14 de julho de 2015

TRISTEZAS E ALEGRIAS



-Taís Luso de Carvalho

Não gosto e nem acredito em gente que se mostra os 365 dias do ano sobre a batuta da felicidade. Infelizes criaturas, não podem ser gente, ora tristes, ora felizes? Precisam  da aparência permanente da felicidade? Parece que aparentar um quadro de tristeza, de insatisfação é uma doença contagiosa. 

E hoje, talvez por ter lido alguns textos tristes, por ter arrumado minhas caixas de fotos e feito um balanço da minha vida e das pessoas queridas que se foram, bateu-me uma certa saudade mesclada com um pouco de tristeza. Então me dou à liberdade de estar hoje meio bagunçada por dentro. Quero ficar quieta. E não vou escarafunchar  em busca dos porquês de minhas reações, pois sou bem capaz de ir caminhando por uma autoterapia e chegar nos problemas emocionais da minha bisavó

Li, há pouco, uma reportagem muito triste: o filho, num hospital, em estágio terminal, recebe a visita de seu pai. Há 18 anos não se viam! São retratos de família? Por certo. A foto mostra os dois se olhando, de mãos entrelaçadas, olhos marejados que diziam tudo da vida que não viveram. Para entendimentos, é tarde.

Depois dizem que a vida não é madrasta... Mas como não, se até Manuel Bandeira num de seus belos poemas chora dizendo que a vida lhe é madrasta! Então como não acreditar? Poeta não mente, trabalha com o coração. O que mente é a razão.

Famílias em longos desacertos como se a vida fosse infinita e nos desse todo o tempo do mundo para a reconciliação. Vejo-me desiludida diante de certas situações que não consigo entender e me pergunto o real valor dos sentimentos. Onde está o sentido dos nossos laços, essa coisa tão falada e tão sentida?

Tocar nosso caminho, mentindo que tudo é encantador, sorrindo, brincando e acreditando que a vida é uma dádiva e que todos devem se amar? Não; não funciona assim: mas nos ensinaram que deveria ser assim!  Utopias não funcionam. Na real, poucos se amam, todo o dia é exposto ao mundo inteiro a outra face da moeda.  E nada é cor-de-rosa. Panos quentes não cicatrizam feridas antigas, nem entre os povos, nem entre as pessoas. O ódio, o orgulho e a inveja são efeitos colaterais de drogas devastadores. Acabam com o doente e não acabam com a doença.

E se a vida é assim, cheia de sentimentos contraditórios e vulneráveis, por que não  afastar a máscara e mostrar alegria, tristeza, força e fraqueza? Ou a desgraça? Mostrar que gente tem seu lado bonito e também um lado  abominável! Que temos nosso saco de bagulhos pra carregar e podemos reclamar do peso, sim!  Nada é perfeitinho. Mas muitos querem aparentar uma linda e doce vida que não sei para que serve.

Mas para fechar esse texto que julgo verdadeiro, de uma vida que não é só festa, coloquei o CD, de fundo,  Que c'est triste Venise, com Charles Aznavour, porque se for pra sofrer que o serviço seja completo.

Quero, sim, poder curtir minhas alegrias e tristezas, refletir e chorar, pois só as lágrimas me farão amadurecer e me darão o real sentido de tudo que me rodeia. Assim poderei decidir meu andar. E se tiver sorte, um longo andar...

Por hoje é isso. 
Voltarei com algo mais alegre.




  aumente o áudio do vídeo



51 comentários:

  1. Olá Tais.
    Achei o texto maravilhoso. Quem realmente pode passar pela vida só feliz, acho como você a vida é feita de alegrias e tristezas, A saudade de quem partiu sempre doei demais. Só que acho a vida uma dadiva, talvez porque a morte sempre está pronta a me levar rsrs. Uma quarta- feira abençoada amiga. Beijos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mirtes querida, a vida é uma dádiva, nos foi dada sem pedirmos, mas o que eu quis dizer que por ter sido dada não é um oba-oba, uma maravilha. Ela nos prega algumas 'peças', é também luta, tudo uma mistura e cabe a nós dançar conforme a música. Só que há passos que é difícil de aprendermos. Leva um certo tempo.
      Beijo, amiga!

      Excluir
  2. É bem assim a vida,Taís! Nem todo dia é "domingo"!... Temos tristezas, chateações, alegrias, coisas boas, expectativas que se mesclam em nossos dias! O que importa é saber que temos direito de estra triste se assim nos sentimos... Dar o tempo pra tristeza em nós passear e depois: XÔ!!! Ficamos com a vida mais alegre pra tudo que vier pela frente melhor enfrentar! beijos, lindo dia! chica

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tudo é saudável, Chica, desde que não se faça da vida uma fantasia, uma passarela falsa onde o valor está em mostrar o que não se é. Conheço gente assim, é dose, amiga, estão sempre ótimas, lindas e maravilhosas. São anjos! Mas irritantes.
      Beijo grande!

      Excluir
  3. Taís!
    Começo pelo CD... que o coloco sempre para embalar "tristezas" e momentos de melancolia! Quem não as tem? Para mim, não são humanos. Seu texto é a realidade que muitos procuram desviar. Há que se ter muita persistência para superação das emoções, principalmente as que calam fundo em nossos sentimentos. Para mim, isso é viver plenamente todas as fases evolutivas da vida. Excelente sua reflexão de uma pessoa que vive e não vegeta!
    Bjs.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Exatamente isso, Célia, enquanto tivermos vida estaremos sujeitas às emoções e aprendizados. Quem não conseguir enfrentar seus desapontamentos, seus problemas e dominar suas emoções, que se contente em continuar tele-guiada, perfeitas idiotas. A gente cresce nas dificuldades.
      Beijos!

      Excluir
  4. Aos "felizes"

    Não compreendo humano prazenteiro
    Que o tempo todo parece desprendido
    Todo tempo alegre, falsamente festeiro
    Ignorando o que pedem seus sentidos.

    Quer vender imagem de um ser faceiro
    Que contudo não deseja jamais ser lido
    Porque ninguém o vê totalmente, inteiro,
    Diz-se em nenhum momento, aborrecido.

    Porém quando nos detemos no seu olhar
    Percebemos mistérios, dúvidas, enredos
    Embora ele goste de alegria demonstrar.

    Por certo o interior está cheio de medos
    Porquanto o que ele mais teme é o azar
    Que certo virá, mais tarde ou mais cedo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É verdade, Jair, o "falsamente festeiro", muitos... o Bobo da Corte e como você diz muito bem: "vender a imagem de um ser faceiro". Esses, são os que querem agradar a todos. São os amigos que a gente certamente nunca poderá contar.
      Obrigada, amigo Jair!

      Excluir
  5. Minha querida amiga Tais, estive ausente do blog, do trabalho, mais ou menos da vida, dediquei-me estes dias a minha mãe, tentando entender a cegueira dela,e confortá-la, estar presente, é triste, mas ela tem uma força que eu desconhecia...então começo a ler teu post e estou lá, estou nestas palavras que escreveste. O poeta disse que a vida é madrasta, um poeta pode. Mas. independente do que estou a viver e do que acabei de ler, a palavra 'triste' é a que mais tenho usado, tou até pensando num post (não vou te plagiar é sincronicidade rs). E vivemos, seguimos os dias, lemos livros, eu vejo muito telejornal (acho que a partir daí comecei a achar tudo muito triste), porque quando não funciona um hospital, e outros tantos fecham por incompetência de maus gestores, feitos nesta baixa (de baixaria) política, ganancia desenfreada, só consigo dizer: que triste.
    Minha querida amiga Tais, a vida tem sido boa e má comigo, ao mesmo tempo, mas ela gosta de mim, como Deus, faço força para que estes momentos ruins da vida, sejam para me fortalecer, para fortalecer meu andar, e que seja também um longo andar.
    ps. Carinho respeito e abraço.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O que lhe dizer, meu bom amigo, se vejo que você está totalmente dentro desse texto da maneira mais sincera e positiva? Você também é assim: quando sofre conta, quando se alegra comemora! Vive uma vida de verdades. Dividir o peso ajuda, não? Desejo que sua mãe melhore, que você lhe dê a força que ela precisa. Notei que você está ausente, mas não sabia do motivo. Se a vida fosse feita só de rosas, não seria sempre bela, elas murchariam. Mas a nossa vida é assim, sempre estaremos sujeitos aos altos e baixos. Não temos escolha, apenas tentar conduzi-la com bravura. Sentir tristeza é normal.
      Grande abraço, fique em paz.

      Excluir
  6. Oi Taís,
    Nos temos menos momentos felizes que infelizes. A vida nos prega peças por pessoas inescrupulosas e a gente vai carregando essa mágoa até a morte.
    Eu estou chegando nesse estágio. Minha casa é uma farmácia e as dores persistem, nem sei como tenho ainda força de estar na blogosfera.É um vício como outro qualquer.
    Eu era feliz e não sabia
    Beijos
    Dorli

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Dorli, ah, querida carregar essa mochila que você fala, jamais escaparemos! Onde há gente há confusão, por isso nos apegamos tanto aos animais. Esse é outro ponto. Muitas vezes a blogosfera é um remédio! Escrever, criar e postar é uma das melhores coisas. Já pensei muito nisso. Mas você escolhe seus caminhos, amiga! Muitas vezes temos de dizer 'NÃO' para muitas situações. Nesse blog tem uma crônica sobre isso.
      beijo grande!

      Excluir
  7. Um texto com sentido de humor, para falar de tristeza!

    Está certo: todos temos os nossos dias tristes, as nossas depressõezinhas...
    Também não acredito que se seja sempre feliz, mas há pessoas depressivas/deprimentes e as outras , as que conseguem ver o lado positivo das coisas.

    Há tristezas inevitáveis, na vida de cada um: a morte, a doença, o afastamento da família. À medida que nos tornamos adultos, essas verdades incontornáveis, tomam conta da nossa vida.

    Mas também é certo que alguns lidam melhor com as perdas e talvez consigam ser mais felizes, outros lidam pior.
    E depois há outra coisa que contribui para sermos mais ou menos felizes: a ambição. Quando ambicionamos coisas quase inatingíveis, não conseguimos ser felizes.

    Enfim, felicidade é um tema complexo e cada um reage à sua maneira!

    Gostei muito do seu texto, que, como de costume, nos deixa a pensar...

    Um beijinho :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Isabel, o texto fala mais daquelas pessoas que precisam sempre aparentar felicidade, radiantes e de bem com a vida. Nunca têm problemas porque acham que problemas denigrem a imagem idealizada da super Vip. Vivem uma mentira e acostumaram com isso. Constroem seus castelos de areia e não se dão conta serem de areia.
      Grande beijo, querida amiga.

      Excluir
  8. Las personas que “disfrutan” de esa felicidad siempre, de ser verdad y no ser una simple fachada ante la sociedad, creo que sufren de un trastorno de personalidad.
    Las emociones de tristeza ante sucesos que nos afectan, juntos con los momentos de alegría en nuestras vidas, son la prueba de una mente equilibrada y sana.
    Una vez más querida Tais, me haces reflexionar con tus interesantes temas, a pesar de la ola de calor que sufrimos este verano en España.
    Gracias por el vídeo sobre Venecia con esa preciosa música.
    Un fuerte abrazo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Amelia, exatamente, transtorno de personalidade! Precisam apenas da 'fachada'. O conteúdo não interessa! Adoro essa música, a voz de Charles Aznavour já me passa uma melancolia, imagine com a letra, a poesia e a melodia...
      Grande beijo.

      Excluir
  9. Ouvi três vezes o Charles Aznavour.....Para mim faz de ´tónico'.
    Que melodia....meu deus....!!!
    Que Post lindo.......Gostei da sua maneira de analisar.
    Beijo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada, querido amigo, sei que você gostou, afinal, a quantos anos você comenta nos meus blogs?? Já sei dos seus gostos. rss Realmente essa música é linda, também a escuto diariamente nesse post agora.
      Beijos além-mar.

      Excluir
  10. Triste?! E o que dizer de La Boheme, essa melodia é mortal. Beijos!

    https://www.youtube.com/watch?v=LrMPl7qADVY

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fábio, escutei esse que você enviou, La Bohéme! linda de morrer, também um tanto triste. Adoro músicas tristes. Lindo vídeo, convido aos amigos daqui em assistir.
      Beijos, amigo!

      Excluir
  11. Tais, como sempre, sorvi o teu bem avisado texto, penso que falas mais no sentido emocional do que, propriamente de pura tristeza. Porque somos nós a contribuir, para que o nosso mundo, seja menos agreste do que já é. Assim é-nos permitido dias de reflexão, sem nunca buscarmos tristezas, a alargar mais o fosso, deste vale lágrimas em que nos movemos.
    Sempre goste de escutar as canções de Charles Aznavour.
    Beijos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Daniel, o meu texto se refere principalmente aqueles que querem aparentar uma vida fantasiosa, cheia de glamour, sorrisos, felicidade constante. Vivem de aparências, quando na verdade a vida não é assim. É uma mistura de coisas que temos de saber dirigir, navegar em águas turvas ou cristalinas. A vida é assim, nunca foi e nunca será um paraíso pra ninguém, mas infelizmente existem pessoas que vivem a esconder o que é óbvio!
      Beijos além-mar!

      Excluir
  12. Anônimo11:01

    Ocultar lo que es la vida con sus grandes penas y tristezas como sus grandes alegría , es negar la vida misma y falsear la propia .....
    Hermosas Aznavour...siempre me han sido muy grato escuchar sus bellas canciones y la letra
    Muy interesante post, reflexivo, y profundo.
    Abrazo Tais

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Exatamente, Cristina, existem pessoas que precisam ocultar a verdade, e por quê?
      Aznavour... que voz e que poesia há nessa letra!
      Beijos, amiga!

      Excluir
  13. MUY INTERESANTE TEXTO. EXCELENTE!!
    ABRAZOS

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, ReltiH, muito obrigada e um excelente fim de semana pra você!
      Abraços!

      Excluir
  14. Very interesting text.
    Wishing you a wonderful weekend.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, querida Pantherka, obrigada, um lindo fim de semana.
      Beijos.

      Excluir
  15. (...) mundo de esfinges, todos fingem ser felizes. Tudo começa, educadamente, com um : "bom dia!", Mas nem sempre é um bom dia. Até porque nublado é todo dia em algum lugar do mundo. As pessoas, algumas mais que outras, vivem de aparência. E como diz um ditado: "Podes enganar os outros , mas não a ti mesmo."
    Tais, um belo amanhã!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Júlio, exatamente, tudo sempre começa com um 'bom dia', depois a coisa degringola, vai caminhando e perdendo as estribeiras. E principalmente entre os mais próximos. Mas manter as aparências continua. Ainda não vi a razão.
      Grande abraço, Júlio, obrigada pela sua presença!

      Excluir
  16. BOM DIA
    Nossa que texto delicioso e ao mesmo tempo triste. A vida nos prepara uma surpresa a cada minuto.Ninguém é verdadeiramente feliz 24 horas. Temos que mostrar quem somos todos os dias.
    Um beijo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Brisa, muito obrigada pela sua presença, mesmo difícil de escrever - pela cirurgia que sofreu - você veio abrilhantar os comentários com sua presença. Que tudo corra bem, fique mais quietinha com o braço e volte quando estiver boa.
      Meu carinho, saúde e boa recuperação!

      Excluir
  17. Tais, gosto muito dessa música. O efeito dela sobre nós depende de como estamos nos sentindo quando a ouvimos. O mesmo que ocorre com as outras do mesmo estilo.
    Nunca entendi porque somos obrigados a mostrar felicidade (rss). A vida não é feita de retas e em suas curvas nos machucamos, nos desesperamos, nos inconformamos, nos entristecemos... e por aí vai. Quando alguém passa por uma crise, nem querem os demais que chore, dizendo que deve levantar a cabeça e prosseguir. Deve chorar sim, viver sua dor sem qualquer constrangimento. Só não se pode abraçar a tristeza e fazer dela um caminho, senão todos fogem. E com razão (kkk). Bjs.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. rss, coberta de razão, Marilene! Podemos e devemos viver os dois lados, mas não pensar em fazer terapia com os outros, deve ser chato pra caramba. Apenas poder viver e não tornar nossa vida aos olhos alheios, como um conto de fadas, assim não dá, né amiga? Algo estaria fora de sintonia, fora do mundo.
      Sobre a música, esse cantor (pra mim) tem uma das mais belas vozes, mas triste por natureza. Mesmo se cantasse algo extremamente alegre.
      Beijo grande!

      Excluir
  18. Um texto muito lúcido. Pois tem razão: não somos sempre felizes, nem sempre tristes...
    Há de tudo um pouco na vida. É como aqueles casais que dizem "entre nós nunca
    houve zangas"... Eu sou casada há quase 47 anos, falta chegar a 16/Outubro, e sei
    bem que temos que percorrer vários momentos...Hoje estive conversando com minha
    única irmã da vida passada, dos momentos felizes com os nossos pais e também ficámos
    tristes...Temos a família mtº. reduzida e ainda para piorar, parte dela está na Irlanda e nessa
    parte estão as crianças.Assim umas vezes estão com muita saudade, outras com mais
    saudade e outras com saudade. Por isso, umas vezes tristes, outras um pouco alegres.
    É uma constante mistura.
    Gostei muito deste seu texto e do Aznavour.
    Bj.Irene Alves

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nem tudo é sempre igual, mesmo as alegrias são diferentes, têm graduações. E o interessante é vivermos cada uma a seu tempo, à sua maneira. Gosto de escrever sobre essas coisas, sobre o comportamento humano com todas as suas nuances.
      Beijo, amiga, carinho aqui de longe pra você!

      Excluir
  19. Olá Tais! Eu, particularmente, acho que a vida só é boa devido aos seus altos e baixos. Se tudo fosse como nós quiséssemos, ela se tornaria monótona e sem graça. Já imaginaste o tamanho da emoção sentida, quando encontramos a solução para um problema que já há muito nos aflige? Bela crônica amiga!

    Beijos e uma ótima semana para ti e para os teus.

    Furtado.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Furtado, essa sua visão é ótima, "o tamanho da emoção quando achamos a solução..."
      Obrigada, amigo, sua presença é sempre querida por aqui.
      bjs, ótima semana.

      Excluir
  20. Olá, dizem que a felicidade quem faz é agente, então tento fazer dos maus momentos os mais felizes de minha vida.
    Bjkos tenha uma ótima semana.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Anajá, obrigada pelo carinho da tua participação!
      beijos, uma linda semana.

      Excluir
  21. Taís, teu texto me lembrou agora desse povim que prega a Lei da Atração, O Segredo, os números do Grabovoi... Tem gente tão presa a esse tipo de filosofia que acha que se chorar, ter algum sentimento negativo, o "Universo" vai se vingar e dar tudo isso em triplo. E que Universo "maravilhoso" esse. #SQN, hahahaha!
    Desculpe a expressão, mas pessoas assim para mim são "idiotadas" e irritantes! Parecem uns bonecos de ventríloquos, com o tempo ficam com aquele sorrisão fake e que não nos passa absolutamente NADA!
    Eu me dou total direito a ter minhas catarses e, confesso, muitas vezes procuro por elas sim! Quando a saudade de um amigo que partiu aperta, me dou ao direito de rever seu perfil no Face, suas fotos, vídeos em que tocava e cantava e simplesmente chorar. Simplesmente me deixar ser humana. Precisamos sentir a dor, precisamos ter honestidade com nossos sentimentos. Não sou a Pollyana pra ficar brincando joguinho do contente. Isso é retardamento mental.
    Acho absurdo quando pessoas estão passando por situações de luto, separações e o povo fica a todo momento querendo "colocá-las para cima". E não venha me dizer que é porque se importam. Porcaria nenhuma! Fazem isso porque do contrário, elas mesmas podem acabar se deparando com suas mazelas que não sabem lidar. A dor do outro incomoda a própria dor.
    É uma atitude infantilóide demais para o meu gosto.
    Gosto de pessoas de verdade, que se dão ao direito de viver tudo o que precisam viver e se a vida puder se assemelhar a um conto de fadas, o papel que interpreta é da madrasta, concordo com o poeta.
    No mais, tu acabou descrevendo muitos blogs, perfis de Facebook e Instagram que tem por aí.
    Adorei a crônica, super verdadeira minha amiga querida e é isso que gosto tanto em ti!
    Beijos e uma excelente noite! :))))

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mi, querida, sei do seu jeito de ser, seus textos revelam. Você é muito autêntica e realmente a gente vê muitas histórias da carochinha, Cinderela, sapatinhos de cristal, enfim, a vida como não é. Existe de vez em quando, não sempre. Ao você falar de gente que nos coloca pra cima, quando o sofrimento nos coloca lá pra baixo, você me fez lembrar de uma parte muito dolorosa da vida e que temos de passar: dos velórios. Constrange, parece que não temos o direito de sofrer. Num velório, basta um abraço carinhoso e nada mais. Palavras não fazem falta. Mas as pessoas fazem um discurso como se fôssemos sair dali com alto astral, prontas para uma festinha.
      Agradeço de coração esse seu comentário tão carinhoso, tão MI Colmán! Também gosto imenso de você, das suas verdades. Não teríamos o porquê de fazermos um blog que não fosse a nossa cara, mesmo as vezes agradando uns e desagradando outros. Mas penso que assim que deve ser.
      Grande beijo, querida amiga!

      Excluir
  22. Taisinha, sobre o tema de tua crônica, praticamente nada tenho a acrescentar, pois conseguiste reunir o essencial em torno dele, explorando com maestria muitas das suas nuances, sobre o que é e o que aparenta ser. Portanto, ir mais adiante, adentrar na alma das pessoas que sofrem ou das que apenas parentam felicidade (suprema pretensão!) seria desmerecer esta brilhante crônica crítica, e, obviamente, esta não poderia ser minha intensão.
    Estou orgulhoso de ti.
    Beijinho.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é, PEDRO, como me conheces muito bem, há décadas, sabes que sempre toquei nesse assunto das "falsidades e das aparências", coisas que não casam com minha maneira de viver. As coisas são ou não são e fecho nisso. Penso que toda a crônica deve apresentar algo seja para divertir, alertar, esclarecer ou revelar o pensamento do autor, que ele possa colocar suas idéias, já que falar muitas vezes é tiro no pé. São temas que gosto de abordar além daqueles outros que trago para me divertir junto aos amigos do blog.
      "Valeu", sabes que teu comentário sempre tem um peso diferenciado no meu blog...
      Beijinho!

      Excluir
  23. Oi Tais,
    Fui criada com italianos, eles falavam italiano e rapidamente aprendi um pouco essa língua( não sou fluente, mas da pro gasto. Adoro essa música.
    Viver parece fácil, mas não o é, o que precisamos ter é equilíbrio.
    Adorei sua crônica;
    Beijos
    Dorli

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Dorli, como são lindas as canções italianas!
      Olha... Viver é difícil, amiga, talvez não tanto para nós, mas para a maioria dos humanos!
      Adoro a sua presença por aqui!!
      beijinho.

      Excluir
  24. Lindo espaço... Parabéns!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada pela sua participação, Elisabete.
      Beijinho.

      Excluir
  25. Cara amiga seu texto tem tudo a ver com este pequeno vídeo do Filosofo Leandro Karnal " Pare de postar felicidade falsa"

    https://www.youtube.com/watch?v=Z84erIcQqhM

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Bernardo, que bom recebê-lo aqui! Assisti ao vídeo e achei maravilhoso, é, sem dúvida, o que penso sobre essa "falsa felicidade" que muitos aparentam.
      Obrigada pela sua presença aqui, abrilhantando o espaço.
      Abraço gaúcho, amigo!

      Excluir
  26. Anônimo10:09

    Pois é, encontrei o seu blog num momento de tristeza, vazio e solidão de mim mesma. O achado, me deu um "cadinho" de esperança, alegria...
    É bom encontrar pessoas com as quais nos identificamos.

    Gosto do seu jeito de relatar a vida.

    Obrigada

    Lili (de Minas)


    ResponderExcluir


Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís