25 de agosto de 2014

UM POUCO DO PASSADO NÃO MACHUCA !



           - Tais Luso de Carvalho

Estou aqui a imaginar uma cidadezinha com suas ruelas em pedra, em estilo colonial, casas com janelas floridas, gente tranquila e amiga. Ando um pouco enfadada da nossa realidade, desse ritmo alucinante e desse consumo desenfreado. Nunca vi tanto consumismo, tanta gente correndo atrás das mesmas coisas. Gostaria de voltar ao passado, de caminhar por aldeias mais antigas, ter minhas poucas e reais amigas, e crescer saudável como era mais comum em outros tempos. Recomeçar. Sentir o cheirinho de coisas mais autênticas e talvez mais ingênuas. 

A Internet facilmente nos possibilita sonhar, imaginar, avançar no futuro como também voltar ao passado. Magníficas fotos, em formato de mensagens, nos transportam ao passado, um passado por vezes bem mais distante, curioso, belo, e outros não tão longe, logo ali... Mas um passado que um dia eu vivi.

Pouco me importaria em me submeter novamente à chatice  das ciências exatas, uma vez que gostava muito e me saía bem nas ciências humanas. Mas acho que o sacrifício teve suas compensações.

Gostaria de vivenciar os preparativos entusiasmados dos alunos para a Procissão de Corpus Christi – em que vários colégios da capital desfilavam juntos rumo à Igreja Matriz, era uma festa esperada, uma grande confraternização entre os jovens estudantes. Gostaria de vivenciar as aulas de ginástica do colégio, ao sacrifício das academias de hoje; gostaria de sentir, novamente, os padrões morais e éticos desabrochando em cada família, diferentes dos atuais. Não tenho dúvida que as famílias perderam muito de seus antigos valores por várias influências externas, meio pesadas.

Gostaria de ver os telefones fixos, padronizados, e não passar pelo martírio infinito das operadoras de celulares e de seus viciantes Smartphones, com muitas mensagens duvidosas ou para levar trombadas nas calçadas por gente que caminha de cabeça baixa – teclando. E mais um batalhão de gente espiando as redes sociais e teclando não sei o quê.

Gostaria de voltar à disciplina de horários, de andar descalça, de brincar no rio e de recordar o cerimonial do casamento: namorar, noivar e casar. Respeitar o tempo necessário  para um conhecimento recíproco. Também gostaria de voltar a ver o meu país produzir música de excelente qualidade. Onde estão os excelentes compositores de outrora? Tantas coisas novas e boas surgiram, mas tantas coisas boas morreram! 

Viver o presente é o que temos agora, mas nada de muito interessante no front, a não ser um universo de tecnologia, toda a parafernália que leva milhões de pessoas a uma conexão exaustiva, desconhecida, duvidosa, solitária. As pessoas são reais, são as mesmas: algumas muito boas, outras nem tanto. E dessas não presumimos suas intenções. Mas estamos no contexto. Estamos num mundo que não vai parar e nos resta acompanhar  em parte, e com muita cautela em redes sociais.

Tomara que grande parte da geração de meus filhos esteja feliz. Estarão? Também não sei, as gerações posteriores enxergam as coisas sob outra ótica, que naturalmente não é a minha, embora a minha geração também teve  seus pecados.

Mas cada geração precisa carregar seu fardo. Parece-me que muitos jovens estão meio perdidos, precisam achar uma saída para suas indagações. Onde erramos?  O que corrigir? Acredito que tudo o que aprendemos, o caráter que trazemos  e  a vida que vivemos, não se joga fora, é a antessala de um futuro que poderá nos trazer benefícios, algo bem compensador.

Espero que muitos encontrem uma resposta, algo que acreditem e que mereça uma luta, um sacrifício que faça com que suas vidas valham a pena e que possam se orgulhar do legado que deixarão para as gerações futuras. 

Eu vejo sentido no passado, sim. Não concordo com pessoas  que dizem que o que passou está enterrado. O passado é a nossa história, o nosso aprendizado, a nossa memória. Passou, sim, mas não precisamos enterrá-lo! 
E por que não podemos falar nele ou dele? Isso não invalida viver o presente. As comparações servem para podermos corrigir certos erros. 
Passado e presente são a nossa História.





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39 comentários:

  1. Te entendo muito bem. Temos essa sensação de saturação ao ver tanto trânsito,m tanta gente, tanto isso ,tanto crescimentos de shoppings( por ex;o nosso Iguatemi que era pequeno, até ainda acolhedor, virará um monstro, enorme, me entristece).

    Não que o progresso faça mal, mas parece tá desenfreada a coisa! Mas, esperamos o melhor para os que terão mais tempo que nós por aqui! bjs,chica., linda semana!

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    1. Oi, Chica, o progresso não faz mal, os meios usados é que podem fazer das nossas vidas algo bem mais difícil, mais incômodos e menos saudáveis. Por um lado beneficia; por outro pode nos tirar a alegria de adquirir e de usufruir. Pois é, o Iguatemi... vai perder o aconchego; teremos mais ofertas, mas será que precisamos de tanto? Nossa cidade ainda está de bom tamanho.
      Beijos!

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  2. Encolho-me diante desse redemoinho virtual... Gosto, claro. Utilizo, mas na medida exata de não me tornar uma máquina bípede... Afinal, não quero terminar com um capacete de parafernálias, sem olhar nos olhos, sem sentir a fala, a respiração, o abraço aquecido e o beijo terno de um/uma amigo/amiga...Contato humano supera a isso tudo. Preservo.
    Abraço.

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    1. Perfeito, Célia, também gosto, mas utilizo como você. E mais: não faço parte de nenhuma rede social. Vivo mais tranquila.
      Obrigada, sempre,
      Beijos.

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  3. Esta geração está mais antenada a tecnologia do que o contato humano , é dificil dizer
    valores se estão se perdendo.
    bjs
    http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/

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    1. Oi, Simone, é a geração Internet, entendo e também gosto - mas com algumas restrições. Penso que a minha geração muitos dos valores, comparados com os de hoje eram diferentes, a partir do respeito aos pais e professores. Respeito pelo que queríamos, pelas coisas que lutávamos. Até as amizades eram diferentes, como os relacionamentos entre homens e mulheres também eram diferentes. Hoje muitas coisas viraram algo descartável. E valores esquecidos, deixados, não é sinônimo de evolução, apesar de eu considerar que esse tempo também é meu.
      Beijo, obrigada pela tua presença sempre querida.

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  4. Amiga Taís, amo poder recordar o passado, nosso alicerce, vivi uma era maravilhosa, "Os Anos Dourados", mas também me entrosei com essa época, acho que, apesar dos males que vemos, evoluímos e muito em muitos fatores, o preço algumas vezes é caro, mas temos de pagar, acredito que o bom é mesmo aqui e agora, passado passou, deixou suas raízes, recordar dá imenso prazer, não está enterrado, mas também não precisamos viver nele o tempo todo, entendi bem o que quis nos passar com esse rico texto!
    Tecnologia, isso já estava escrito no livro mais lido do mundo, "que até as pedras falarão", portanto é isso em meu entender, tá tudo muito bom!
    Abraços minha amiga e tenhas uma linda noite!

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    1. É, querida Ivone, não gosto de viver de passado, mas nada contra recordações e comparações. Um povo precisa guardar suas memórias para alterar, corrigir o que de errado se faz. Olhe você o que acontece com os professores de hoje! É inadmissível alguém exercer sua função com medo dos alunos, apanhando! Dessas atitudes e outras semelhantes, é que sinto saudades da minha época. O respeito e a educação sumiram!! Veja o que se passa nas redes sociais... E não sou eu que digo!
      Grande beijo, amiga.

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  5. Tais, quando fazemos alguma colocação elogiando o passado, costumam nos dizer que lá também havia muita coisa sem sentido. Concordo, mas tenho como certo que a vida tinha uma simplicidade única, possibilitava contatos reais e duradouros... e costumávamos ser impulsionados por nossos pais para lutar, honradamente, pelos ideais. Você mencionou família e valores, o que tenho como importantíssimo para o bem da sociedade como um todo. Vivi em cidade pequena, com pessoas moralistas, sujeita a regras que, de fato, não mereciam o rigor que possuíam. Mas nada perdi por isso. Acordei com mais maturidade para outra visão e lancei fora o que podia ser abandonado, em termos de conceitos inadequados. Hoje vejo mais interrogações que respostas. E o pior, um comodismo entre os jovens, tão livres, mas que sequer aproveitam suas oportunidades de crescimento. Estão mais presos à tecnologia que à própria vida. Bjs.

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    1. Marilene, seu último parágrafo diz tudo!
      Nossa geração também pecou, ninguém foi santo, mas havia mais respeito, mais vergonha, uma luta mais saudável. Sabíamos valorizar as coisas que realmente tinham valor. É lógico que ganhamos avanços nos tempos atuais, mas estamos pagando um certo preço. E certas liberdades conquistadas pelas mulheres não fazem muito minha cabeça, um pouco menos, né? Um pouquinho mais de calma...

      Beijo, meu carinho.

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  6. Olá Taís,
    obrigado pela visita.
    Li com muito prazer a sua crônica. Concordo com tudo. Temos que nos adaptar aos novos costumes, afinal este também é o nosso tempo.
    Um grande abraço. Loyde manda beijos

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    1. Olá, Antonio, só resta nos adaptar, mas não necessariamente com tudo! Temos coisas muito relevantes que foram esquecidas no baú. Acho que como pensamos no futuro, não seria nada mal relembrar lições do passado. Quando vejo certas aberrações (que a mídia mostra insistentemente), lembro do nosso passado com orgulho. E com admiração pela minha geração.

      Grande abraço, beijo à Loyde também.
      Obrigada pela sua visita, 'tri' de bem-vinda! rs o tri é daqui mesmo!

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  7. Gosto também de lembrar do passado, afinal ele é parte da nossa vida, um alicerce do que somos hoje.
    Que bom que temos um passado!
    Beijos.

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    1. Exatamente isso!
      Um beijo,querida Estela.
      Obrigada pela sua presença!

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  8. Por aqui.....os jovens juntam-se em convites pelo
    Facebook, para MEETS nos centros comerciais
    e criam atos lamentaveis,....outros tempos.
    Não estarei cá para ver, mas não acredito no futuro dos jovens de hoje......o racismo , o ódio,
    o fundamentalismo..., campeiam por aí....
    É ver os confrontos com a autoridade nesses meets, onde....dizem os jovens....só querem mostrar a roupa de marca e danças novas e
    bla...bla...bla.....
    Enfim....já me calei....
    Abraço

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    1. Mas por aqui também! Falou e disse tudo, amigo Andrade. Assisto sempre o canal aí de Portugal, fico sabendo das novidades aí dos irmãos...
      Abraços aqui do sul do Brasil, frio e chuva que vão entrar 10 dias sem trégua.

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  9. Nossa, Taís, eu me sinto assim também. Quanto mais a gente evolui tecnologicamente, mais deixamos para trás a interatividade que havia nos tempos de ontem. Às vezes, bate uma solidão e estranheza. Eu olho tudo como se eu estivesse na época errada. Acho que é por isso que admiro tanto, as obras clássicas, os filmes de época, retratando a aproximação entre as pessoas, a tranquilidade, os diálogos entre familiares. Hoje eu vejo todo mundo conectado e ao mesmo tempo, totalmente desconectando-se de si mesmo e de seus entes. Você caminha nas ruas e enxerga inúmeras pessoas de cabeça baixa com suas maquininhas, sejam elas celulares, What'App, Smartphone, Tablet e por aí vai. Ninguém quer mais falar ao vivo, olho no olho. Isso me dá muita tristeza. As pessoas não se falam mais, não ouvem mais os outros. E as cantadas de hoje(eu até comentava outro dia com o meu filho) deixaram de ser conquistas. Hoje um homem se aproxima de uma mulher e pergunta logo: tem what'sApp? Nossa...eu me sinto tão careta. E era tão lindo(vejo em obras clássicas e filmes de época) a expressão 'fazer a corte.'. Muitas vezes eu discuto com o meu filho sobre o quanto ele perde conectado em what'sApps, facebook, sem tempo pra conversarmos, como fazíamos quando ele era criança, pré-adolescente. Eu fui uma criança e uma jovem criada sem esse consumismo de hoje. Eu, meus irmãos e nossos amiguinhos e coleguinhas, amávamos nos encontrar e conversar sobre a vida, os acontecimentos, nos divertíamos tanto sem essa parafernália toda, como disse. Estou com vc, amiga. Tenho em mim, esses mesmos sentimentos. Beijão, aqui de Salvador, e que tenha uma noite abençoada!!!!

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    1. Querida Sandra, as pessoas se encontram em restaurantes, etc para comemorarem algo e no final vemos é uma interação virtual, cada um teclando solitariamente.Isso é encontro? Pensamos igual e lamento. Não teria nada a compartilhar em redes sociais. Tenho uma certa implicância com Smartfones, ganhei um e está na gaveta. o que uso é apenas um simples celular: falo e escuto.
      Gostei muito da sua visão sobre o texto.
      Um beijo daqui do sul e meu carinho pra você!

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  10. Se bem que esse saudosismo é inerente a cada geração. Se referiu aos Smartfones, eu quando tou em casa navego legal. No Facebook, já estou morando a muito tempo, saindo só pra trabalhar e dormir. Entre bate-papos e compartilhamentos adoro meus faceamigos, confesso, sinais dos tempos. Só fico apavorado com os Smartfones, como falei, ainda não tive a minima vontade de possuir um. Nunca se "falou" tanto e nunca se calou em igual proporção. Na rua meu negocio é o relacionamento interpessoal, puxar conversar com o passageiro do lado no ônibus, adoro fazer amizades. Vou deixar pra tu, Tais, um vídeo de um poeta aqui do nordeste com o mesmo titulo dessa tua cronica. Dá um descontos nas citações de alguns termos populares, rs... Interessante, vê.

    https://www.youtube.com/watch?v=IK8RBXyWYKA

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    1. Oi, Fábio, estou ciente que nada vou mudar em relação ao que aí está, mas poderei não aderir ao que me é extremamente cansativo, repetitivo. O resto está no texto!
      Quanto ao vídeo que você enviou, é o máximo! Está com o próprio artista nesse meu link abaixo, dê uma olhada.
      http://taisluso.blogspot.com.br/2011/04/coisas-antigas-voce-vai-encarar.html

      Obrigada, Fábio, você aqui é sempre muito bem-vindo!
      Bom fim de semana, bjus.

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  11. Que saudade da calmaria de um passado não tão longínquo. Tudo nessa vida, é dual e hoje, sofremos as consequências do progresso. Seu texto está perfeito, Taís, você disse tudo, eu não preciso dizer mais nada.
    Beijos e, se possível, paz rs!

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    1. Você falou bem, Shirley, a calmaria, dar tempo de pensar, de viver... Não sei por que tanta pressa, para ir onde? Na verdade, eu não quero ir, penso em ficar...
      Beijos, um lindo e calmo domingo, rs.

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  12. Olá!
    Gostei do seu texto e de como escreve. Venha fazer uma visita.
    Abraço e boa semana.

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    1. Olá, J.R.Viviani, seja bem-vindo ao blog!
      Já estou seguindo seu blog, também, Voltarei para conferir seus textos.
      Obrigada por sua visita.
      Abraços, boa semana.

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  13. Querida Tais, penso que não seja apenas você que gostaria de voltar a viver um pouco aquele passado que nos foi maravilhoso, por que não dizer em quase todos os sentidos e vivíamos muito bem.Na minha época não existia esta parafernália toda, a qual, muitas eu ainda não domino.Tempos passados , bons tempos aqueles que vivemos. Dizem que o passado não existe,mas como você, para mim ele é uma grande referência. Belíssima crônica. Grande abraço!

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    1. Querida Marli, essa parafernália eu não domino e faço questão de não dominá-la. Dou graças por não ter me submetido a tanto. Na verdade, ela tiraria a minha essência. Não quero chegar a tanto modernismo, prezo mais por 'viver'. Tenho certas saudades, mas não quer dizer que parei no tempo, apenas quero fazer minhas escolhas.

      Obrigada, amiga, uma boa semana pra você!
      Beijo.

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  14. Oi Tais,

    eu moro no interior e embora a tecnologia já tenha chegado por aqui, ainda usufruo de algumas coisas desse nosso passado que nem é tão distante assim aos nossos olhos, mas é distante da realidade atual. Eu vejo todos os sentidos na história, afinal, ignorá-la seria como ignorar nossa existência. Minas ainda preserva bastante sua tradição por isso temos esse passado ainda presente em nossos cotidianos.
    Te convido a vir nos conhecer e voltar a essas raízes. Será um prazer te receber aqui!

    Bjs

    Leila

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    1. Olá, Leila, primeiro quero agradecer teu convite tão simpático! Sei que o interior do nosso país é um pouco distante desse burburinho coletivo das cidades maiores. É um tesouro que muitas vezes quem mora nele não percebe. Muitas vezes penso que não conseguiria me ver morando em São Paulo (por ex) ou numa cidade maior do que a minha - que já está além do tamanho convidativo para uma vida mais tranquila. Por isso que nas férias nos mandamos para cidades menores e tranquilas, sentir um resquício do passado, das pessoas calmas e gentis. Pertinho da natureza. Benzadeus!!!

      Beijão pra você, amiga!

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  15. Procurando algo na Internet vim dar aqui no teu blog, e mesmo com pouco tempo disponível fui atraída de tal forma que fiquei presa e me permiti apreciar alguns dos teus escritos. Gostei imenso dos textos, das imagens, da tua forma clara e objetiva de discorrer sobre os assuntos, tão variados quanto enriquecedores, num estilo único, agradável de se ler, e que tão bem expõe teu ponto de vista que nos chega envolto numa incontestável sinceridade.
    Como bem disseste no teu Perfil:
    "Sou exatamente o que escrevo, nada tão igual a mim como esse blog”
    E é isto que, imagino, faz teus leitores e amigos voltarem. E se me for permitido também voltarei.
    Com tempo quero visitar teu outro blog, pois numa passada rápida por lá já deu para perceber que não se deve adentrar um mundo tão rico quanto aquele de forma apressada.
    Quanto à postagem atual muito já foi dito, e acredito que com total precisão e sabedoria. Do alto dos meus 29 anos ouso dizer que já me chega uma certa nostalgia envolta na saudade da minha infância e adolescência, tão bem vividas dentro das coisas mais simples, do respeito e da obediência, das tradições e dos costumes, valores transmitidos por pais zelosos, apesar de humildes e com pouca disponibilidade financeira para maiores luxos. Se hoje já me bate esta saudade das coisas saudáveis e dos relacionamentos bem estruturados de antigamente, fico a imaginar daqui há mais alguns anos...
    Desculpe o alongado do comentário já nessa primeira visita, mas não pude furtar-me de deixar o coração falar.
    Deixo sorrisos brincando entre as estrelas, um agradecimento e minha admiração pelo teu refúgio tão acolhedor.
    Com carinho,
    Helena

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    1. Querida Helena, nova amiga: tuas palavras foram muito gentis e me deram muita alegria pois vi que meus textos chegam e batem como pretendo. Para sua primeira visita e comentário, você me encantou pela delicadeza, pela sua educação e pelo seu carinho. Agradeço muito sua presença e irei conhecer seu blog que pelo seu comentário tão sensível e bem escrito, tenho certeza que irei encontrar textos ótimos.

      Meu carinho pra você!

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  16. Minha querida amiga Tais, perdi para a net um comentário que fiz neste post, acabei escrevendo um post em cima do comentário perdido rs...sintonia, é o que sinto cada vez que te leio, quase uma sincronicidade, pois estou residindo numa pequena cidade do nosso interior, na busca disso que colocas de uma maneira muito Tais neste post. Sei que o tempo não pára e não volta, infelizmente temos de conviver com uma nova ética (ou seria a falta de ? rs), criaram-se outros sonhos e desejos e o simples ficou pra trás, estamos vivendo um tempo de urgencia, queremos tudo para ontem...tudo conspirou para que eu tomasse este rumo, a morte de pai, ficarei mais próximo de minha mãe e poderei fazer longas caminhadas com o mato gaúcho como cenário rs - tudo que quero e preciso -. Moro só a duas semanas e recebo muitos 'bom dia', 'seja bem vindo'. Sei que aqui também tem civilização (trabalho aqui rs), mas já deu para perceber um ar inocência nas faces das pessoas, geralmente mais velhos, mas uma inopcência de cortar o coração, e isto me encanta. Épouco tempo para eu chegar a alguma conclusão, mas acredito que vá gostar, mais do que gosto agora. Estou retomendo o blog...e. sempre muito bom poder interagir no teu blog, muito bom estar aqui.
    ps. Carinho respeito e abraço.

    blog do jair ou histórias de músicas e pessoas - jair machado rodrigues

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    1. Oláaa, meu amigo Jair! Que bom que voltou às atividades! Creio que você precisava desse tempo para se recuperar. Mas voltar a dar sua opinião sobre tudo, postar coisas interessantes vai lhe fazer bem e alegrar seus amigos blogueiros.
      Você sabe como gosto quando meus textos batem direto e claro, quando pessoas sensíveis como você entendem de imediato o que quero dizer.
      Muito obrigada pelas suas palavras e pelo seu comentário, sempre.
      Grande abraço!

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  17. Olá Thais! Voltei... Desta vez, além de lhe desejar um ótimo fim de semana, corroboro sua opinião, pois também acho que o nosso passado, impulsa, alerta e nos orienta de como proceder no futuro...
    Abraço.

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    1. Olá, J. Viviani, muito obrigada pela sua presença e seu comentário!
      Também lhe desejo um ótimo fim de semana.
      Abraço aqui do sul!

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  18. Tais, mesmo tendo visto muito pouco de um mundo sem verdadeiros smartphones, seu texto me deu saudade de uma coisa que nunca vivi. Engraçado, né? Por um instante fantasiei tudo isso e me senti tão bem que me pareceu também lembrança de um tempo já vivido. Infelizmente, nunca conferi de perto. Mas tenho certeza que pra quem conferiu, muita coisa dá uma baita saudade. Digo isso porque, em outras palavras, escuto constantemente pais, tios, avós trazerem o passado de volta. E compararem com esse hoje meio fora dos trilhos. Sempre um texto valioso.
    Beijo

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    1. Olha, Fellipe, todas as épocas tiveram e terão coisas boas e ruins. Mas certamente serão sempre diferentes as nossas saudades, as nossas vivências. O mundo vai evoluindo de um lado mas creio que os sentimentos entre as pessoas não acompanham a evolução. Penso eu que estamos numa época mais fria nos relacionamentos falando em delicadeza, em ser mais prestativo, mais preocupados com os outros Parece que os sentimentos são descartáveis. Parece que as máquinas superaram os sentimentos.
      Beijo, obrigada pelos seus comentários, sempre valiosos.

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  19. A propósito e, com base neste brilhante trabalho de lembranças muito valiosas, gostaria de pedir minhas desculpas, pelo atrevimento.
    Para pedir licença e para dar uma sugestão:
    Digitemos lá no canal youtube:
    vídeo motivacional | on ou off - de que lado você está.
    É bom e vital recordar, por isso digo: Parabéns Tais Luso. Atualmente é difícil responder. Mas, eu ainda, particularmente, consigo viver mais tempo em “off.”

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    1. Agora que entendi, após ver sua ótima postagem, Cícero, e com certeza darei minha sugestão. Voltarei para deixar meu comentário.
      Grande abraço, obrigada pela sua presença.

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís