13 de novembro de 2012

COMO SEREMOS VISTOS NO FUTURO?








              - Tais Luso de Carvalho

Volta e meia penso nas bobagens que se comete, entrando em discussões para defender ideias que não levam a nada. Gostaria de voltar ao tempo para agir de modo contrário. Quando se discute, a emoção aflora e a razão fica turva. Emoção é um sentimento lindo em poesia, em música, em arte. Fora disso, todo o cuidado é pouco. Mas há os que adoram um bom conflito, que precisam dele como o ar que respiram.

É impossível sair de discussões acaloradas sem alguma lesão na alma. Mas chega um santo dia em que nos damos conta da palhaçada que cometemos – e por nada. Discutir gera mal estar. Sou do time que odeia discussões – discussões me fazem mal. Nas discussões misturam-se os egos e impera a vaidade.

Fico indignada quando leio jornais e revistas, mas não me preocuparei mais com discussões sobre a semana de três dias dos deputados, sobre a ética e moral do Lewandowski, e se o Lula sabia ou não das negociatas; não quero mais saber sobre a Copa no Brasil, sobre a enorme corrupção, sobre o Brasil e seus 37 Ministérios... Cansei. Realmente, isso não vai melhorar em nada a minha vida. 

Na real, ninguém convence ninguém, ainda mais em política. Bater boca é pedir para se enfartar todo. Não ganharemos mais paz em ficar defendendo algum político e suas ideologias partidárias ou  discutir sobre religião.  

Se nosso voto não resolve bulhufas nesse país, nossa opinião muito menos. Verei tudo, lerei bastante e, certa ou errada, tirarei minhas conclusões – o que já será bom para o meu consumo. Pelo menos não me sentirei alienada da vida do país. Só sei que continuarei estarrecida com a onda de violência, e de ver certos braços cruzados.

Há alguns anos discuti e me posicionei sobre o desarmamento do país. Aquela maldita discussão - que entrei,  para defender meu ponto de vista -,  não acrescentou nada ao meu currículo. Só me desgastou, uma vez que a outra parte não me convenceu e nem eu a ele. Só gerou discórdia e estresse. Mas fui pouco hábil, melhor teria sido se eu tivesse deixado a criatura com suas contundentes ideias.

Mas todos nós temos o hábito de manifestar nossa opinião com afinco. Botar pra quebrar. E isso parece que vai enrijecendo o opositor, que termina explodindo.

Vejam só o bate-boca dos políticos na Câmara, no Senado, nas CPIs. Bem que poderia ser diferente, foram eleitos para  um compromisso moral, colocar na mesa ideias concretas que poderiam surtir algum efeito em prol da sociedade. Já deveriam ter aprendido a conviver com a democracia, mas são os primeiros a se enrolarem em suas teias. Parece que ninguém aplica leis ou cumpre promessas. Ganha o mais forte, o mais hábil ou o mais louco. O ponderado, o justo... acaba mal. (segundo Rui Barbosa, temos vergonha de ser honestos...)

Que joguem, que façam, que cantem, que plantem as maiores promessas de um mundo mais fraterno, de um mundo solidário. Vá eu, nessas alturas, acreditar nisso. É só olhar o que o homem é capaz de fazer com sua própria espécie, hoje no século 21.

Não há dúvida que, no futuro, em outra  era, dirão que fomos à lua, que criamos o computador e um milhão de coisas. Dirão que já éramos uma civilização de malhados, lindos e cobertos de Botox;  perfumados e limpinhos. Dirão - os povos do futuro - que fomos a civilização que alcançou os céus, que descobriu um novo mundo, os gênios da informática, os homens que foram ao espaço!

Sim, é o que poderão dizer de nós daqui a uns 500 anos. Seremos estudados dos pés à cabeça – dissecados e admirados pelos feitos. Mas, também vistos como primitivos, bárbaros, cruéis, trapaceiros e pobres de espírito. Quesito que não evoluímos. 

Será a nossa glória...


43 comentários:

  1. Amei o seu texto e ponto de vista. Tem toda a razão. Eu estou nessa fase de amadurecimento, de não entrar em discussões que não vão mesmo resolver o mundo. Melhor escrever,não é? Um grande abraço e parabéns!

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    1. Obrigada, Rovênia. Com amadurecimento e já com certa vivência a gente chega lá...
      Um beijo, amiga.

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  2. Sò os tolos querem ter razão a qualquer custo.
    dizia Oscar wilde .

    BACI

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    1. Bem lembrado, Fifia. E na maioria o 'custo' é alto demais. Pensando bem, certas coisas não precisam mais de explicações, já sabemos o resultado e bate o desencanto.
      Beijão pra você.

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  3. Limerique

    Pensando de segunda a segunda
    Nesta terra que é uma barafunda
    Neste país do carnaval
    Onde tudo é muito legal
    Mas veja só que povinho bunda.

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    1. Poxa, Jair, infelizmente sou obrigada a concordar com você...
      Um abraço, amigo!

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  4. Tais, isso era algo que já havia passado pela minha cabeça. Não sabemos em que ponto esses problemas econômicos, políticos e sociais estarão, se serão sanados de alguma forma por uma alta tecnologia imaginável, criação de sistemas mais eficazes, etc. O real é: Nós seremos avaliados pela nossa conduta diante disso tudo. Seremos os agentes de uma progressão geométrica no quesito ambiental, por exemplo. Não fomos os propulsores. Mas ajudamos a acelarar o ritmo! Seremos, a eles, egoístas. Não acredito que haverá orgulho, por parte dos próximos que virão, em relação ao pioneirismo tecnológico em várias áreas, uma vez que o legado deixado será uma dívida com a natureza! Triste.

    Acredito que a discussão, em alguns casos, seja a melhor forma de se resolver alguns impasses. Todavia entendo perfeitamente o que quis dizer. É desgastante e no final não acrescentou em nada. Se de longe podemos saber que o resultado será absolutamente irrisório, é preferível manter-se afastado mesmo. Não vale a pena queimar neurônios, se contrariar e lutar em vão.

    Faz bem em não se desgastar, pois por outro lado você pode traduzir sua indignação nas palavras, mantendo dessa forma esse blog maravilhoso.

    Um abração!

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    1. Oi, Fellipe, não só egoístas como você diz, mas irresponsáveis. Quando falo em discussões, falo nos intermináveis blablablás, cansativos, ineficientes, ofensivos, teimosos e que não resolvem nada.NADA! Vemos isso todos os dias, promessas políticas que se acabam quando termina o encontro. Isso se chama oportunismo.
      Acho que deixaremos sim, coisas muito significativas e outras catastróficas, por ex. para o meio ambiente. Sem dúvida que seremos vistos como o azarão da natureza, dirão eles que fomos os exterminadores. Olha a nossa força!! Credo, só mesmo na ironia...
      E falando em não entrar mais em discussões pessoais, isso quer dizer preservação da saúde - física e mental!
      Muito obrigada por suas palavras ao blog, fico muito feliz!

      Abraços!!

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  5. Clareza deve ser um dos teus sobrenomes, Taís.
    Tudo o que foi apontado é retrato real e lamentável deste nosso tempo.Como vc, me distanciei dos noticiários, das contendas, dos embates.Vinda eu,do núcleo da Educação, vc pode imaginar o quanto me desgastei em vão e como lamento não ver luz alguma no fim do túnel.
    Este é mais um aspecto pelo qual seremos lembrados(vixe!).
    Bjos,
    Calu

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    1. Calu, que bom recebê-la aqui. Como professora, então você sabe e sente bem o que falei. É bater em pedra dura... e não fura! É o contrário do dito popular. A gente acaba desistindo, não?
      Grande beijo, amiga.
      Obrigada!

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  6. Tais, já sabes que AMO tua ironia, intercalada com declarações sérias e maduras. De fato, a interminável discussão é uma perda de tempo, é um gastar de palavras e desgastar do sistema nervoso! Também caí fora dessas, não grito minha opinião em termos de religião, time de futebol e política. Mas falo com o maior prazer sobre qualquer desses assuntos, da mesma forma que ouço, pois acredito que não ganhamos somente quando convencemos o outro, mas quando somos capazes de propor reflexão, de plantar uma semente acerca de nossas ideias e quando permitimos que o outro plante sua semente também, para que reavaliemos nossa conduta. Ou seja, gosto demais da boa argumentação e da "discussão" sadia e diplomática. Percebo, porém, que essa discussão é viável quase que exclusivamente nos blogs, pois no "cara a cara" são minutos até um, ou ambos, explodirem em palavras e ações! Até mesmo nas redes sociais vemos com frequência discussões acaloradas e ofensivas, das quais fujo.
    Quanto ao futuro, seremos vistos como de fato somos: muito evoluídos num sentido, mas lamentavelmente atrasados em pontos cruciais! Ainda assim, sou capaz de ver luz na escuridão: não na nação como um todo, mas nas iniciativas individuais de gente que quer ser honesta, que quer ser bondosa e solidária, ecologicamente correta. Não mudam o mundo, mas proporcionam um ambiente agradável ao seu redor, e isso tem seu valor: é contagiante!

    A crônica é maravilhosa, a cronista é brilhante! Beijos.

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    1. Suzy, a ironia muitas vezes diz o que não conseguimos dizer com seriedade, ela tem um poder de botar o dedo na ferida. Você está falando em conversar, trocar idéias, ouvir e argumentar com educação. Mas infelizmente é meio difícil quando a vaidade grita, quando não existe um pouco de humildade em ceder, em aceitar que o outro está certo. Vemos todo dia isso na televisão, em debates etc.
      Sim, nas iniciativas individuais, é claro! Existe gente educada, mas olha, amiga... é um desgaste. Vivemos numa época que parece faltar alguma coisa, o mundo ficou mais materialista, só se pensa em comprar e ostentar. É um vazio imenso. Vejo que as coisas estão degringolando. Enquanto uns buscam o amor, a solidariedade, outros se embrutecem. E isso aparece demais. Vivemos numa sociedade sem proteção exatamente pelo individualismo.

      Amiga, tua presença sempre me deixa feliz.
      Grande beijo! E... obrigada, mesmo.

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  7. Cara Tais
    Seu texto apresenta dois pontos principais de discussão: o primeiro é o seu desgaste em discutir e debater o mundo,uma sensação de inutilidade nessa ação, de impotência: "defender idéias que não levam a nada" você diz. O segundo ponto é: como seremos julgados pelos nossos descendentes em outra era. A escolha do quadro de Dali foi uma tacada de mestra: "O nascimento de um novo homem". Acho que ninguém parou para ligar as duas coisas, seu texto ao quadro. O quadro completa o texto e dá o seu sentimento no momento de escrevê-lo. Você melhor do que ninguém sabe o sentido dessa obra de Dalí: a saida do novo homem do ovo mundo. O quadro transmite uma mensagem de medo, não é um quadro otimista. Os continentes estão a derreter, dá Africa cai uma lágrima. Dalí tinha uma imagem muito vazia do mundo, uma imagem ameaçadora, triste. A gota de sangue que sai do ovo transmite a mensagem de que o novo homem vai cometer muitos erros. Nota-se o grande esforço que o homem faz para romper o ovo e nascer.E que para o homem rompê-lo tem que se esforçar ainda mais. Vemos um pedaço de tecido, por baixo do ovo, como se este estivera sempre lá, para segurar o sangue derramado, ou seja, a terra, que sempre sugará o sangue derramado e que sempre desenvolverá uma nova era. Eva, ao mesmo tempo esquelética e musculosa mostra à criança, também musculosa, o homem nascendo, os musculos talvez representem a luta pela sua liberdade, e a criança ao esconder-se atrás da mãe, representa o medo, o terror que tem do novo homem.

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    1. Oi, BERNARDO, você acertou em cheio!! Acho que ninguém se deu conta da obra... Você foi o primeiro que viu, que através dela tem uma enorme mensagem que você descreveu com muita propriedade. Coloquei essa obra para dar mais força às minhas palavras e à minha visão, ou à tentativa de simplesmente 'dizer'. Fiquei feliz com sua visão, com seu comentário. Comecei com minha (pequena) experiência e fui tomando o rumo de que para haver mudanças, precisará nascer um novo ser, diferente. Mais evoluído. E que nós, seremos vistos como citei - segundo o meu ponto de vista, lógico.

      Um grande abraço, Bernardo.

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  8. Hola Tais, meu nome e Oz, desculpe meu Portuñol. Gostei muito do seu Blog, es muy ameno de leer.
    Grande beijo desde:
    http://leyendas-de-oriente.blogspot.com/

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    1. Seja bem-vindo ao blog, OZ, muito obrigada.
      Abraços!

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  9. Carregado 'dela'....Mas se calhar, é a melhor
    forma de lidar com a coisa....
    Gostei muito
    Beijo

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  10. Oi Tais!
    Assino embaixo! Também cansei e se ao olharmos para trás vemos um hoje modernizado, mais aperfeiçoado pela tecnologia, dirá no futuro, não tenho este tipo de esperança.
    Beijinhos!

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    1. Obrigada, Valéria!
      Temos uma legião de cansados...Mas é só mudarmos, a qualidade de vida pede socorro.
      Beijos pra você.

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  11. Oi Tais,

    Concordo contigo. também não sou muito de discussões. Sou mais para as atitudes. Pensou fale e aja. Esses rodeios, só servem para deixar as coisas piores. vamos escrever nossas opiniões, deixá-las registradas assim sem desgaste fazemos bem a nós e aqueles que quiserem nos ouvir!!!

    Bom demais te ler.
    Um abraço grande!

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    1. rsrs, acertou na 'mosca'...
      Beijos, R. - Bom você aqui!
      Beijos pra você!

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  12. aprecio esta postagem por sua vontade de simplesmente falar o que sente...
    minha opinião ainda continua firme que daqui a pouco não mais haverá faixas temporais...apenas o presente!
    e se isto acontecer encerram-se as reflexões...teremos apenas atos para viver!
    namastê!

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    1. OK, Ricardo, não seria má ideia, mas meio difícil...
      Abraços pra você, amigo.

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  13. Otima reflexão Tais. Acho que seremos estudados como estudamos nas escolas os "bravos conquistadores" que vieram ás Americas e que na verdade não passavam de piratas,ladrões e assassinos da pior especie ou não? Que nome podemos dar ao assassinato de milhões de indios no Brasil e á extinçaõ dos imperios Maia e Asteca nas Americas?
    Discutir essa coisas eoutras que estão por ai? Nem pensar! Tenho coisas mais uteis em que gastar minhas energias....

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    1. E outras mil monstruosidades que não fazem muito tempo...É, estou conseguindo libertar-me de discussões inúteis. ainda não consegui deixar de ler os jornais. Muitas vezes ser mais alienado tem lá suas vantagens. Mas é difícil, hoje, com a mídia nos empurrando dezenas de vezes a mesma coisa num só dia. Uma hora você fica sabendo, já larga uma opinião e já começa a discussão. Mas estou conseguindo cair fora. Só o pouco que você falou já dá pano pra manga. E assim segue o mundo.

      Abraços, amigo.

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  14. Oi Tais, vim aqui conferir as novidades e veja só que pérola encontro. Boa demais este pensar sobre as discussões. Concordo quando você diz que são desnecessárias e que trazem desgastes. E como trazem! Mas fico pensando se nós conseguíssemos tratar as discussões de uma forma diferente. Apenas como fato, sem envolvimento de ego... Acho que viajei na utopia não é!?

    Sei que do jeito que está é impossível mas como você jogou a pergunta para o futuro como seremos vistos, fiquei aqui a devanear...

    Fiquei meio Elisa Lucinda no poema "Só de sacanagem" quando ela disse, sei que não dá pra mudar o inicio mas se a gente quiser vai dá pra mudar o final"

    conhece?
    [ https://www.youtube.com/watch?v=iTFPPgYj5uQ ]

    Muito intrigante este assunto!
    Adorei!
    Beijos

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    1. Oi, Vanessa! Fui correndo escutar o poema, achei lindo, e que declamação!!! Não conhecia. Porém, há tanto desencanto, tantas esperanças que foram pro ralo, amiga... Que não acredito muito, não. A vontade até existe, mas aí começo a pensar o tanto que existe de desilusão na fé de muitos, de milhões! Na minha fé, num futuro diferente. Sonhar? Como sonhei. Olho para os lados e nada se modifica. É isso.

      Beijão pra você!
      Volte sempre.

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    2. Oi Tais, também gosto muito da declamação da Elisa. E compreendo tua posição. =)

      Amando conhecer tuas opiniões! .)
      Beijo enorme!!

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  15. Olá Taís,

    Gostei da crônica e da imagem.
    Suas palavras demonstram certo desalento, mas acredito que este estado de alma está presente em muitos corações.
    Discussões no verdadeiro sentido da palavra nunca levam a lugar algum, a não ser à discórdia e à ira, pois cada um quer defender seu ponto de vista como se fosse o único dono da verdade. Aqui impera a vaidade e o egoísmo.
    O diálogo, sim, é enriquecedor, pois aceita divergências e leva ao raciocínio sobre as questões focadas, proporcionando resultados positivos.
    Não entro mais em discussões. Poucas vozes se fazem ouvir. Mas não estou indiferente. Faço minha parte onde precisa ser feita e torço para a abertura da mente e corações humanos, para que se direcionem sempre em busca do bem comum. Utopia? Sim, mas insisto em visualizar um final menos infeliz, sempre.
    Espero que muito ainda seja feito para marcar nossa era de uma maneira mais positiva no que respeita a valores éticos e morais, já que tecnologicamente estamos acompanhando satisfatoriamente a evolução.

    Ótimo final de semana.

    Beijo.

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    1. Oi, Verinha, sim, total decepção com nossa espécie. Salvo exceções.
      Também quero para todos um final mais feliz, de vez em quando acredito, me encho de otimismo e de repente dou de cara com mais atrocidades, mesquinharias, egoísmos e crueldades que não encontramos em outras espécies. Como disse: evoluímos de um lado, racional, mas no que toca a sentimentos... estamos sempre a dever. Não é um abraço aqui e acolá ou relações de amor entre pais e filhos, ou solidariedade a conta-gotas, mas nossas ações coletivas é que deveriam fazer a diferença, e estas são poucas para um planeta com 7 bilhões de humanos, mais a fauna.Mas penso que essa descrença não é só minha.

      Beijo grande, Verinha, bom feriadão.

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  16. Tais querida,que seres humanos somos?
    Em relação a discutir um ponto de vista ou dar meu parecer, percebo que sempre fico com o estresse do final.Hoje, inclusive, estava conversando com minha filha e comentei com ela sobre o tempo que levamos para amadurecer e correr do que nos faz mal.Já sofri muito por ter carregado o fardo do querer deixar minha ideia,não faço mais isso.Também estou obsrevando o aumento das atrocidades e fatos que só desmentem a nossa capacidade de nos dizermos civilizados.Amiga,há tanto a escrever,porém encerro dizendo que sua escrita é maravilhosa,você cativa com suas crônicas registrando a real face da vida.Rezemos pelo melhor.Um grande abraço!

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    1. Marli querida, você está coberta de razão! Só com o amadurecimento que se corre de discussões e de confrontos. Que pena que não conseguimos enxergar isso antes. O tempo vai passando, o dobrar da esquina é logo ali e... quando vemos, não dá mais tanto tempo para mudanças. Para usufruir de uma paz tão almejada por tantos.
      Obrigada por suas palavras.

      Grande beijo.

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  17. Estou estarrecida com seu texto, concordo plenamente com tudo que escreveu, creio que o defeito de nossa sociedade atual é a preocupação com coisas banais, e contendas de suas próprias utopias. Qual é a melhor religião? Qual é o melhor partido? Quem é que está mais certo? Para mim essas perguntas não são discutidas, pois sempre estará relacionado ao seu próprio interesses.
    Está de parabéns

    http://falandosobrealgo.blogspot.com.br/

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    1. Olá, Camila, muito obrigada pelo seu comentário e seja bem vinda ao blog!
      Vou conhecer seu blog, sim.

      Um beijo pra você.

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  18. Taís, nem quero pensar como seremos vistos pelas gerações futuras e acho que a única forma do mundo melhorar é acabar e começar tudo de novo! Que venha o fim do mundo! (Desculpe a brincadeira, mas diante da situação caótica em que os valores humanos são substituídos pelo consumismo, onde a violência urbana se mostra irreversível e favelas são pacificadas tendo em vista somente a copa do mundo, não vejo alternativa de mudança, infelizmente).
    Seu texto ficou incrível! Parabéns!

    Beijos

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  19. rsrsr, Néia, essa sua 'tirada' tá boa: acabar e recomeçar! Olha... pensando bem acho que só assim, mesmo.
    Esse povinho daqui, não tem mais jeito. Após milhões de anos inventou mil coisas, mas a verdade é que está difícil de evoluirmos por completo. Todos só pensam em possuir coisas e pessoas. É uma obsessão.

    Grande beijo, amiga.

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  20. Também estou cansado. Muito cansado de comentar os absurdos da política, da justiça, das pessoas que vivem para se "dar bem"...
    Mas vamos em frente não é? Afinal podemos fazer a nossa parte.
    Um grande abraço, Loyde manda um beijo

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    1. Obrigada, Antonio! Seguiremos, sem dúvida.
      Beijos ao atelier.

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  21. Querida que bela crônica! Tens razão, quando pensamos nos grandes avanços da humanidade vemos que avançamos tecnologicamente, mas o ser humano continua bárbaro e primitivo como sempre foi.É verdade que continua se aprimorando cada vez mais neste quesito.Triste, mas uma realidade incontestável, infelizmente.
    Obrigada pela visita no meu blog e o generoso comentário deixado lá.O poema em questão é de minha autoria.BjsEloah

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    1. Grande beijo, Eloah, obrigada pelo seu carinho!

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  22. Querida amiga

    Acho que
    o que mais
    identifica
    a atual geração
    é o vazio,
    o silêncio,
    a individualidade,
    o consumo...

    Que haja sempre
    sonhos por sonhar.

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    1. Exatamente, e onde tudo isso vai parar, não sei.
      Abraços, amigo. Obrigada.

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís