- Tais Luso de
Carvalho
Nas conversas do dia a dia, com familiares, amigas, vizinhas, fulanas
e beltranos, e observando bastante a vida da nossa sociedade é que
dá para ir pegando alguns temperos
que servem para aplicar na minha vida. É melhor aprender
vendo os erros dos outros do que sofrer na própria pele. Dá menos
trabalho.
Examino
o tal custo-benefício: o que vale a pena? Tudo complica quando a
cobiça e a ostentação se fazem presentes, essa praga que gera a
insatisfação humana e que revela o tamanho das diferenças sociais.
O ser humano gosta de ostentar e paga por isso. Vê-se nas redes sociais um
exibicionismo exacerbado – que não deixa de fazer parte de um
mundo real.
Bem,
moro num bairro em que as pessoas ainda têm o hábito de baterem
papo na calçada, vão chegando e se encaixando na conversa. Os
animais de estimação se encontram e seus donos se aproximam;
enquanto os amados bichinhos reforçam seus laços sociais, os
donos falam das últimas notícias: falam de futebol, dos seus
condomínios, das eleições, da segurança e de política – quem
roubou o quê. E quanto. Os noticiosos estão aí mostrando todos os
dias o lixo do mundo – coisa que nos incomoda bastante.
São
nessas conversas de calçadas que observo que todos nós – ao
amadurecermos –, também vamos tomando consciência como é bom a
certa altura da vida podermos ficar um pouco de papo pro ar.
Desacelerar.
Li,
em ZH, de Porto Alegre, e não faz muito tempo, sobre o Clube do
Nadismo: dizia a nota, que o Nadismo representa uma
importante transformação cultural, significa tomar consciência de
que o tempo de fazer nada também é valioso. Aprendendo a
aproveitá-lo, se vive melhor. Taí… Simpatizei com a coisa, com o
Clube do Nadismo. Não confundam com o Clube do Nudismo, pelo amor de
Deus!
Conversando
com minha vizinha, aposentada recentemente, soube que ela abrirá uma
boutique. Está aposentada há quatro meses, mas já está se
coçando, sente uma certa culpa por não produzir alguma
coisa. O desacelerar, o diminuir as atividades ainda numa idade produtiva, há muitos anos que não é bem
visto. E até hoje em dia gera uma culpa do cão. Milhões de pessoas não
conseguem aprender o que fazer com elas mesmas numa tarde chuvosa e
livre. Ficam paranoicas, infelizes. Loucas pelo dia de amanhã para
voltarem à vida!
A
vida? Mas o que é a vida? É uma resposta difícil. Antonio Abujanra
sempre encerra seu programa - Provocações - com essa pergunta: o que é a vida pra
você? E os entrevistados pensativos mostram dificuldades em
responder. Pois é, a vida…
Eu
também não sei o certo, mas me arrisco a dizer que a vida é um
longo percurso que nos desafia a ultrapassar o maior número de
barreiras sem sentir culpa.
E, talvez
um dos mais felizes encontros que podemos ter, o encontro conosco.
Que lindo te ler! E temos que nos permitir esse tempo ao NADISMO. Isso faz bem, mesmo que sejam poucos os momentos assim. Gostei! bjs, feliz dia aos papais da família! bjs chica
ResponderExcluirQuerida Chica, trazemos embutido na nossa formação o tal 'produzir'. Alguns sentem-se tão culpados que morrem trabalhando, como se isso fosse a coisa mais importante do mundo. Tem um tempo para tudo, até para parar.
ExcluirBeijão!
Querida Tais
ExcluirNossa formação se deu em uma sociedade capitalista e extremamente competitiva e adquirir a consciência de há tempo para tudo até para parar é realmente uma grande vitória sobre o sistema que nos vê como meros reprodutores de mercadoria para o mercado e onde a velhice não somos respeitados pela nossa experiência como entre os indígenas, mas continuamos sendo consumidores de empresas turísticas e laboratórios farmacêuticos.
Olá, Bernardo, concordo perfeitamente com você. Por isso penso em atos individuais. Numa sociedade que impõe tudo, nada de muito concreto dá para fazer. Então que cada um faça o melhor possível pra si; que encontremos valores e significados fundamentais para que possamos transformar o descartável e vivermos mais na real, mais felizes.
ExcluirO bombardeio de um consumismo em cima de todos, de qualquer idade, é gigantesco. E laboratórios, indústria farmacêutica, de turismo, de eletrônicos...nem falar, pra que, se está tudo tão claro, né...?
Que bom sua presença aqui, amigo! Fiquei muito contente, obrigada!
Grande abraço!!
Uma belíssimo texto.
ResponderExcluirInfelizmente preocupamo-nos mais com o "ter" que com o "ser" e gastamos a vida assim.
Sou adepta do "Nadismo", sem culpas, quando posso e um dia que me aposente, sei que não me vou aborrecer, nem sentir inútil.
Uma boa semana!
Querida Isabel, principalmente as mulheres não respeitam os sinais que o corpo emite, como o cansaço, por exemplo. O Nadismo não é mais nada do que escutar, sentir tais sinais. Ter a alegria de sentar ou deitar e curtir um livro, uma música, um filme. Mesmo de dia, em horas produtivas.
ExcluirBeijo pra você!
Ah! Como são deliciosas suas crônicas da vida... Leio e vou teatralizando as cenas... Muito bom! Faço parte desse 'Clube do Nadismo'... E, sem culpa alguma... Depois de 42 anos na educação, agora 'acudo' familiares e, no mais me curto com leituras, músicas, alguns afazeres e estou bem assim! Cheguei a entender que na simplicidade sou muito, mas muito mais feliz. Apenas o essencial me basta. Não faço coleção do 'ter'... O 'ser' na autenticidade me completa.
ResponderExcluirAbraços.
Célia querida, seus comentários são por demais importantes, retratam e completam tão bem o que tento dizer que só posso lhe agradecer. Adoro a simplicidade da vida, a verdade e o 'ser'. Deixemos o 'ter' para aqueles que precisam viver de aparências.
ExcluirMeu carinho.
Oi Taís que boa postagem.
ResponderExcluirMuitas pessoas não sabem desacelerar mesmo.
Procuram tanto e muitas vezes não acham nada... só insatisfações.
E esse momentos simples e gostoso da nossa vida não podemos lançarmos fora.
Uma boa semana Tais, beijão!
Mariangela
Oi, Mariangela, existem pessoas que não conseguem ficar com elas mesmas, precisam do outro o tempo inteiro, mas não para ouvir, e sim pra matraquearem. É tão desgastante para elas como para o pobre(a) do companheiro. Como você diz, não deixa de ser uma insatisfação.
ExcluirBeijão, linda semana pra você!
Amiga Tais, percebi há tempo tua inteligência e acuidade mental; impressão essa que fica reforçada agora ao saber que assistes ao programa do mestre Abujanra. Pois é, ao final do programa, o Abu pergunta também aos entrevistados se eles preferem riqueza ou uma boa morte...
ResponderExcluirUm abração. Tenhas uma linda semana.
Olá, amigo Dilmar, pois é, cada vez mais os programas bons de televisão estão mais escassos, é preciso uma seleção. Olha, milhões de vezes uma boa morte, de preferência como a rainha mãe da Inglaterra, morreu dormindo! Riqueza nunca fez minha cabeça. Não me diz absolutamente nada. Suas palavras levantaram meu ego...rss, Obrigadíssima!!
ExcluirGrande abraço, obrigada pelo seu comentário, sempre muito relevante.
Querida Tais:
ResponderExcluirSiempre me haces pensar con tus magníficas reflexiones filosóficas.
Cada uno de nosotros, en cada etapa de nuestra vida hemos tenido preferencias que con el paso de los años han dejado de ser primordiales. Cuando se llega a la etapa más reposada, los pequeños placeres pasan a primer plano y creo que son los más importantes. La edad nos hace sabios (aunque no a todos).
Un fuerte abrazo
Querida Amelia, você diz toda a verdade, alguns entendem, outros não: a idade nos faz mais sábios! Temos etapas e maravilhoso é sabermos viver com sabedoria cada uma delas.
ExcluirGrande abraço, amiga, meu carinho aqui do sul do Brasil!
Oi Tais, a minha mãe aposentou-se no inicio do ano passado, pensa que ela ficou parada? Acostumada com a vida militar agitada que sempre teve, resolveu dá aula de reforço voluntariamente rss já imaginou que loucura.... Eu tb tenho um lado dela que não sei ficar muito tempo sem produzir. Quando estou em casa, preciso estar lendo, escrevendo, arrumando, organizando, pintando, pesquisando, criando, quando eu parar, morri.
ResponderExcluirAbraços
Oi, Carlos, não me refiro a ficar estático, sentado. O que me refiro é podermos fazer outras coisas que nos dão muito prazer, mas sem aquela neura de produzir, de trabalhar incansavelmente atrás do lucro, do adquirir, do consumismo, do estressante. Isso que você faz é o que adoro fazer!! Isso é vida!
ExcluirAbraços, amigo!
Olá, Tais!
ResponderExcluirAcho que a vida é o resultado da apreciação proposta por todos os sentidos que nos foram disponíveis. No caso dos políticos eu pensava que eram só eles que não queriam se aposentar, afinal as apreciações absorvidas pelos seus sentidos, com certeza não têm limite. Rs.
Abraço.
Nesse ponto de vista...rsss
ExcluirAh, esses nossos políticos... precisariam fazer um estágio na Suécia!
Abraços, amigo!
Mais uma bela crónica.....Eu não sou muito de Nadismo, pois têm de me arrancar as palavras...
ResponderExcluirNa rua, faço as caminhadas que o médico me
ordena...e depois vou correr para o sofá...rsrsrs.
Boa semana
Beijo
Oi, Andrade, o Nadismo não é no sentido da inércia, de ficarmos olhando para as paredes, mas sim de fazermos e usufruirmos de coisas prazerosas, de termos tranquilidade e calma para vivermos, esse mais belo presente que nos foi dado. Hoje em dia, não sei onde as pessoas querem chegar com tanta pressa, com tantos compromissos. Com tantas coisas por fazer!
ExcluirBeijos aqui do sul do Brasil, boa semana, amigo!
Finalmente vou de férias!
ResponderExcluirConfesso que estou necessitado de descansar.
Desde que vim para Itália, no dia 29 de Maio, tenho dado belos passeios, visitado locais que não conhecia e revisitado outros já conhecidos.
Mas, a par disso, o trabalho tem sido a um ritmo bastante acelerado, com o intuito de, o mais rapidamente possível, poder regressar a Portugal. Este objectivo ainda está um pouco longe de ser alcançado…
Agora chegou o momento de gozar férias. E aí vou eu, no próximo dia 14.
O regresso… é uma incógnita. Quando voltar vos farei saber
Para que não me esqueçam… deixo-vos mais algumas fotos do passeio que me foi oferecido como prensa de aniversário…
Para veres as fotos e o resto do texto… terás que ir ao “DEUSA”
Um beijo
Miguel
Maravilha, amigo Miguel, ótimas férias pra você!
ExcluirAcho que isso fará bem à recuperação de sua saúde. Cuide-se, portanto.
Boa sorte, lhe desejo daqui do sul do Brasil.
bj.
Gosto de sua maneira de dizer as coisas. Mostrou sensibilidade e amor ao dizer "os nossos amados bichinhos", que também eu amo tanto.
ResponderExcluirBela crônica, Tais, um beijo!
Oi, Shirley, os animais são seres maravilhosos, puros, como jamais conseguiremos ser. Obrigada pela delicadeza do teu comentário.
ExcluirBeijo!!
Maravilhoso a sua dissertação, querida Thaís, se é que já posso denominá-la assim. Tão bom essa vivência de vizinhos que, não só se cumprimentam, como também, buscam o diálogo verdadeiro. Eu que vivi alguns anos no interior, cidade pequena, e que era pacata, vivenciei esses encontros nas calçadas, nos muros que separavam as nossas residências, mas não as nossas trocas de experiências. E isso, nas grandes cidades, é mais difícil, a não ser em bairros menores, ou populares. Adorei esse tal de 'Nadismo'. Percebo que as pessoas não sabem conviver com a solidão, não a solidão da alma, mas aquela solidão que nos põe frente a frente conosco, que nos faz pensar sobre a vida de forma mais intensa e profunda. Esse 'Nadismo', é cuidar da alma, também. Buscar tranquilidade, nos regozijar com o que, em tempos de muita correria, deixamos de apreciar. É aumentar a nossa percepção sobre aquilo que nos contenta em ver, como por exemplo, a beleza de um dia de sol, uma bela planta, algo que deixamos escapar na agitação do dia a dia. E gostei do que você disse sobre aquelas pessoas que não sabem o que fazer em um dia chuvoso. Eu lembro com saudades, que quando o meu saudoso pai ainda era presente, nós costumávamos sentar reunidos na sala de estar e cantar, todos juntos, nos dias em que faltavam energia elétrica. Ao invés de lamentarmos, por não podermos assistir ao programa de TV desejado, ou não podermos ouvir aquela música no aparelho de som, aproveitávamos e cantávamos canções que aprendemos a ouvir com os nossos pais, ou contávamos os casos antigos de família. Todos juntos, pais filhos,agregados. Acendíamos algumas velas e aguardávamos a volta da energia, e quando isso ocorria, era tão frustrante, muitas vezes...esse 'Nadismo', é uma filosofia de vida, se pensarmos bem, amiga. Pararmos para saborearmos o que de bom a vida nos oferece. Grande texto, Thaís. Por isso gosto de vir aqui, visitá-la. Aprendo muito contigo. Beijos e muitas bênçãos!!!!
ResponderExcluirOi, querida Sandra, seus comentários são de uma pessoa bem madura, sensível e em sintonia com o que podemos ter, em equilíbrio.Sandra, eu aprendo muito com os comentários que recebo, também. Esse seu é maravilhoso. O bairro em que moro é antigo, famílias cresceram aqui, os laços de amizade são fortes. Esse consumo desenfreado que nos empurram, não tem nada de evolução, ao contrário, ajuda a perdermos a noção exata do que é correto, do simples e necessário, ficamos apenas na ilusão - o que não leva a nada.
ExcluirUm beijão, amiga, meu carinho de gaúcha aí pra você!!
Tais: Mais uma linda cronica devemos prestar atenção a tudo o que os outros fazem de bem e de mal para não cairmos nos mesmos erros e sofrermos com isso. mais vale prevenir do que remediar.
ResponderExcluirBeijos
Santa Cruz
Sempre com razão, querido amigo.
ExcluirBeijos aqui do sul do Brasil!
Melhoras pra você! Obrigada pela sua presença.
Kkkkkkk adorei o "clube do nadismo"... Nunca havia pensado nisto, mas acho absolutamente saudável jogar conversa fora sem grandes preocupações. Precisamos ficar um tempo a toa sem fazer absolutamente nada...Acho isto saudável.
ResponderExcluirQuanto à vida as pessoas complicam muito. A maioria não vive a vida, apenas passa por ela sem perceber. O momento presente é o mais importante já que ele não volta mais...Eu procuro saborear cada minuto de vida e tentar vivê-la da melhor maneira possível!
Bjusssssssssss
Pois é, Marineide, a vida não pode ser só compromissos, trabalho, buscar tudo, resolver... torna-se um martírio! Desacelerar um pouco também nos traz benefícios. A vida é uma, e como é curtinha...
ExcluirBeijão!!
Um magnífico tratado sobre relações interpessoais entre os "bichinhos" que se creem gente.
ResponderExcluirNão deixa de ser necessário lembrar, o que muito bem fazes.
Quem tem olhos, LEIA.
Parabéns.
Beijos
SOL
Obrigada pelo seu comentário, Sol, fico muito contente.
ExcluirAbraços aqui do sul do Brasil!
OI TAÍS!
ResponderExcluirUM TEXTO QUE ME FEZ PENSAR. APESAR DE, MESMO SABENDO QUE O CLUBE DO "NADISMO" TEM MUITOS ADEPTOS E TE DIGO QUE GOSTARIA DE FAZER PARTE DELE, ACHO QUE É UMA QUESTÃO DE TEMPERAMENTO.POIS MESMO SEM COMPROMISSOS PROFISSIONAIS, NÃO CONSIGO INTEGRAR-ME AO CLUBE. (RSRS)
COMO SEMPRE AMIGA UM ÓTIMO TEXTO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Oi, Zilani, não digo que estou dentro do clube os 100%, mas já comecei a escalada e bastante feliz. Quando a gente pára pra pensar, amiga... vemos que muitas coisas da vida são irrelevantes para sermos felizes. Fico feliz de você ter gostado,
Excluirgrande beijo!
Tais gosto de estar aqui, às vezes me demoro mas é o corre corre, há tempos a doença me afastou do trabalho fora de casa claro, mas não fico parada nunca, sempre tem algo a ser feito, coisa rara é eu estar assistindo tv e relaxada no sofá, não é olhar o programa e correr no intervalo, não consigo relaxar, adoraria fazê-lo, parabéns pela excelente crônica, bjos Luconi
ResponderExcluirOi, Laconi, entendo o que você diz perfeitamente! Seja dentro ou fora de casa a gente não pára. Haja tempo, amiga! Mas fico muito feliz com sua presença e carinho. É sempre muito bom recebê-la, fico muito contente.
ExcluirMeu carinho daqui do sul do Brasil, amiga!
Nascer, viver e esperar pelo fim! Enquanto vivo, chapinho nas poças de água deixada pela chuva; sento-me reunido com a família e amigos à volta de um convívio depois de um dia de trabalho. Fotografo a vida com cores.
ResponderExcluirAbraço
Maravilhoso seu trabalho, Manuel, é anti-estressante! Você sabe viver. Acho que a simplicidade de nossas escolhas é o grande segredo, um combate á ansiedade.
ExcluirGrande abraço, amigo, obrigada.
um dia desses, Tais Luso, tava comentando sobre alguma cosia que eu vi na Net não lembro bem com um cidadão conhecido, o mesmo comentou comigo: Tenho tempo não, pra isso, minha vida é trabalhar, disse com um certo orgulho. Deu vontade de pedir desculpas a ele e lamentar pela sua situação de não ter tempo, coitado, hipócrita!
ResponderExcluirPois é, Fábio, tem gente que não pensa, que faz do trabalho o centro de sua vida. Tirando o trabalho não sobra nada! Nem dão uma 'olhadela' na vida em si - a maior das riquezas.
ExcluirBeijo, obrigada, amigo!
Ótimo você aqui.
Olá querida ,Tais!
ResponderExcluir" O que é a vida?" Há tantas respostas para cada pessoa a vida significa algo diferente, mas ela é tão valiosa.Também tive meu tempo de ver a roda de chimarrão em frente a casa, no bairro onde ainda moramos, na época tudo era simples e muito bom, hoje o asfalto, os caminhões levariam além das cuias de chimarrão, nós arrastados em sua traseira rs.Penso que muitos não estão preparados para viver apenas consigo mesmos.Eu gosto da solidão e aproveito os minutos que posso ficar só. Seu texto, minha amiga é assunto para várias aulas de psicologia , para estudar o comportamento humano. Belíssimo e bom. Grande abraço!
Oi, querida Marli, você disse algo muito importante: gosta da solidão! Pois eu também preciso desse tempo pra mim, estar comigo, encontrar em mim a amiga que eu sempre quis ter, e encontro.
ExcluirVocê sempre deixa por aqui comentários muito interessantes, e eu lhe sou muito grata!
Beijo, meu carinho.
Uau amo seus textos...
ResponderExcluirMomento de profunda reflexão.
Abraços
Oi, Carlos, fico muito contente com sua presença e suas palavras, muito obrigada, volte sempre.
ExcluirAbraços!!
Posso dizer com convicção que ficar sem fazer nada gera um incômodo dentro da gente. Me senti assim dia desses, quando ainda estava de férias. Parecia que o dia estava incompleto, todos estavam circulando a minha volta e eu estava na minha 'cadeira de praia com o refresco'. Mas como faz bem esse Clube do Nadismo. Até porque tem muita ideia boa que não nasce necessariamente de um esforço máximo do cérebro. Simplesmente surgem quando você tá fazendo nada mais nada menos que... nada.
ResponderExcluirTexto muito bom! Não sei porque eu fui sumir, tô vendo que perdi muita coisa boa.
Beijo, Tais.
Olá, Fellipe, quanto tempo hein? Espero que tudo esteja bem com você. Que pena você ter se afastado do seu blog, você escreve bem, seu moço! Já sei, deve ter rumado para o Facebook...
ExcluirMas você tem razão, ótimas idéias brotam muitas vezes do nada, do descanso. Mas quando falo no clube do Nadismo não quero dizer ficar num absoluto ócio, e sim dar uma maior oportunidade de ficarmos mais conosco, sem horários e metas, apenas mudar um pouco de atitude, algo mais relaxante. Mudar a visão que trazemos a vida inteira.
Beijo pra você, obrigada pela sua visita.
Tais, se eu te disser que passo menos tempo no Facebook que antes, acredita? Os estudos tomam tempo. Não estava conseguindo conciliar, era tudo muito novo. Agora já voltei por lá. Beijo
ExcluirOi, Fellipe, você está dizendo que voltou a postar no blog? Acho ótimo! Quanto ao Facebook e outras redes não sei de nada, pois não faço parte de nenhuma. O que sei é que alguns estão escrevendo menos nos blogs e mais andando pelo Face. Pensei que fosse isso, seu moço! rs. Vou visitá-lo.
ExcluirBeijos.
A vida não é apenas trabalho. Se assim fosse, todos os sentimentos ficariam adormecidos porque a convivência profissional, salvo raras exceções, é superficial. Infelizmente, esse conversar tranquilo que mencionou, já não é facilitado. E nem o justifico pela correria, mas pela falta de oportunidade. Na verdade, mal falamos com os moradores do próprio condomínio. E não tenho vergonha por estar na fase do nada (kkk), sendo certo que não se trata de ociosidade generalizada, mas de ausência de compromissos profissionais. A aposentadoria é um direito e deve proporcionar prazer. Não me importo de ficar só, pois convivo bem comigo. Difícil deve ser ter necessidade constante de companhia, para se sentir vivo. Penso que não se define a vida, em si, mas a forma como ela é vivida. Bjs.
ResponderExcluir"Difícil deve ser ter necessidade constante de companhia, para se sentir vivo "
ExcluirDifícil e triste, Marilene. Pessoas que precisam contato diário, que adoecem e dependem tanto dos outros, dos aplausos, dos elogios, das palmas...não podem ser pessoas realizadas e lá muito felizes. Você fala da aposentadoria, conheço tantos que estão felizes e realizados!! Outros, porém, sentem-se fora do mundo. Que pena, não sabem que o trabalho não é o centro da vida, apenas um meio.
Beijo, querida.
A Vida? Pois, a Vida.
ResponderExcluirAcho que tens toda a razão ao dizeres "[...] a vida é um longo percurso que nos desafia a ultrapassar o maior número de barreiras sem sentir culpa.
E, talvez um dos mais felizes encontros que podemos ter, o encontro conosco mesmo."
Se "caminharmos por este rumo, realmente VIVEMOS.
Bom texto.
Beijos
SOL
Obrigada, amigo Sol, considero esse trecho, que você salientou, o melhor, o mais importante.
ExcluirUma linda semana pra você.
Bjus aqui do Sul.
Oi Tais(sem agá)
ResponderExcluirTambém assisto sempre o Provocações e ainda não vi ninguém responder - o que é a vida?
Li num livro, que não me lembro do autor o seguinte: "A vida é esse inspirar (presente)e expirar (passado), que sem perceber executamos até o dia da nossa morte".
Na vida intra-uterina, eu diria que estamos internados no Clube do Nadismo.
Abraços e boa semana!
Olá, Vitornani, bem-vindo sempre!
ExcluirA vida é tão rodeada de mistérios, de perspectivas, de sonhos, de frustrações, de enganos que cabe mil definições. E acredito que qualquer uma das inúmeras definições que possamos lhe atribuir, todas servem, pois maior mistério do que o próprio ser humano, com toda a sua complexidade, é tão imenso como o mistério da própria vida. Então nada mais difícil de definir.
Abraços, também, e uma ótima semana!
Muito obrigada pela sua visita.