6 de novembro de 2022

ALMAS DO OUTRO MUNDO...

 




                            - Taís Luso de Carvalho


Muitas vezes brincamos ao ouvir histórias de aparições, contam que são almas do outro mundo. Há anos eu escutava muito sobre essas alminhas, hoje  não tenho escutado mais. Isso tudo para mim nunca passou de  brincadeira, que é a razão única desta minha crônica: descontrair, um pouco, numa época conturbada da vida política do Brasil.

Nessa milenar caminhada, o mundo vem aprendendo; aprendemos a amar, aprendemos a ser generosos, aprendemos a perdoar, aprendemos a ter compaixão, aprendemos a ser amigos, como também aprendemos a odiar, a torturar, a matar. De tudo um pouco neste planeta. Do amor ao ódio.

Mas por que lembro disso agora? Talvez pelo recente Dia dos Finados.

Também é o dia que damos de cara com a nossa finitude, com nossas lembranças, com nossas dores. E um pouco, também damos de cara com o nada.

Lembro de muitas coisas que passaram pela minha vida e me marcaram, mas não negativamente. Minha mãe brincava muito com essa coisa de morte, e na verdade, não levava muito a sério. Pensava em vida, queria era brincar, apenas. Talvez fosse sua defesa. Dizia ela, daqui a pouco eu parto! E ria. Mário Quintana também zombava da sua doce prometida em um de seus poemas.

Mas, eu aproveitava e dizia a ela:

 - Mãe, quando partires para esse paraíso tão falado, dê um jeito de vir me contar. Apareça por meio de sinal, ou me puxe os pés, mas me conte como é esse outro mundo que escuto desde criança. Combinado ?

 - Combinado, filha, pode deixar, venho te contar, manteremos contato!

Eu, que sempre fui tão valente, penso que me equivoquei, pedi demais, prefiro que ela não me apareça! Como dormirei em paz depois de um episódio de tamanha envergadura? Uma alma aparecer nos pés da cama e começar a falar comigo? Terei de dormir com holofotes, para que nem uma alma do outro mundo apareça na escuridão de minhas noites! O que fui fazer, meu Deus!

Hoje, relembrando essa história com minha mãe, tenho  saudades dela, gostaria que estivesse junto de mim, mas não faço questão de saber mais nada do paraíso! Vá lá que ela apareça e, ao pé do meu ouvido conte que o negócio no paraíso é uma confusão, uma festa de arromba!! Que não é um paraíso como idealizei, e sim a continuação da vida daqui, mas noutro planeta, com as mesmas pessoas a se encontrarem por lá...

Deus meu, peço compaixão!! Com os mesmos humanos? Não; isso seria o caos, prefiro continuar com as minhas ilusões, com os meus sonhos que é bem mais saudável.  

Esqueça, mãe!!









36 comentários:

  1. Querida amiga Tais, que gostoso ler teus textos, assim mesmo como dizes, pois aqui ainda se pode brincar com a ideia de como é a vida depois da morte, se acreditamos que seja vida eterna, podemos imaginar como seja, mas nunca se sabe, nunca mesmo!
    Viver o aqui e agora é a melhor política sobre esse tema.
    Abraços apertados querida amiga!

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  2. Pois é, Taís
    Tinha muita afinidade com a minha tia, irmã da minha mãe, e combinamos dela se comunicar comigo após a sua morte. Ela veio a falecer pouco tempo depois.
    Certa noite sonhei com ela me dizendo que estava em paz. Acordei assustada e confesso fiquei confusa. Será que foi um aviso?
    Te desejo uma excelente semana.
    Beijinhos
    Verena.

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  3. Querida Taís,
    Bem, não há dúvida de que as almas de nossos entes queridos podem chegar até nós.
    Houve tantos incidentes inexplicáveis que senti a presença da mamãe ou a da minha irmã anjo protetora!
    Nossas almas não morrerão, mas nós, simples, os seres humanos não podemos entender completamente o que virá a seguir...
    Mas isso se chama FÉ.
    Abraços,
    Mariette

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  4. É ,Taís! Esses papos eram comuns... Mas melhor deixar pra lá! Se bem que já tive experiências assim, ainda bem com gente que me amava muito! Linda semana! beijos, chica

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  5. Também me lembrei muito da minha mãe no Dia de Finados. A sua mãe fala-lhe sempre, minha Amiga Taís, mas numa linguagem que só o coração ouve e reconhece. É o que penso em relação aos entes queridos que já partiram.
    Uma crónica muito sentida e ao mesmo tempo muito reflexiva.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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  6. Muy bueno tu relato que me ha hecho sonreír con ese final con el que estoy totalmente de acuerdo. Más vale lo malo conocido. ¿Con la misma humanidad? ¡no!, :))).
    La verdad es que me daría un miedo espantoso si mi madre aunque tan querida, se me apareciera a los pies de la cama.
    Me ha encantado leerte Tais.
    Que tengas una feliz semana. Un abrazo.

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  7. " As almas do outro mundo " ou almas penadas, como ouvia na aldeia onde nasci e vivi até casar; e lá, assim como em todas as aldeias do nosso Portugal de antigamente, as histórias e ditos eram muitos. A classificação de " almas penadas " creio que vem do facto de, segundo o povo, elas andarem por aí, sem sossego, perturbadas por não terem conseguido cumprir alguma promessa feita, ou por terem partido sem fazerem as pazes com algum vizinho, ou por outros quaisquer motivos Lembro bem de dizerem que determinado pessoa já morta lhe aparecia " pedindo missas" e logo que mandavam celebrar a tal missa, a alma deixava de aparecer, porque, segundo os mesmos ditos, tinha finalmente encontrado o caminho para o paraiso; e as velas ? Uma minha tia, quando ia a algum lugar de peregrinação connosco, sempre comprava uma vela e colocava junto da entidade sagrada, dizendo ela que era para alumiar o caminho das almas perdidas. Essa minha tia faleceu já há muitos anos com mais de 90 anos e com certeza foi " direitinha ao céu " como se costumava dizer quando falecia aguma pessoa boa. Também eu, Taís, aprendi que podiamos ir para o inferno, purgatório e para o céu e que Deus perdoava tudo, se nos confessassemos, mas também era implacável nos castigos...ou direitinhos ao inferno de grandes labaredas e aí não havia complacência, ou o purgatório onde poderiamos redimir- nos para depois passarmos ao céu, o tal paraiso , cheio de anjos brancos numa convivência maravilhosa com todas aquelas almas boas onde poderiamos encontrar os nossos amigos e pessoas queridas que lá estavam à nossa espera. Que maravilha...chegar ao paraiso e encontrar os nossos pais, finalmente felizes por estarmos todos juntos, sem problemas, sem doenças, sem guerras...olhando lá de cima, sem nada poderem fazer, apesar de estarem junto do Criador de todos os seres e de todas as coisas. Mas, sabes, Tais, cresci, amadureci e que me desculpem as pessoas de muita fé, acredito que acabamos na hora em que cérebro e coração pararem; somos enterrados ou cremados, conforme o gosto de cada um e tudo acaba; há muitas teorias e vai continuar a haver, porque nunca veio cá ninguém dizer o que se passa depois da morte. Bem gostaria que os meus queridos pais me aparecessem, mas....nada! Estão sempre presentes na minha mente e em todas as fotos que tenho espalhadas pela casa, mas não ficaria assustada se viessem cutucar os meus pés durante a noite. Segundo os ditos populares, eles foram directos ao céu, com a consciência tranquila e portanto não são " almas penadas ", não andam por aí a vaguear, pedindo missas ou velinhas que lhes mostrem o caminho. Se calhar, é por isso que a tua mãe não cumpriu o prometido,Tais. mas que " diabo de assunto" tu foste escolher, Amiga !!!! Cruz, credo, Virgem Maria, nosso senhor Jesus Cristo ( e aqui me benzi três vezes..)
    Beijinhos e por favor....não me tires de novo o sono...esta noite só via fantasmas no quarto.
    Temos de rir para não chorar, não é mesmo, Amiga? Saúde para todos vós e deixo também um abraço do tamanho do mundo
    Emilia

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  8. Olá, amiga Tais,
    Muito oportuna esta sua crónica. De facto, no meu entender enquanto não crente, não acredito nessas histórias de outro mundo. Porque quando morremos acabamos. Não andam as nossas "almas" a pairar por aí. Tão simples como isso.
    Gostei muito de ler.
    Votos de uma excelente semana, com muita saúde.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  9. Taís, minha amiga, tudo bem? Cuidado, há espíritos galhofeiros que gostam de brincar. É melhor esquecer isto e tocar a “nossa vidinha besta”, como um dia disse Drummond. Há tantas coisas na vida terrena que precisam ser levadas a sério, sobretudo nos dias atuais de tantos espíritos encarnados galhofeiros e que gostam de levar vantagem que já deveriam estar no fogo do inferno, risos! Pelo menos, conheço dois extremistas: um do lado de lá e outro do lado de cá. Há muito mais, sabemos.
    Uma boa semana, amiga!
    Beijo,

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  10. Supongo que si realmente existe otra vida, no será en nada comparable a la que tenemos actualmente, de lo contrario ¡para que morir! Creo que algo existe y en nada se puede comparar a la vida terrenal. Ojalá sea así y Dios lo quiera.
    Un bello texto para meditar amiga mía.
    Recibe un afectuoso abrazo y te deseo una bella semana de amor, paz y felicidad Taís desde esta otra parte del charco.

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  11. Vizinha / Escritota, TAÍS LUSO !
    Que pacto macabro, Amiga !
    Prefiro uma Oração.
    Mas, já fiz coisas semelhantes. Não é bom.
    Parabéns pelo belo texto, sempre atual.
    Uma ótima semana e um fraternal abraço,
    sem fantasmas...
    Sinval.

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  12. QUERIDOS AMIGOS:

    Isso tudo, para mim, nunca passou de simples brincadeira, que é a razão única desta minha crônica: brincar um pouco com esse tema num momento que a política no Brasil precisa respirar!!
    Abraços a todos vocês!

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  13. Amiga, dás bem a entender que estás a brincar e eu também brinquei. A morte assusta e, como ê certa e certissima,
    o melhor é brincar. O Gilberto Gil também brincou quando lançou a música " Não tenho medo da morte, tenho, sim, medo de morrer " Está muito engraçada, a letra. Beijinhos e não te preocupes
    Emilia

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  14. Concordo com você, Thaís. Minha mãe me disse o mesmo antes de entrar na cirurgia que a matou. E ela mandou um recado estranho sim, durante uma sessão de acupuntura que eu estava fazendo. Havia uma música suave tocando, barulhinho de fonte, a sala meio-escurinha e eu lá deitada, cheia de agulhas.
    De repente, comecei a me desligar devagar, quase dormi, e então eu a vi parada em um portal, bem mais jovem. Ela me olhou diretamente, e disse: "Leia o Salmo 23." E então eu despertei. Foi tudo muito rápido.

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  15. Querida Taís
    Adorei esta sua Crónica. Aliás, todas as que escreve. Porque não falar da morte e do medo terrível que temos dela e do destino que nos estará reservado quando nos formos? :) É uma incógnita daquelas bem pesadas. Para o Céu, Purgatório ou Inferno, ou então para um planeta paralelo com as mesmas pessoas, com os ódios de estimação ... tem razão, que horror! Mais vale fazer como Dante, aceitar a ajuda de Virgílio, chamado por Beatriz, para nos encaminhar nos nove círculos. Assim, sempre iremos com algumas certezas, acabando por ser uma grande Comédia Divina. O percurso será difícil, pejado de grandes dificuldades mas no fim as Portas do Paraíso se abrirão. E as almas não andarão por aí à espera de uma missa, de umas rezas ou de uns responsos.
    Minha amiga, é muito bom sairmos dos apertos do quotidiano, da vã tristeza, da fogueira das vaidades em que tantos se imolam para no fim serem apenas pó.
    Mesmo a brincar abordou um assunto que anda sempre nas nossas cabeças. E mesmo a questão das "Almas do outro mundo", é coisa séria para muitos.
    Tenha uma bela semana.
    Beijinhos
    Olinda

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  16. Olá Taís
    Gostei muito deste momento.
    Em brincadeira com a minha cunhada ( irmã) costumamos dizer que a primeira a partir vem cá depois implicar com a que ficou :)
    A morte para mim, nunca foi uma preocupação, desde criança.
    No entanto toca-me a forma como possa morrer e sendo pouco coerente, lido mal com a morte dos que amo.
    Li em tempos uma frase que guardei :Começamos a morrer no momento em que nascemos, e o fim é o desfecho do início.“
    Em criança na aldeia da minha mãe , nas noites de Verão os mais velhos juntavam-se no terreiro para contar "estórias" de almas penadas.
    Eu adorava ouvir, mas sempre antes de me ir deitar ia ás alminhas benzer-me 3 vezes para ter um sono descansado :)
    Deixo abraço e brisas doces **


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  17. "Almas do outro mundo" ou "Almas penadas", devem ser as Almas que não encontram descanso e vagueiam pelo mundo à procura de conforto. Que tristeza imensa imaginar tal coisa, amiga Taís! Penso que a minha querida Mãe, não deixou nada que queira dizer e a aflija, mas em caso afirmativo, gostaria muito de falar com ela, em sonho.
    Enfim, quem sabe o que por 'lá' se passa não vem cá dizer-nos como é.
    Nós só saberemos se existe outra vida para além desta, quando chegar a nossa vez.

    Um tema que merece a nossa atenção. Porque não?
    Há pessoas, ou o seu espírito, que muito gostaria de encontrar...outras, nem pensar. :))

    Foorte abraço, Taís.

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  18. Excelente crónica. Também prefiro nada saber e não gosto mesmo nada de ver filmes ou histórias de fantasmas e aparições, aliás nem vejo, nem quero ouvir. Vamos sim tentar viver o melhor possível enquanto cá estamos.
    Boa semana
    Beijinhos

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  19. Estos días Brasil ha estado muy presente en nuestras vidas. Deseando lo mejor para vosotros.
    No sé si tendrá algo que ver con esta época de homenaje a nuestros seres queridos que partieron, o porque tenemos cerca a individuos que no parten de ninguna manera, ni aunque los eches con agua hirviendo.
    Por Dios de los Cielos, Tais. ¡Qué mundo!

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  20. The world is constantly learning.
    Beautifully written story.

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  21. Excelente tu relato, Tais.
    Sin duda, invita a la meditación.
    Quizás exista otra vida después de la que vivimos.
    Es un gran tema.
    Un beso. Felices días.

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  22. Nenhum dos meus mortos
    morreram!

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  23. Olá, querida amiga Taís!
    Tenho muita sintonia com os amados que se foram. Confesso. Sei quando eles estão bem ou não. Sou sensitiva e já recebi muito conforto espiritual e emocional dod entes queridos.
    Não tenho medo mais, em pequena tinha e muito. Adultos assustavam as crianças com histórias do além.
    Sinto que colheremos o que aqui plantamos e tenho pena de quem faz o mal.
    Realmente, tem razão, melhor sair fora de pessoas perversas.
    Tenha dias abençoados!
    Beijinhos

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  24. gostei muito, Tais. mas as mães não morrem . vivem eternamente no nosso coração
    um beijo

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  25. Creio na reencarnação e, ao contrário do que muita gente pensa, isso não me alegra de maneira nenhuma.

    Também dispenso contactos com quem já partiu : estejam em paz e evoluam.

    Mais uma vez gostei do texto e da maneira leve como abordou um tema sério.

    Minha querida Taís, carinhoso abraço e boa tarde :)

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  26. Acho que ninguém ainda contou como é esse paraíso...
    Gostei da sua crónica, falando da morte para desanuviar a vida política...
    Continuação de boa semana, amiga Taís.
    Um beijo.

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  27. Penso que temos que conviver com a incerteza. Quando criança , uma vaga recordação, que ouvi alguém dizer que meu avô, que faleceu eu devia ter uns 4 anos, apareceu para mim,,,
    Sua crônica traz leveza destas vontades ambíguas, temos saudades, mas aparição de almas não é um bom desejo. Já sonhei, algumas vezes, com minha mãe, foi uma sensação muito agradável ao acordar. Boa tarde, bjsss

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  28. Boa noite, amiga Tais,
    Passando por aqui, relendo esta excelente crónica que muito gostei, e desejar um feliz fim de semana, com muita saúde.
    Beijinhos!

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  29. Great article and have a nice weekend

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  30. Linda mensagem para a sua mãe, Taís!
    Eu também sempre achei graça nessa frase de "almas do outro mundo" que poderiam aparecer assim do nada!
    tinha mais receio das almas penadas, lembro-me que quando era criança ouvir isso e imaginar que tinham ficado sem penas, ou seja
    como se fossem galinhas!
    Enfim, prefiro imaginar o paraíso com paz e serenidade!
    beijinhos grandes e parabéns pelo seu texto sempre leve mas tocando em assuntos sérios e até trágicos por vezes:)

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  31. Taís,
    Eu sempre repito aqui em casa
    ou entre amigos que:
    Até tenho percepção para
    ultrapassar a linha do chamado
    "mundo sobrenatural", mas eu
    não quero mesmo. Prefiro não
    saber, pois se não dou conta das coisas
    desse mundo, como vou me meter
    com o outro?
    Todavia seu texto é maravilhoso
    e me fez rir com sua expressão de saudade
    de sua mãe, mas que é melhor não provocar.
    rs.
    Bjins
    CatiahoAlc./Reflexod'Alma

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  32. Olá, Taís. Bom... possivelmente, meu comentário será maior que sua crônica, por isso já vou pedindo, antecipadamente, desculpas.
    Alguns temas me apaixonam ou me prendem. Falar do tempo e suas passagens, passado e futuro, saudades e visionarismo... e também coisas do mundo espiritual. Não sou, nem de perto, ligado a seitas, religiões ou qualquer coisa que remeta a isso... mas escrevo, e adoro divagar sobre esse assunto. E, como você muito bem disse, lá atrás eramos bombardeados com esse tema. Faziam verdadeiro terrorismo sobre as crianças, e crescíamos com um medo danado da morte. No teu caso (ou no caso da sua brincadeira na crônica), você levou sorte de crescer sem esse pavor, mas eu, não. Tinha o maior medo da morte. E venho de uma descendência polonesa-alemã, e que era muito ligada nesse tema. O tempo passou e conheci de tudo, de umbandistas a naturistas, de bruxos a quimeras do tempo, de ortodoxos a ateus. Enfim, vi de tudo um pouco, e criei minha própria crença.
    Existe vida além da vida? Não sei. Tenho medo da morte? Não. Mas, o que você descreveu, foi apavorante. Um novo plano, com as mesmas pessoas? Em um outro planeta? Tô fora!!!!!!!!!
    Tenho medo, é claro, mas não da morte. Tenho medo de como ela se dará. E acredito que muito pensem como eu. Espíritos? Talvez existam, mas eles têm tantas outras coisas para se preocupar, não é?
    Momento relaxante, Taís. Vir aqui, e simplesmente ler e me divertir. E até acho que tem um gasparzinho aqui ao meu lado lendo também. Já quanto ao momento político, esse eu nem discuto. Prefiro os fantasmas dos Natais passados. São mais acertivos... ou não.
    Trocando de assunto, preciso confessar uma coisa. Nesses tantos anos escrevendo, esta é apenas a terceira vez que respondo a um autor em seus comentários. Fico impressionado com sua forma de escrever, e também o Pedro, a quem devo uma visita mais demorada, mas o tempo, meu tão querido tema, não tem permitido muita coisa.
    Gostaria de publicar mais, mas tá difícil. Quem sabe se baixar um ghost writer por aqui... melhor não... rsrs.
    Sempre grato por sua atenção e carinho aos meus textos, Taís. Grande abraço.

    Marcio

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  33. Excelente e bem humorada abordagem do tema, Tais...
    Para mim, confesso, não será difícil acreditar nas mesmas, nas almas de outro mundo... já que na natureza nunca nada se perde... tudo se transforma e tudo é simplesmente energia, à nossa volta...
    São os humanos que tem problemas na organização e vivência do seu próprio tempo e espaço... algo superior os criou a ambos... e viaja neles.... seja em essência ou energia. Não tenho a menor das dúvidas de que a reencarnação existe... pois a ciência já se deparou com ela, tantas vezes... acumulando meios de prova. Sou agnóstica... mas a ciência, ajuda-nos a compreender... que há mesmo muitas, mas mesmo muitas mais coisas entre o céu e a Terra, do que a nossa capacidade de entendimento, consegue abarcar... por isso, relativamente a almas do outro mundo... acredito na sua existência. Mas só as deste mundo devemos recear!
    Há ainda muita coisa ainda neste mundo, que não temos capacidade de compreender... quando mais noutros mundos paralelos... mas uma coisa é certa... não estamos sozinhos e nem nunca estivemos. Mas precisamos de compartimentar circunstâncias, experiências e tempo... para melhorar interiorizarmos tudo à nossa volta... se questionarmos tudo... seria a loucura e dispersão... mas e se... for realmente isso que deveríamos fazer... e de uma forma natural?
    No Egipto, no tempo das pirâmides sempre se acreditou na vida para além da morte... e se faziam preparativos para chegar à vida seguinte... essa noção... já existiria também espalhada em muitas outras partes do mundo... e até muitos milhares de anos antes... com a construção de locais de culto, com localizações que implicavam um imenso conhecimento astronómico, físico, arquitetónico, químico... e lá está... um vasto campo científico... há milhares de anos atrás... ainda hoje nem desconfiamos como construções, com técnicas sobre humanas, desde deslocações de materiais e cortes dos mesmos, que nem a laser seriam tão perfeitas, atualmente. Como digo... nem hoje desconfiamos ao de leve, de como o foram feitas no passado...
    Viagens no tempo e no espaço... sejam deuses, ou outros seres, deste e doutros mundos... que nos oferecem informação a rodos para virarmos o conhecimento civilizacional, mais tarde ou mais cedo, contra nós próprios e o resto do mundo... como na presente fase em que o mundo atravessa, uma vez mais... é algo que não se deve descartar... e a ciência cada vez mais o tem vindo a provar...
    Os nossos antepassados... tinham experiências sensoriais... que descreviam como contactos com deuses... no presente... temos avistamentos, que a toda a hora andam a cruzar os ares, que lentamente os Exércitos do mundo, estão a normalizar, como resultado da abundante recolha de imagens, impossível já de desvalorizar, esconder ou ignorar!
    Nós neste mundo... não estamos... nem nunca estivemos sozinhos, como pensamos... e até o estarmos a sós connosco... fica a dúvida. se tal disso devemos ter... total certeza...
    Adorei a crónica... que como sempre, me permitiu divagar...
    Beijinhos
    Ana

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  34. Taís:
    siempre escuchamos por aquí y por allá historias de gente que se ha encontrado con el espíritu/fantasma/ánima de personas fallecidas. ¡Yo no! Y me gustaría tanto volver a ver a mis padres y a otras personas que murieron.
    Abraços.

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  35. Thanks For Sharing The Amazing content. I Will also share with my friends. Great Content thanks a lot. Gadjup

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  36. Useful info. Hope to see more good posts in the future. Allin1Mart

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís