensagens de e-mails, mas recebi uma tão esquisita que resolvi encarar o negócio só para descontrair. Era um e-mail que falava sobre os cuidados para prevenir a doença de Alzheimer. A tal mensagem começava assim:

Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de mudar o padrão de suas conexões. Para contrariar essa tendência, é necessário praticar “exercícios cerebrais” que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa. Era um exercício. E o e-mail prescrevia uns exercícios exóticos e malucos, vejam aí:

 Use o relógio de pulso no braço direito.

 Escove os dentes com a mão contrária a de costume.

 Ande pela casa de trás para frente.

 Vista-se de olhos fechados.

 Estimule o paladar, coma coisas diferentes.

 Veja fotos de cabeça para baixo.

 Veja as horas num espelho.

 Faça um novo caminho para ir ao trabalho.

Resolvi desafiar os malditos exercícios pra testar o absurdo da coisa, mesmo sabendo que daria um atestado de insanidade.

O caso do relógio, no pulso direito, me deu uma agonia de cão: fiquei meio desorientada.

Escovei meus dentes com a mão esquerda e tive a certeza de que não escovei coisa alguma.

Andei de costas pela casa e perdi a direção, esbarrei na poltrona e me esfacelei pelo chão.

Coloquei um suéter com os olhos fechados e a frente ficou virada para trás.

Ver as fotos viradas de cabeça pra baixo me deixou em dúvida, não acreditei que eu estivesse fazendo aquilo. Ainda bem que ninguém viu...

Ver as horas no espelho só serviu para a diarista, que andava por ali, perguntar se eu estava com algum problema de visão ou se o espelho estava sujo.

Mas, não satisfeita com os exercícios, fui mais além para acabar com aquela farra do boi de uma vez: me propus a trocar de lugar todos os copos, talheres e pratos do armário da cozinha. Quando Pedro chegou em casa, enlouqueceu, pensou que eu tivesse dado todos os utensílios da cozinha para a empregada! Tinha lá seus motivos, eu adoro dar as coisas quando estão em demasia.

Foi neurose demais, e a tentativa foi pro brejo. Tive o trabalho de colocar tudo como estava. Então pude perceber a beleza e a necessidade da nossa rotina. Que coisa sensacional encontrar as coisas nos mesmos lugares! Quando tudo está no lugar certo, você não se estressa, você não esbarra, você não entra em pânico em casos de urgência. E sempre fiz isso. Estava tudo certinho, até então. Eu era normal!

Pois bem, penso em deixar aqui um outro tipo de ajuda, outro tipo de exercício, já está testado, e acredito que possa ajudar muito mais o nosso cérebro.

Permiti que o coitado do meu cérebro tivesse momentos felizes: há anos dou a ele poesia, contos, crônicas, romances, artes, jornais... Também dei várias telas, imagens barrocas, tintas e pincéis! Assim deixo que ele crie, que se divirta e que faça tudo ao seu gosto; que consiga ver o quanto a vida vale a pena, se bem vivida.

Disse ao meu cérebro para cuidar de seu lado emocional e não cair em armadilhas e bobagens que  enviam pela Internet; pedi ao meu cérebro para poupar-me não só do Alzheimer, mas de outras doenças degenerativas; pedi ao meu cérebro para fugir de pessoas encrenqueiras, fúteis e inúteis na tentativa de impor-me suas ideias. Enfim, disse ao meu cérebro que deixe tudo de lado e faça o que sabe: Raciocinar!

Boa sorte a todos, e cuidem com algumas mudanças, seu cérebro sabe o lugar de tudo e não quer mudar; ele quer organização, apenas.


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40 comentários:

  1. Sabe Taís minha mãe teve um AVC aos 53 anos que a deixou paralisada do lado esquerdo para o resto da vida. Eu cuidava dela e quando comecei a notar gestos repetitivos, falei com o neurologia que a mandou para o psiquiatra. O médico disse que ela estava a ficar com Alzheimer , receitou um comprimido que agora não recordo o nome, mas que era para desfazer na língua e que se o tirava da lamela sem cuidado se desfazia logo entre os meus dedos. Era muito caro, mas felizmente o SNS pagava na totalidade. Fazia um por dia às dez da noite, quando já estivesse quase a dormir. Além disso, aconselhou que ela lê-se muito, fizesse palavras cruzadas, que jogasse as cartas, as damas, ou qualquer outro jogo. Bom, as damas, ela não sabia e eu também não para lhe ensinar, As cartas ela não gostava e não sabia ler, nem tinha paciência para aprender. Resultado, via TV desde que acordava até adormecer já que não conseguia mais do que ir do quarto para a sala, agarrada a um tripé, e a perna esquerda de rastos. Mas graças a Deus, ou por efeito do comprimido, nunca piorou mais do que estava durante os 30 anos que viveu assim até à sua morte.
    Isto a propósito desse email.
    Abraço e saúde

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  2. Sensacional,Taís... Nosso cérebro merece ser bem tratado...E ele gosta de rotina, organização e de poder voaaaaaaar por onde gostamos de estar ou apenas recordar... Fiquem bem! beijos, tudo de bom,chica

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  3. Que delícia de crônica, Tais, adorei!
    Ando muito esquecida, a ponto de temer o Alzheimer, por conta disso tenho me organizado ao máximo (coisa que nunca fui), a rotina é fundamental.
    É preciso bom senso e reflexão até para observarmos e mudar o que for necessário em nossa rotina (ou não).

    Abraço, bom domingo!

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  4. Taís, agora digo-te só, que me fizeram muito bem as risadas que dei, logo pela manhã ao ler a tua cronica. Mas ri tanto, tanto, tanto, a imaginar-te a executar estas " besteiradas " que não consegui escrever mais nada. Sabes o que às vezes acontece, quando o riso é muito? Pois...aconteceu-me...por isso deixo o comentário para mais tarde. Até....
    Emilia🤣 😂 🥰

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  5. pedi ao meu cérebro para fugir de pessoas encrenqueiras, fúteis e inúteis na tentativa de impor-me suas ideias.

    Bom dia de domingo, querida amiga Taís!
    Como eu, só não gargalhei porque não pude... Pela cirurgia.
    Sabe, querida, também mantenho minha bagunça bem organizada. Preciso ... não sou nada paranóica, entretanto... Nem perfeccionista, mas sem as coisinhas no entendimento normal, fica muito estranho.
    Organização e não caos interior...
    Adorei mais uma crônica de primeira.
    Aguardo seu livro...
    Tenha dias abençoados!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

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  6. Excelente crónica, valeu a sua tentativa de desafiar os exercícios.
    Eu gosto de ir mudando algumas coisas em casa, mas no geral gosto de sentir tudo organizado.
    Bom domingo
    Fique bem, beijinhos

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  7. E cá estou eu, como prometido, para fazer o meu comentário; não voltei a ler os teus escritos, porque tive medo de " não parar de rir , se não te importas, começo por me dirigir ao comentário da nossa Amiga Dalva. Eu esqueco-me muito de tudo e já muitas vezes coloquei no lixo aquilo que deveria ir para, por exemplo, uma gaveta. Estou com Alzheimer? Parece que não! Segundo li algures, se eu estivesse com essa doença não teria noção de esquecimento ou lembrança; não saberia que estava no lixo aquilo que procurava na gaveta, isso fez com que ficasse mais tranquila. Sabes, tenho uma cunhada com 90 anos que está " fina como um rato"; vive sozinha, faz as suas coisas e não admite que os irmaos lhe dêem ordens; não esquece nada e sabe de cor o no do celular do irmão, meu marido . Eu sei? Nao! Sei o meu e mesmo assim, tive de arranjar umas associações para não o esquecer. O que faz e o que sempre fez esta minha cunhada? Teve de ir viver com o irmão padre ( assim era exigido naqueles tempos ) e já está sem ele, tv há uns dez anos. Fazia e faz os trabalhos de casa, cuidava da igreja em tempos idos e nada mais, ou melhor, reza muito. Será este facto que faz com que esteja melhor do que todos os irmãos m mais novos? Não me parece. Por isso, querida Amiga, acho que o que temos de fazer é pedir ao nosso cérebro que se mantenha " fino " enquanto a vida nos mantiver por cá. Depois se verá se ele está disposto a isso ou se quer descansar mais cedo. Pensando bem, ele trabalha muito e é responsável por tudo o que fazemos e decidimos a cada segundo de um dia com 24 horas. É muito, muito desgastante, não te parece! Olha, Taís, não arrisco a experimentar esses conselhos que te deram...partia a cabeça e depois? Lá ficava o cérebro afectado....
    Deixemos as coisas correrem como a natureza quiser...não podemos alterar o que quer que seja. Obrigada por me fazeres rir, neste dia chuvoso, escuro e, consequentemente, triste. Um abraço , muitos beijinhos e SAÚDE, fisica e mental para todos vós
    Emilia 🎄 🌈

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    1. Emília, minha querida amiga, claro que isso fica por conta das minhas poucas loucuras, mas se eu for 100% certinha, de quem vou rir? Você já tentou rir de gente que leva a vida muito a sério? Não consigo, sou capaz de chorar de tédio, um mar de lágrimas... é tudo que não desejo. rss
      Adorei porque te divertiste.
      Um beijo, minha querida, uma boa semana.

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    2. Diverti-me muito e fiquei contente por ver, de novo, o teu humor nas crónicas. Os tempos não andam para rir, mas também não podemos " morrer antes do tempo ", não é verdade? Um brinde à volta do humor , nas crónicas de Tais Luso! Beijinhos, Amiga!
      Emilia🥂 🙏

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  8. Muito curioso sem dúvida!
    Boa semana

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  9. Eso de tener las cosas en el mismo lugar siempre y viene alguien lo cambia ya no lo encuentras tal como dices somos animales de rutinas fijas.
    Por internet nos llegan autenticas bobadas tengo un amigo que le silencie el Whatsapp todo el día mandando bobadas.

    Saludos.

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  10. a beleza da rotina, pois não!
    tudo à volta em seu devido lugar, sem canseira!
    não será o Paraiso, mas é confortável...

    e viva a ironia e um sorriso nos lábios
    semore admiráveis tuas cróbicas, Tais
    adorei.

    beijo

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    1. "sempre admiráveis as tuas crónicas", corrijo
      peço desculpa

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  11. Tais, raramente abro anexos de mensagens. E quando vejo, na internet, esses conselhos mirabolantes, eu os ignoro. Não conseguiria nem tentar fazer o que você experimentou. Sei, de antemão, que ficaria mais louca do que já posso ser kkkk. Sua crônica ficou divertida e encantadora, como sempre. Apesar de morar sozinha, não trocaria nada de lugar, pois seria capaz de fica procurando os objetos sem saber onde os coloquei rss. E ainda ficaria com raiva de mim , pois se está funcionando bem, para que mexer? Andar pela casa de trás para a frente... vixe!!! Se eu cair não tem ninguém para acudir kkkkk. Racionar, seu sábio pedido ao cérebro!!!!! Adorei!!! Grande beijo!

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  12. olá amiga Taís, como soube bem acompanhar esse caminho acidentado
    e chegar ao ponto final com o alívio da harmoniosa verificação de que as coisas no seu lugar
    permitem que o cérebro, neurónios e afins, tenham a vida mais facilitada
    para beneficiarem de outros estímulos muito mais pacíficos e emocionantes!

    Então damos a mão, e vamos a uma ópera, a uma peça de teatro, a uma exposição de pintura,
    a uma visita de museus, a um encontro com amigos, a um jantar de grupo (logo que a pandemia desapareça!)
    beijinhos amiga, com amizade, e sem neuroses de internet:)

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  13. Não conheces certamente
    o meu laboratório da mente
    nem minhas rogériografias
    caso contrário saberias
    que muito que peças à mente
    ela só te responde ao pedido
    se a própria mente
    já tenha pensado nisso

    (a mente comanda tudo...)

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  14. Já recebi muitos mails desses.
    Vão direitinhos para o lixo!
    Beijos, boa semana

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  15. um post muito entresante desejo felizes festas bjs saude

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  16. Vizinha / Escritora, Taís Luso !
    Inacreditáveis exercícios !
    Para que mexer com o que está certo ?
    Pareceu-me insano...
    O adágio popular está certo: "Há louco
    para tudo".
    Entretanto, amiga, restou a beleza do
    teu texto.
    PARABÉNS !
    Uma feliz semana e um carinhoso abraço !
    Sinval.

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  17. Bom dia , Tais! Como sempre uma crônica prazerosa de se ler, que nos rende algumas boas risadas ! Eu odeio quando mexem nas minhas coisas e, ai não consigo achar nada. Aquela organização alheia não organiza em nada o meu pobre cérebro que, as vezes, tem que lidar com essa situação. A empregada deve ter achado a situação bem hilária e doida. rsrsrs Grande beijo.

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  18. É tão bom ler um texto cheio de humor como é este seu, minha Amiga Taís. Confesso que não seio onde é que as pessoas vão tirar ideias como essas e ainda as aconselham aos outros. Só posso imaginar a sua experimentação dessas coisas e rir-me com tudo o que você sentiu. Magnífico!
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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  19. Todos os conselhos completamente sem valor. Estas doenças não têm curas, por enquanto, nem melhoras. Um dos males da vida frágil por que passamos! Mas valeu, o alerta serviu para despertar a verdade.
    Beijo, querida Taís. Feliz Natal!
    Jorge

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  20. A vida é um comboio com muitos apeadeiros

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  21. Bom dia Taís,
    Também recebi já há algum tempo um email como esse e durante uns dias também fiz alguns dos exercícios.
    Mas na verdade tomáramos nós que nosso cérebro nos vá comandando direitinho dentro do que nós é habitual.
    Senão ainda arranjamos outros problemas.
    Gosto sempre do seu sentido de humor.
    Um beijinho e ótimo dia.
    Ailime

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  22. Great post love to see it

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  23. Muito humor na sua cronica. Diz- se que os cérebro precisa de novos estímulos. Já fiz alguns destes exercícios, os mais simples para variar hábitos, como por exemplo experimentar um novo caminho. Mas sou um tantos desorientada e me perco facilmente de direção. Mudar coisas de lugar, nem pensar... Estou na fase de prestar bem atenção nos meus atos, pois ajuda a não esquecer facilmente do que vou fazer, rs,rs,... bjs

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  24. Bons conselhos que nos levam a alterar aquilo ao que convertemos num costume que não nos deixa abandonar tal rotina e que em nada nos beneficia. Ademais dito com esse sentido do Humor que te caracteriza.
    Sentires que nos fazem refletir.
    Abraço de vida e cuida-te muito

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  25. Boa tarde Taís.
    Email de pessoas que não conheço, eu deleto.
    Vamos se cuidando para ficar bem longe do alemão Alzheimer.
    Boa semana. Bjs.

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  26. Olá, Tais!
    Vim para te dizer que hoje a pétala é tua, lá no Pétalas, e me perdi de riso com esta crónica SÉRIA contada com o humor habitual.
    Pois é amiga, também eu já abri e caí diversas vezes na esparrela. O que importa é levantar!
    Beijo, protege-te.

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  27. Anônimo16:40

    Olá Taís, nosso cérebro merece ser bem tratado com certeza.
    Achei lindo dar a ele contos, crônicas, romances e artes.
    Dou ao meu a mesma coisa. Alimentar-se de uma boa literatura é bom demais.
    Amei sua crônica.
    Um feliz Natal e um lindo ano de 2021 pra você.
    GRande abraço!

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  28. Olá, Taís!
    O que nós podemos fazer pela nossa saúde?
    Pedir ao cérebro que nos deixe pensar, sem filtros ou outras intromissões.
    Achei este seu post tão a propósito do momento que vivemos, pois, nesta pandemia que a todos afecta o seu texto está, simplesmente, brilhante.
    Eu limito-me a pedir ao meu cérebro que não se afaste muito do coração e mantenha sempre o racional do nem "oito nem oitenta".
    Boas Festas na Paz da Paz, como diria o Drummond de Andrade.

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  29. Qué buen artículo!
    Como me ha gustado ese trasiego de intentar hacer las cosas al revés de la lógica. Tanto como me ha interesado confirmar que volver a la rutina ya visada es de lo más agradecido.
    Y qué feliz me hace detectar la gracia, la diversión por la diversión, el humor a la hora de tocar temas como la vulnerabilidad que sentimos ante las dolencias serias, que no significa mirarlas con superficialidad, sino con comprensión.

    Felicidades en estas Navidades tan insólitas (al menos por aquí).
    Y mis mejores deseos a todos ustedes. Sólo el amor nos salva. Un abrazo.

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  30. Oi Taís
    Eu perderia os exercícios porque dificilmente teria coragem de abrir um e-mail desses mirabolantes_ logo desconfio rs, costumo até perder coisas boas. Os exercícios talvez tentasse, porque o Alzheimer realmente mete medo.rs
    Pior que se for hereditário, tenho uma irmã iniciando um processo que tem nos assustado.
    Nos tempos atuais a idade nem influencia muito quanto aos esquecimentos- a vida acelerada tem provocado _ leio muito e se isso ajuda fico fora do risco, Taís Enfim, se organização ajudar também sou ótima na organização rs mas se trocar de lugar costumo me embaraçar ... Já aconteceu sair de um cômodo da casa para buscar algo em outro e não saber o que foi buscar, tem que voltar para lembrar rsrs as vezes acontece. Muito chato isso _ rs
    Vamos seguindo firmes ,amiga. Depois essa saraivada de vírus, estamos é fortes para enfrentar o que vier .:)))
    Gostei muito , como já é habitual.
    abraço e feliz Natal .

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  31. Querida Tais, ri muito imaginando você fazendo os exercícios sugeridos no e-mail, que recebeu.A sua diarista deve ter pensado muito mais do que falou a você, como conseguiu andar de costas, isso é loucura, escovar os dentes com a mão esquerda, ufa!
    Com certeza, seu cérebro ficou maluco e se continuasse com os exercícios, com certeza iria para um manicômio rssssss. Já ouvi falar que devemos mudar nossos hábitos, nossa rotina para que nosso cérebro funcione melhor, mas eu gosto da minha zona de conforto, e como disse é muito bom ter tudo bem organizado, aí, até com a luz apagada podemos encontrar o que precisamos.Excelente, como sempre a sua crônica. Tenha uma ótima noite!

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  32. Parecem ser exercícios completamente idiotas, mas acredito que haja cérebros que, de tão parados, tenham absoluta necessidade de os fazer...
    Um médico chinês, com receitas on line, propõe para renovar aa mente, aprender uma língua... Eu que ainda tenho dificuldade em dominar bem a poesia de Shakespeare...

    Venho desejar um bom Natal e festas felizes a si e todos os seus. Beijinhos.
    ~~~~~~~~~

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  33. Olá querida Taís,
    O cérebro é um terreno misterioso, mas que gosta de rotina, lá isso gosta mesmo!
    Vamos dar a ele exercícios prazeirosos e que nos fazem bem! Quero mais é poesia, patchwork, leituras, brincadeiras e meus netinhos!!
    Desejo a você e familares um Feliz Natal com saúde, fé, paz e amor!!
    Beijos!

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  34. Bom dia, Taís

    Ainda é cedinho aí, não é?
    Ri-me com essa sua Crónica. Todos esses exercícios, de facto, baralham o cérebro mais disciplinado. A alternativa que apresenta é bem mais aprazível e com resultados palpáveis. Ler, pintar...Criam momentos belos na vida. Longos passeios, exercícios físicos, acrescentaria eu. :)

    Bom domingo, minha amiga.

    Beijinhos
    Olinda

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  35. Até um e-mail maluco tem uma vantagem, pois traz as doenças do cérebro à tona.
    Beijo

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  36. Eu sou a pessoa mais distraída que me conheço, (pudera sou Gémeos, por isso vivo de cabeça no ar)... imagino-me, começar a mudar muita coisa aqui em casa... ficaria louca mesmo, em menos de nada...
    Gosto dos meus rituais... mas não sou propriamente fanática... quando algo seja precioso mudar... mudo sem problema... e acho que saber esquecer, às vezes, em determinadas situações, é uma grande virtude... esquecer coisas, pessoas e situações que noto não contribuírem para o meu bem estar emocional... isso eu esqueço sim. Já longe vai o tempo, em que perdoava mas não esquecia, ficando por vezes ruminando em situações desgastantes... agora cada instante é precioso demais para alimentar dissabores ou rancores... esqueço na hora... e para sempre... será uma nova variante?... :-) Coisas da idade talvez... que eu gosto de pensar que sejam da maturidade!... :-D
    Adorei sua crónica, Tais, que me fez abrir um daqueles sorrisos divertidos de orelha a orelha... dada a bem humorada abordagem do tema...
    No entanto esta é uma doença cruel... por vezes... tenho uma pessoa amiga, de muitos anos, que a tem... o presente varre-se-lhe na hora... as memórias do passado, estão completamente intactas, e com uma nitidez incrível... estranho isso, o momento em que o chip, muda... no entanto, talvez pela medicação que toma, nunca fica angustiada com os seus esquecimentos ou confusões... dizendo até algo profundamente sábio, recorrentemente: "Ai, a minha cabeça! Já não é o que era!..." Raramente se lembra/reconhece seus netos e família da parte deles... mas a mim e à minha mãe, conhece-nos sempre... de outros tempos... que lhe ficaram!
    Beijinhos, Tais! Tudo de bom, por aí!
    Ana

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  37. Boa tarde Taís.
    Nem preciso dizer quê pela forma que relatou sua experiência fez com tanto humor que foi impossível não da boas risadas. Imagino o susto do Pedro rsrs. Tenho tido lapso de esquecimento, bate um medo as vezes, mas procuro agradecer sempre a Deus por preservar a minha vida e minha mente. Sou bem organizada, ultimamente piorei um pouco na organização, deixando tudo sempre nos mesmo lugar é mais difícil esquecer. Mas onimpietahte é manter o humor é viver plenamente cada minuto permitido por Deus. Forte abraço para vocês.

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís