-Taís
Luso de Carvalho
Não gosto e nem acredito em
gente que se mostra os 365 dias do ano sobre a batuta da felicidade.
Infelizes criaturas, não podem ser gente, ora tristes, ora felizes? Precisam da aparência permanente da felicidade? Parece que aparentar um quadro de
tristeza, de insatisfação é uma doença contagiosa.
E hoje, talvez
por ter lido alguns
textos tristes,
por ter arrumado minhas
caixas de fotos e feito
um balanço da minha vida
e
das pessoas
queridas que
já se
foram, bateu-me uma
certa saudade mesclada com
um pouco de tristeza.
Então me dou à liberdade de estar hoje meio bagunçada por
dentro. Quero ficar quieta. E não vou
escarafunchar
em busca dos porquês de
minhas reações, pois
sou bem capaz
de ir caminhando por
uma autoterapia e chegar
nos problemas emocionais
da minha bisavó!
Li,
há
pouco,
uma reportagem muito triste: o filho, num
hospital, em
estágio terminal, recebe a visita de seu pai. Há 18 anos não se viam! São
retratos
de família? Por
certo. A
foto mostra os dois se olhando, de
mãos entrelaçadas,
olhos
marejados que diziam tudo da
vida que não viveram. Para
entendimentos, é tarde.
Depois
dizem que a vida não é madrasta... Mas como não, se até Manuel Bandeira num de seus belos poemas chora dizendo que a
vida lhe é madrasta! Então
como não acreditar? Poeta
não mente, trabalha
com o
coração.
O
que mente é a razão.
Famílias
em longos desacertos como se a vida fosse infinita e
nos
desse
todo o tempo do mundo
para a reconciliação.
Vejo-me
desiludida
diante
de certas situações que não consigo entender
e
me pergunto o real
valor dos sentimentos.
Onde
está o sentido dos nossos laços, essa coisa tão falada e tão sentida?
Tocar nosso caminho, mentindo que tudo é encantador, sorrindo, brincando e
acreditando
que a vida é uma dádiva e que
todos
devem se amar? Não; não funciona assim: mas nos
ensinaram que deveria ser assim! Utopias não funcionam. Na
real, poucos se amam, todo o dia é exposto ao mundo inteiro a outra face da moeda. E nada é cor-de-rosa. Panos
quentes
não
cicatrizam feridas antigas, nem entre os povos, nem entre as pessoas.
O
ódio, o orgulho e a inveja são efeitos colaterais de
drogas
devastadores.
Acabam
com o doente e não acabam com a doença.
E
se
a
vida é
assim, cheia de sentimentos contraditórios e vulneráveis, por que não afastar a máscara e mostrar alegria, tristeza, força e fraqueza? Ou a desgraça? Mostrar que gente tem seu lado bonito e também um lado abominável! Que temos nosso saco de bagulhos pra carregar e podemos reclamar do peso, sim! Nada é perfeitinho. Mas muitos querem aparentar uma linda e doce vida que não sei para que serve.
Mas para fechar esse texto que julgo verdadeiro, de uma vida que não é só festa, coloquei o CD, de fundo, Que
c'est triste Venise, com
Charles Aznavour,
porque
se
for pra sofrer que o serviço
seja completo.
Quero,
sim,
poder
curtir
minhas alegrias
e tristezas,
refletir
e
chorar,
pois só as lágrimas me farão amadurecer e me darão o real sentido de
tudo que me rodeia. Assim poderei decidir meu andar. E se
tiver sorte, um longo andar...
Por
hoje é isso.
Voltarei com algo mais alegre.
Voltarei com algo mais alegre.
aumente o áudio do vídeo
Olá Tais.
ResponderExcluirAchei o texto maravilhoso. Quem realmente pode passar pela vida só feliz, acho como você a vida é feita de alegrias e tristezas, A saudade de quem partiu sempre doei demais. Só que acho a vida uma dadiva, talvez porque a morte sempre está pronta a me levar rsrs. Uma quarta- feira abençoada amiga. Beijos.
Mirtes querida, a vida é uma dádiva, nos foi dada sem pedirmos, mas o que eu quis dizer que por ter sido dada não é um oba-oba, uma maravilha. Ela nos prega algumas 'peças', é também luta, tudo uma mistura e cabe a nós dançar conforme a música. Só que há passos que é difícil de aprendermos. Leva um certo tempo.
ExcluirBeijo, amiga!
É bem assim a vida,Taís! Nem todo dia é "domingo"!... Temos tristezas, chateações, alegrias, coisas boas, expectativas que se mesclam em nossos dias! O que importa é saber que temos direito de estra triste se assim nos sentimos... Dar o tempo pra tristeza em nós passear e depois: XÔ!!! Ficamos com a vida mais alegre pra tudo que vier pela frente melhor enfrentar! beijos, lindo dia! chica
ResponderExcluirTudo é saudável, Chica, desde que não se faça da vida uma fantasia, uma passarela falsa onde o valor está em mostrar o que não se é. Conheço gente assim, é dose, amiga, estão sempre ótimas, lindas e maravilhosas. São anjos! Mas irritantes.
ExcluirBeijo grande!
Taís!
ResponderExcluirComeço pelo CD... que o coloco sempre para embalar "tristezas" e momentos de melancolia! Quem não as tem? Para mim, não são humanos. Seu texto é a realidade que muitos procuram desviar. Há que se ter muita persistência para superação das emoções, principalmente as que calam fundo em nossos sentimentos. Para mim, isso é viver plenamente todas as fases evolutivas da vida. Excelente sua reflexão de uma pessoa que vive e não vegeta!
Bjs.
Exatamente isso, Célia, enquanto tivermos vida estaremos sujeitas às emoções e aprendizados. Quem não conseguir enfrentar seus desapontamentos, seus problemas e dominar suas emoções, que se contente em continuar tele-guiada, perfeitas idiotas. A gente cresce nas dificuldades.
ExcluirBeijos!
Aos "felizes"
ResponderExcluirNão compreendo humano prazenteiro
Que o tempo todo parece desprendido
Todo tempo alegre, falsamente festeiro
Ignorando o que pedem seus sentidos.
Quer vender imagem de um ser faceiro
Que contudo não deseja jamais ser lido
Porque ninguém o vê totalmente, inteiro,
Diz-se em nenhum momento, aborrecido.
Porém quando nos detemos no seu olhar
Percebemos mistérios, dúvidas, enredos
Embora ele goste de alegria demonstrar.
Por certo o interior está cheio de medos
Porquanto o que ele mais teme é o azar
Que certo virá, mais tarde ou mais cedo.
É verdade, Jair, o "falsamente festeiro", muitos... o Bobo da Corte e como você diz muito bem: "vender a imagem de um ser faceiro". Esses, são os que querem agradar a todos. São os amigos que a gente certamente nunca poderá contar.
ExcluirObrigada, amigo Jair!
Minha querida amiga Tais, estive ausente do blog, do trabalho, mais ou menos da vida, dediquei-me estes dias a minha mãe, tentando entender a cegueira dela,e confortá-la, estar presente, é triste, mas ela tem uma força que eu desconhecia...então começo a ler teu post e estou lá, estou nestas palavras que escreveste. O poeta disse que a vida é madrasta, um poeta pode. Mas. independente do que estou a viver e do que acabei de ler, a palavra 'triste' é a que mais tenho usado, tou até pensando num post (não vou te plagiar é sincronicidade rs). E vivemos, seguimos os dias, lemos livros, eu vejo muito telejornal (acho que a partir daí comecei a achar tudo muito triste), porque quando não funciona um hospital, e outros tantos fecham por incompetência de maus gestores, feitos nesta baixa (de baixaria) política, ganancia desenfreada, só consigo dizer: que triste.
ResponderExcluirMinha querida amiga Tais, a vida tem sido boa e má comigo, ao mesmo tempo, mas ela gosta de mim, como Deus, faço força para que estes momentos ruins da vida, sejam para me fortalecer, para fortalecer meu andar, e que seja também um longo andar.
ps. Carinho respeito e abraço.
O que lhe dizer, meu bom amigo, se vejo que você está totalmente dentro desse texto da maneira mais sincera e positiva? Você também é assim: quando sofre conta, quando se alegra comemora! Vive uma vida de verdades. Dividir o peso ajuda, não? Desejo que sua mãe melhore, que você lhe dê a força que ela precisa. Notei que você está ausente, mas não sabia do motivo. Se a vida fosse feita só de rosas, não seria sempre bela, elas murchariam. Mas a nossa vida é assim, sempre estaremos sujeitos aos altos e baixos. Não temos escolha, apenas tentar conduzi-la com bravura. Sentir tristeza é normal.
ExcluirGrande abraço, fique em paz.
Oi Taís,
ResponderExcluirNos temos menos momentos felizes que infelizes. A vida nos prega peças por pessoas inescrupulosas e a gente vai carregando essa mágoa até a morte.
Eu estou chegando nesse estágio. Minha casa é uma farmácia e as dores persistem, nem sei como tenho ainda força de estar na blogosfera.É um vício como outro qualquer.
Eu era feliz e não sabia
Beijos
Dorli
Olá, Dorli, ah, querida carregar essa mochila que você fala, jamais escaparemos! Onde há gente há confusão, por isso nos apegamos tanto aos animais. Esse é outro ponto. Muitas vezes a blogosfera é um remédio! Escrever, criar e postar é uma das melhores coisas. Já pensei muito nisso. Mas você escolhe seus caminhos, amiga! Muitas vezes temos de dizer 'NÃO' para muitas situações. Nesse blog tem uma crônica sobre isso.
Excluirbeijo grande!
Um texto com sentido de humor, para falar de tristeza!
ResponderExcluirEstá certo: todos temos os nossos dias tristes, as nossas depressõezinhas...
Também não acredito que se seja sempre feliz, mas há pessoas depressivas/deprimentes e as outras , as que conseguem ver o lado positivo das coisas.
Há tristezas inevitáveis, na vida de cada um: a morte, a doença, o afastamento da família. À medida que nos tornamos adultos, essas verdades incontornáveis, tomam conta da nossa vida.
Mas também é certo que alguns lidam melhor com as perdas e talvez consigam ser mais felizes, outros lidam pior.
E depois há outra coisa que contribui para sermos mais ou menos felizes: a ambição. Quando ambicionamos coisas quase inatingíveis, não conseguimos ser felizes.
Enfim, felicidade é um tema complexo e cada um reage à sua maneira!
Gostei muito do seu texto, que, como de costume, nos deixa a pensar...
Um beijinho :)
Oi, Isabel, o texto fala mais daquelas pessoas que precisam sempre aparentar felicidade, radiantes e de bem com a vida. Nunca têm problemas porque acham que problemas denigrem a imagem idealizada da super Vip. Vivem uma mentira e acostumaram com isso. Constroem seus castelos de areia e não se dão conta serem de areia.
ExcluirGrande beijo, querida amiga.
Las personas que “disfrutan” de esa felicidad siempre, de ser verdad y no ser una simple fachada ante la sociedad, creo que sufren de un trastorno de personalidad.
ResponderExcluirLas emociones de tristeza ante sucesos que nos afectan, juntos con los momentos de alegría en nuestras vidas, son la prueba de una mente equilibrada y sana.
Una vez más querida Tais, me haces reflexionar con tus interesantes temas, a pesar de la ola de calor que sufrimos este verano en España.
Gracias por el vídeo sobre Venecia con esa preciosa música.
Un fuerte abrazo.
Oi, Amelia, exatamente, transtorno de personalidade! Precisam apenas da 'fachada'. O conteúdo não interessa! Adoro essa música, a voz de Charles Aznavour já me passa uma melancolia, imagine com a letra, a poesia e a melodia...
ExcluirGrande beijo.
Ouvi três vezes o Charles Aznavour.....Para mim faz de ´tónico'.
ResponderExcluirQue melodia....meu deus....!!!
Que Post lindo.......Gostei da sua maneira de analisar.
Beijo
Obrigada, querido amigo, sei que você gostou, afinal, a quantos anos você comenta nos meus blogs?? Já sei dos seus gostos. rss Realmente essa música é linda, também a escuto diariamente nesse post agora.
ExcluirBeijos além-mar.
Triste?! E o que dizer de La Boheme, essa melodia é mortal. Beijos!
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=LrMPl7qADVY
Fábio, escutei esse que você enviou, La Bohéme! linda de morrer, também um tanto triste. Adoro músicas tristes. Lindo vídeo, convido aos amigos daqui em assistir.
ExcluirBeijos, amigo!
Tais, como sempre, sorvi o teu bem avisado texto, penso que falas mais no sentido emocional do que, propriamente de pura tristeza. Porque somos nós a contribuir, para que o nosso mundo, seja menos agreste do que já é. Assim é-nos permitido dias de reflexão, sem nunca buscarmos tristezas, a alargar mais o fosso, deste vale lágrimas em que nos movemos.
ResponderExcluirSempre goste de escutar as canções de Charles Aznavour.
Beijos
Oi, Daniel, o meu texto se refere principalmente aqueles que querem aparentar uma vida fantasiosa, cheia de glamour, sorrisos, felicidade constante. Vivem de aparências, quando na verdade a vida não é assim. É uma mistura de coisas que temos de saber dirigir, navegar em águas turvas ou cristalinas. A vida é assim, nunca foi e nunca será um paraíso pra ninguém, mas infelizmente existem pessoas que vivem a esconder o que é óbvio!
ExcluirBeijos além-mar!
Ocultar lo que es la vida con sus grandes penas y tristezas como sus grandes alegría , es negar la vida misma y falsear la propia .....
ResponderExcluirHermosas Aznavour...siempre me han sido muy grato escuchar sus bellas canciones y la letra
Muy interesante post, reflexivo, y profundo.
Abrazo Tais
Exatamente, Cristina, existem pessoas que precisam ocultar a verdade, e por quê?
ExcluirAznavour... que voz e que poesia há nessa letra!
Beijos, amiga!
MUY INTERESANTE TEXTO. EXCELENTE!!
ResponderExcluirABRAZOS
Olá, ReltiH, muito obrigada e um excelente fim de semana pra você!
ExcluirAbraços!
Very interesting text.
ResponderExcluirWishing you a wonderful weekend.
Olá, querida Pantherka, obrigada, um lindo fim de semana.
ExcluirBeijos.
(...) mundo de esfinges, todos fingem ser felizes. Tudo começa, educadamente, com um : "bom dia!", Mas nem sempre é um bom dia. Até porque nublado é todo dia em algum lugar do mundo. As pessoas, algumas mais que outras, vivem de aparência. E como diz um ditado: "Podes enganar os outros , mas não a ti mesmo."
ResponderExcluirTais, um belo amanhã!
Olá, Júlio, exatamente, tudo sempre começa com um 'bom dia', depois a coisa degringola, vai caminhando e perdendo as estribeiras. E principalmente entre os mais próximos. Mas manter as aparências continua. Ainda não vi a razão.
ExcluirGrande abraço, Júlio, obrigada pela sua presença!
BOM DIA
ResponderExcluirNossa que texto delicioso e ao mesmo tempo triste. A vida nos prepara uma surpresa a cada minuto.Ninguém é verdadeiramente feliz 24 horas. Temos que mostrar quem somos todos os dias.
Um beijo.
Olá, Brisa, muito obrigada pela sua presença, mesmo difícil de escrever - pela cirurgia que sofreu - você veio abrilhantar os comentários com sua presença. Que tudo corra bem, fique mais quietinha com o braço e volte quando estiver boa.
ExcluirMeu carinho, saúde e boa recuperação!
Tais, gosto muito dessa música. O efeito dela sobre nós depende de como estamos nos sentindo quando a ouvimos. O mesmo que ocorre com as outras do mesmo estilo.
ResponderExcluirNunca entendi porque somos obrigados a mostrar felicidade (rss). A vida não é feita de retas e em suas curvas nos machucamos, nos desesperamos, nos inconformamos, nos entristecemos... e por aí vai. Quando alguém passa por uma crise, nem querem os demais que chore, dizendo que deve levantar a cabeça e prosseguir. Deve chorar sim, viver sua dor sem qualquer constrangimento. Só não se pode abraçar a tristeza e fazer dela um caminho, senão todos fogem. E com razão (kkk). Bjs.
rss, coberta de razão, Marilene! Podemos e devemos viver os dois lados, mas não pensar em fazer terapia com os outros, deve ser chato pra caramba. Apenas poder viver e não tornar nossa vida aos olhos alheios, como um conto de fadas, assim não dá, né amiga? Algo estaria fora de sintonia, fora do mundo.
ExcluirSobre a música, esse cantor (pra mim) tem uma das mais belas vozes, mas triste por natureza. Mesmo se cantasse algo extremamente alegre.
Beijo grande!
Um texto muito lúcido. Pois tem razão: não somos sempre felizes, nem sempre tristes...
ResponderExcluirHá de tudo um pouco na vida. É como aqueles casais que dizem "entre nós nunca
houve zangas"... Eu sou casada há quase 47 anos, falta chegar a 16/Outubro, e sei
bem que temos que percorrer vários momentos...Hoje estive conversando com minha
única irmã da vida passada, dos momentos felizes com os nossos pais e também ficámos
tristes...Temos a família mtº. reduzida e ainda para piorar, parte dela está na Irlanda e nessa
parte estão as crianças.Assim umas vezes estão com muita saudade, outras com mais
saudade e outras com saudade. Por isso, umas vezes tristes, outras um pouco alegres.
É uma constante mistura.
Gostei muito deste seu texto e do Aznavour.
Bj.Irene Alves
Nem tudo é sempre igual, mesmo as alegrias são diferentes, têm graduações. E o interessante é vivermos cada uma a seu tempo, à sua maneira. Gosto de escrever sobre essas coisas, sobre o comportamento humano com todas as suas nuances.
ExcluirBeijo, amiga, carinho aqui de longe pra você!
Olá Tais! Eu, particularmente, acho que a vida só é boa devido aos seus altos e baixos. Se tudo fosse como nós quiséssemos, ela se tornaria monótona e sem graça. Já imaginaste o tamanho da emoção sentida, quando encontramos a solução para um problema que já há muito nos aflige? Bela crônica amiga!
ResponderExcluirBeijos e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado.
Oi, Furtado, essa sua visão é ótima, "o tamanho da emoção quando achamos a solução..."
ExcluirObrigada, amigo, sua presença é sempre querida por aqui.
bjs, ótima semana.
Olá, dizem que a felicidade quem faz é agente, então tento fazer dos maus momentos os mais felizes de minha vida.
ResponderExcluirBjkos tenha uma ótima semana.
Olá, Anajá, obrigada pelo carinho da tua participação!
Excluirbeijos, uma linda semana.
Taís, teu texto me lembrou agora desse povim que prega a Lei da Atração, O Segredo, os números do Grabovoi... Tem gente tão presa a esse tipo de filosofia que acha que se chorar, ter algum sentimento negativo, o "Universo" vai se vingar e dar tudo isso em triplo. E que Universo "maravilhoso" esse. #SQN, hahahaha!
ResponderExcluirDesculpe a expressão, mas pessoas assim para mim são "idiotadas" e irritantes! Parecem uns bonecos de ventríloquos, com o tempo ficam com aquele sorrisão fake e que não nos passa absolutamente NADA!
Eu me dou total direito a ter minhas catarses e, confesso, muitas vezes procuro por elas sim! Quando a saudade de um amigo que partiu aperta, me dou ao direito de rever seu perfil no Face, suas fotos, vídeos em que tocava e cantava e simplesmente chorar. Simplesmente me deixar ser humana. Precisamos sentir a dor, precisamos ter honestidade com nossos sentimentos. Não sou a Pollyana pra ficar brincando joguinho do contente. Isso é retardamento mental.
Acho absurdo quando pessoas estão passando por situações de luto, separações e o povo fica a todo momento querendo "colocá-las para cima". E não venha me dizer que é porque se importam. Porcaria nenhuma! Fazem isso porque do contrário, elas mesmas podem acabar se deparando com suas mazelas que não sabem lidar. A dor do outro incomoda a própria dor.
É uma atitude infantilóide demais para o meu gosto.
Gosto de pessoas de verdade, que se dão ao direito de viver tudo o que precisam viver e se a vida puder se assemelhar a um conto de fadas, o papel que interpreta é da madrasta, concordo com o poeta.
No mais, tu acabou descrevendo muitos blogs, perfis de Facebook e Instagram que tem por aí.
Adorei a crônica, super verdadeira minha amiga querida e é isso que gosto tanto em ti!
Beijos e uma excelente noite! :))))
Mi, querida, sei do seu jeito de ser, seus textos revelam. Você é muito autêntica e realmente a gente vê muitas histórias da carochinha, Cinderela, sapatinhos de cristal, enfim, a vida como não é. Existe de vez em quando, não sempre. Ao você falar de gente que nos coloca pra cima, quando o sofrimento nos coloca lá pra baixo, você me fez lembrar de uma parte muito dolorosa da vida e que temos de passar: dos velórios. Constrange, parece que não temos o direito de sofrer. Num velório, basta um abraço carinhoso e nada mais. Palavras não fazem falta. Mas as pessoas fazem um discurso como se fôssemos sair dali com alto astral, prontas para uma festinha.
ExcluirAgradeço de coração esse seu comentário tão carinhoso, tão MI Colmán! Também gosto imenso de você, das suas verdades. Não teríamos o porquê de fazermos um blog que não fosse a nossa cara, mesmo as vezes agradando uns e desagradando outros. Mas penso que assim que deve ser.
Grande beijo, querida amiga!
Taisinha, sobre o tema de tua crônica, praticamente nada tenho a acrescentar, pois conseguiste reunir o essencial em torno dele, explorando com maestria muitas das suas nuances, sobre o que é e o que aparenta ser. Portanto, ir mais adiante, adentrar na alma das pessoas que sofrem ou das que apenas parentam felicidade (suprema pretensão!) seria desmerecer esta brilhante crônica crítica, e, obviamente, esta não poderia ser minha intensão.
ResponderExcluirEstou orgulhoso de ti.
Beijinho.
Pois é, PEDRO, como me conheces muito bem, há décadas, sabes que sempre toquei nesse assunto das "falsidades e das aparências", coisas que não casam com minha maneira de viver. As coisas são ou não são e fecho nisso. Penso que toda a crônica deve apresentar algo seja para divertir, alertar, esclarecer ou revelar o pensamento do autor, que ele possa colocar suas idéias, já que falar muitas vezes é tiro no pé. São temas que gosto de abordar além daqueles outros que trago para me divertir junto aos amigos do blog.
Excluir"Valeu", sabes que teu comentário sempre tem um peso diferenciado no meu blog...
Beijinho!
Oi Tais,
ResponderExcluirFui criada com italianos, eles falavam italiano e rapidamente aprendi um pouco essa língua( não sou fluente, mas da pro gasto. Adoro essa música.
Viver parece fácil, mas não o é, o que precisamos ter é equilíbrio.
Adorei sua crônica;
Beijos
Dorli
Oi, Dorli, como são lindas as canções italianas!
ExcluirOlha... Viver é difícil, amiga, talvez não tanto para nós, mas para a maioria dos humanos!
Adoro a sua presença por aqui!!
beijinho.
Lindo espaço... Parabéns!
ResponderExcluirObrigada pela sua participação, Elisabete.
ExcluirBeijinho.
Cara amiga seu texto tem tudo a ver com este pequeno vídeo do Filosofo Leandro Karnal " Pare de postar felicidade falsa"
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=Z84erIcQqhM
Olá, Bernardo, que bom recebê-lo aqui! Assisti ao vídeo e achei maravilhoso, é, sem dúvida, o que penso sobre essa "falsa felicidade" que muitos aparentam.
ExcluirObrigada pela sua presença aqui, abrilhantando o espaço.
Abraço gaúcho, amigo!
Pois é, encontrei o seu blog num momento de tristeza, vazio e solidão de mim mesma. O achado, me deu um "cadinho" de esperança, alegria...
ResponderExcluirÉ bom encontrar pessoas com as quais nos identificamos.
Gosto do seu jeito de relatar a vida.
Obrigada
Lili (de Minas)