![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtqjvtS4tQLXyblwhSRtVgH0ddVYoaE9oIMgGWuNxAityN4-bIHZY9Pops_lbWIl6XvIODtNxXpMWo23qtPDltQNaeyA20_67d_WsFhnoIP0Ipvp1VYJtfnUynP_8vJqlNkiJqzw/s400/foto+rara.doc.jpg)
DÁ-ME A FESTA MÁGICA
(Pablo Neruda)
DEUS – e de onde é que tiras para acender o céu
este maravilhoso entardecer de cobre?
Por ele soube encontrar de novo a alegria,
e a má visão eu soube torná-la mais nobre.
Nas chamas coloridas de amarelo e verde
iluminou-se a lâmpada de um outro sol
que fez rachar azuis as planícies do Oeste
e verteu nas montanhas suas fontes e rios.
Deus, dá-me a festa mágica na minha vida,
dá-me os teus fogos para iluminar a terra,
deixa em meu coração tua lâmpada acendida
para que eu seja o óleo de tua luz suprema.
E eu irei pelos campos na noite estrelada
com os braços abertos e a face desnuda,
cantando árias ingênuas com as mesmas palavras
com que na noite falam os campos e a lua.
DEUS – e de onde é que tiras para acender o céu
este maravilhoso entardecer de cobre?
Por ele soube encontrar de novo a alegria,
e a má visão eu soube torná-la mais nobre.
Nas chamas coloridas de amarelo e verde
iluminou-se a lâmpada de um outro sol
que fez rachar azuis as planícies do Oeste
e verteu nas montanhas suas fontes e rios.
Deus, dá-me a festa mágica na minha vida,
dá-me os teus fogos para iluminar a terra,
deixa em meu coração tua lâmpada acendida
para que eu seja o óleo de tua luz suprema.
E eu irei pelos campos na noite estrelada
com os braços abertos e a face desnuda,
cantando árias ingênuas com as mesmas palavras
com que na noite falam os campos e a lua.
Neruda, Pablo, 1904 – 1973. trad. José Eduardo Degrazia
Crepusculário / Porto Alegre (Coleção L&PM, 2004 )
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís