Amigos,
trouxe essa crônica de Fabrício Carpinejar, por
ser uma crônica de pura emoção. Conta da
vida, de nossos sentimentos, de nossas carências, ao mesmo tempo que
levanta nossas mágoas e todos os porquês que trazemos na alma, as
vezes por uma vida inteira. Assim
é o ser humano, cada um carregando sua
mochila, e se possível for,
aliviando o peso ao longo da caminhada.
O
PAI NO HOSPITAL
- Carpinejar -
Estranhamente
eu me vi contente quando o meu pai baixou hospital. É um sentimento
feio para se confessar, mas foi o que aconteceu comigo. Não consigo
definir se era felicidade ou alívio.
O
meu pai sempre foi rigoroso comigo, de meias e duras palavras, sério,
distante, inacessível. Demonstrava afeto e importância falando de
dinheiro, se eu precisava de alguma coisa, mais nada, nunca descobri
o que pensava e o que desejava, jamais expôs uma outra preocupação
carinhosa.
O
máximo de contato que tivemos se resumiu a seu aceno uma vez na
rodoviária quando segui viagem para estudar na capital. O pássaro
de sua mão voando tornou-se nossa recordação mais próxima.
Quisera ter fotografado.
Já
no hospital, pela primeira vez, eu poderia tocar em sua pele, sem
medo, sem susto, sem que ele virasse o rosto, sem ser ofendido.
Fiquei perto da cama o observando: uma rocha no mar que recebe a
superfície afofada do líquen.
Ele,
indefeso, apresentava uma nova autoridade. A autoridade do amor. A
sabedoria da fragilidade: nem tudo passa, a amizade dos filhos,
surpreendente e incompreensível, grudava-se na pedra.
Fiz
questão de cuidá-lo. Ele que nunca me beijava, nunca segurava a
minha mão, nunca me abraçava, nunca pedia um favor. E eu o beijei,
eu o abracei, eu entrelacei os meus dedos em seus dedos enquanto
dormia, eu segurei o copo d’água perto da boca, com a calma
sôfrega do canudo.
Recuperei
todo o nosso tempo perdido nas três noites de vigília. Quando ele
se recuperou, voltou a ser o que era antes, fechado e distante.
Mas
eu não voltei a ser a mesma pessoa.
______________________________
Publicado no blog de Carpinejar em O Globo de 09/11/2017
Caracterizado
por Luis Fernando Verissimo como "usina de lirismo",
Fabrício Carpinejar tem prosa absolutamente desconcertante e
confessional. Poeta, cronista, jornalista e professor Universitário
nasceu em Caxias do Sul/RS, em 1972. Colunista de ZH e O Globo. Mestre
em Literatura Brasileira pela UFRGS e autor de 34 livros, premiados
com o Jabuti, APCA e ABL, entre outros. Participa semanalmente do
programa Encontro com Fátima Bernardes, da Rede Globo. É pai de
dois filhos. Seus pais são poetas, Maria Carpes e Carlos Nejar,
sendo o seu pai Membro da Academia Brasileira de Letras e Membro
da Academia Brasileira de Filosofia.
________________________________________
Nesse blog:
Todas as Mulheres / poema
Por vezes acontece isso mesmo. Num pequeno período muita coisa boa (infelizmente) se passa. Triste é voltar tudo ao normal.
ResponderExcluirAo contrário do filho. Adorei:))
Hoje:- {Poetizando e Encantando } Embriagada na timidez de um sonho.
-
Bjos
Votos de um Óptimo Domingo.
Obrigada pela emocionante partilha!!!
ResponderExcluirMeus pais nunca foram muito dados a afetos mas guardo no meu coração os seus olhares de amor e gratidão por os termos amado e acarinhado tanto!!!
bj
Há gente assim. Incapaz de mostrar os seus sentimentos como se de um crime se tratasse. Minha mãe era assim. Não me lembro de um beijo um afago da sua parte. Eu pelo contrário sempre fui muito carinhosa, e às vezes chegava junto dela e abraçava-a e beijava-a. Ela olhava para mim e perguntava:
ResponderExcluir- Sentes-te bem? Precisas de alguma coisa?
- Meu pai pelo contrário era todo sentimento. Não que andasse sempre a beijar-nos ou abraçar-nos. Mas de vez em quando passava a sua mão cheia de calos, pela nossa cabeça, ou deslizava as costas da mão pela nossa face numa carícia rude que nos estremecia. E o seu olhar era um poema de amor.
Abraço e uma boa semana
Que lindo e tão tocante. Não conhecia esse e adorei ler! Me emocionou...bjs, chica e tudo de bom!
ResponderExcluirMuita emoção a ler. toca nossa alma. de Saudades de nossos pais todos temos um pouco. E qdo eles já se foram então. Maior o sentimento fica ainda.
ResponderExcluirObrigada por compartilhar. Bjs e uma boa semana que vem chegando
Antes de mais, grata pela partilha. Se bem que esta situação, infelizmente, seja mais frequente do que parece (pai/mãe de gestos de afeto parcos) e isso marca, o que me deixou rendida, foi a forma como Fabrício Carpinejar a colocou em termos literários.
ResponderExcluirBjo, Tais
Crónica comovente.
ResponderExcluirDe alguém que, só por ser elogiado pelo Veríssimo, tinha que ser especial.
Beijinhos, boa semana
Emocionante partilha. O meu Pai partiu para o reino dos Céus enlaçado em meus braços. Sentado, dobrou-se sobre o meu colo/pernas e... partiu. É assim...
ResponderExcluir.
* Saudade de ter ... Saudade *
.
Feliz início de semana
Bom dia.
Tantos casos idênticos, mas é triste!! Gostei de ler!
ResponderExcluirBeijo e uma excelente semana.
Muito bela e comovente a crónica de Fabrício Carpinejar, esse grande poeta de quem tenho alguns livros. Há pais assim, que nunca deixam perceber o que sentem pelos filhos levando-os a afastarem-se também. Até ao momento em que acontece algo que faz mudar tudo, ou pelo menos quase tudo. Obrigada, minha Amiga Tais pela partilha.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
O autor se expõe com maestria nessa crônica de reencontro com o pai emocionalmente distante. Sensível e expressiva crônica, parabéns para o autor pela sensibilidade e a você pela postagem.
ResponderExcluirQuerida Vizinha/Escritora, Taís Luso !
ResponderExcluirCertamente, aquele Pai necessita de um tratamento
psicológico.
Existem coisas entulhadas em sua essência, pedindo
por socorro. Linda matéria educativa. Parabéns pela
postagem.
Um fraterno abraço e uma ótima semana, amiga.
Sinval.
Grata pelos excelentes momentos de leitura
ResponderExcluirselecionada com ótimo bom gosto.
Beijos,Amiga.
~~~~
Tais, esta crónica esmagou-me.
ResponderExcluirTive uma relação emocional distante e fria com a minha mãe. Aproximou-nos a fragilidade dos seus últimos meses de vida, e só então soube que ela me amava pelo brilhozinho nos seus olhos sempre que eu a acarinhava. Aos oitenta e oito anos, foi tarde demais!
Já o meu pai amava nos gestos, nas palavras, no olhar, no sorriso. Amava a família e os amigos.
Há vinte anos, o telefone tocou às seis da manhã… e eu perdi a pessoa que me ensinou a amar com o coração. Aos setenta e um anos, foi cedo demais!
Como Carpinejar ” não voltei a ser a mesma pessoa”.
Excelente partilha, amiga.
Beijo (não te perdoo!!).
Estas cosas suelen pasar y es algo duro para quien lo sufre.
ResponderExcluirQuizás el hijo no sea igual con los suyos.
Saludos.
Boa noite, é uma cronica que tem haver inteiramente comigo, não sou católico, não sei rezar, nunca tentei rezar, um dia fui a uma missa, a única que estive presente na minha vida, ouvi com atenção o discurso do padre, este chamou atenção para os filhos que metem os pais nos lares, dizem depois pelo facto de terem necessidade, que os pais estão num lar com todo o conforto, são bem tratados, é uma pura mentira disse o padre, é um disfarçar dos filhos, com a consciência pesada, o lar pode ter tudo e mais alguma coisa, mas falta-lhe o mais importante, o amor dos filhos diariamente, registei, fixei este discurso do padre que teve toda a razão, motivo porque fui cuidador da minha mãe que já faleceu, há dois anos que sou cuidador do meu pai a tempo inteiro, como o padre disse, eu, estou no caminho certo, dou amor ao meu pai.
ResponderExcluirContinuação de feliz semana,
AG
Lleno de emociones, que en cierto modo la vida nos las va dando.
ResponderExcluirUn abrazo.
Gostei da crónica, sendo opção de Tais Luso, outra coisa não seria de esperar. Queria deixar dito que, sou fã deste espaço, pelo cunho agradável da escrita, bem condimentada com tiradas e fino humor. Tanto mais, que agora venho lendo tudo aqui postado.
ResponderExcluirBeijos
Muito obrigada, Daniel, fico muito contente com esse comentário, partindo de você - escritor e poeta que muito estimo.
ExcluirBeijo, amigo, uma ótima semana.
três dias que abalam toda a vida!
ResponderExcluirbelíssima partilha, Tais
beijo, amiga
Olá Tais, tao emocionante esse texto que transmite de maneira simples a situação de um pai que talvez não tenha sabido mostrar os seus sentimentos, é possível que os pais dele não lhe tenham ensinado, esse comportamento transmite-se de uma geração para a seguinte, felizmente um dos pais costuma ser mais carinhoso, felizmente para os filhos, porque quando os dois são distantes, o sofrimento dos filhos é maior, porque qualquer coisa de precisos fica a faltar, vivem com essa angustia e falta de carinho, o que é triste para as crianças
ResponderExcluirnesse caso os dias de aproximação com o pai, foram relatados de maneira muito intensa !
beijinho amiga
Angela
Essa crônica de Carpinejar, "O PAI NO HOSPITAL", mostra muito bem o talento do excelente cronista brasileiro e que os gaúchos o conhecem há muito tempo.
ResponderExcluirCarpinejar tem para as crônicas igual mérito como poeta. Nesta bela postagem tu falas um pouco da vida do Carpinejar, poeta e cronista, dizendo que sua mãe é poetisa e seu pai poeta, membro da Academia Brasileira de Letras. Pode-se dizer que o fruto caiu perto das árvores (genética). Os que leram esta crônica do Carpinejar, "O Pai no Hospital", já devem ter formado uma ideia desse talento que falas. Os gaúchos têm motivo de sobra para sentir orgulho dos pais e do filho. Parabéns.
Um beijinho daqui do escritório.
Bem verdade que gosto mesmo é de texto seu, querida Tais. Mas o nosso amigo Carpinejar é bom, claro que sim, e deu uma aula do que seja relação amorosa entre a família, no caso, pai e filho.
ResponderExcluirBeijo, minha amiga.
Muito lindo.Na emergência alta compreendem-se mais os cuidados intensivos sem falar uma palavra
ResponderExcluirPassando e deixando cumprimentos
ResponderExcluir.
* Amor sonhado nas ondas do entardecer *
.
Um dia feliz-
Que texto lindo Taís!
ResponderExcluirE aí vemos o quanto é o amor de um filho ao pai e vice versa!
Bjs e obrigada pela visita.
Carmen Lúcia.
Hay personas así, muy duras de corazón, incapaces de sentir y dar el corazón, siempre hay un motivo para ello. El amor se puede espresar con los hechos también, es válido.
ResponderExcluirUn placer leerte.
Un abrazo Tais
Hoje o texto é triste, amiga, mas o tema é interessante e pais como este eram comuns na nossa geração; penso que agora eles participam mais da vida dos filhos e isso logo desde bebés; antigamente essa função era mais da mãe e o pai fazia questão de se manter mais longínquo para mostrar autoridade O meu sempre foi muito mimalho, adorava dar e receber beijinhos ao contrário da minha mãe que, apesar de ser meiga não era muito " beijoqueira ". Ela sempre me contou que o meu pai não se deitava sem ir à nossa cama dar um beijinho; como era taxista e chegava muito tarde, uma vez, ao entrar no meu quarto tropeçou em mim fazendo uma barulheira; eu caia com frequência abaixo da cama e nesse dia rolei para junto da porta ; como ele não acendia a luz não me
ResponderExcluirviu e por pouco não caiu. Ele era assim, nunca teve receio de mostrar carinho pelos filhos, talvez por ter sofrido muito com a atitude do pai dele que chegava ao cumulo de jantar sozinho na sala de jantar e os filhos e mulher faziam-no na cozinha e até mesmo a comida era diferente; o melhor era sempre para o pai; falava muitas vezes disso com tristeza; acho que nem no fim da vida ele recuperou o amor dos filhos e eu pouco lembro dele. A vida era difícil, os filhos eram muitos, mas isso não justifica a distância que os pais mantinham em relação ao filhos; acho que era um questão cultural e não falta de amor pelos filhos; felizmente as coisas têm mudado muito neste aspecto e atrevo-me até a dizer que a mudança em alguns casos foi para pior; hoje há pais que fazem questão de mostrar aos filhos que são amigos, achando que desta forma estão a aproximar-se deles e perdem por completo qualquer dominio sobre os filhos; esta atitude também está errada, pois os filhos têm que saber que há grande diferença entre " ser pai" e ser um simples amigo . Este filho do teu post, amiga, nunca mais será o mesmo e será com certeza um pai que não deixará para tão tarde o enorme prazer de sentir os beijos e abraços apertados dos filhos. Gostei muito deste post e mais uma vez recordei o modo meigo e " beijoqueiro ( a mãe dizia isso dele ) do meu pai. Obrigada, Tais Um beijinho
Emilia
PS- será que o Pedro está zangado? Há anos (???) Que não o vejo. Um beijinho para ele
Querida Emília, sim, muito triste o texto, mas mexe com nossos sentimentos. Li e reli teu comentário e concordo com tudo, do começo ao final, fechando com a atitude dos pais de hoje com os filhos de hoje. Quero dizer com isso que nem tanto ao céu, nem tanto à Terra! Sim, também era uma questão cultural, achavam que os filhos poderiam perder o respeito com mais intimidade, os dengos ficavam para as mães em muitas famílias.
ExcluirPais têm de ser 'pais', isso é 'muito mais' do que serem amigos dos filhos, sempre pensei assim. Em se tratando de sentimento, o amor dos pais é incondicional. E somos um porto para nossos filhos. Segundo vários psicanalistas que tenho lido, são de opinião que pais tem de serem pais, não li um que concorde com esse tal de modernismo. Pode ser que exista...
(rss - o Pedro está atrasado com todos os amigos, chegará aí, amiga, sem dúvida!)
Beijo, querida!
Taís,
ResponderExcluirQue partilha preciosa, amiga!!...
Aprecio muito a poética do Carpinejar, com uma bela
originalidade, excelência literária e esta caracteristica
da "prosa absolutamente desconcertante e confessional".
Belíssima esta crônica, de uma humanidade comovente e
a revolucionar por dentro nos questionamentos raiz da
afetividade e concordo com o Pedro, que citou o mérito
de poeta e percebemos esta qualidade do poeta no
cronista Carpinejar, ambas expressividades admiráveis.
Parabéns, Taís pela apresentação imprecável e a
generosidade de partilhar e nos proporcionar um
momento sublime de mergulhar com esta leitura,
na profundidade e comovente humanidade apresentada
nesta crônica.
Semana alto astral, amiga.
Beijos.
Buena sítesis del argumento de este libro, que parece que promete.
ResponderExcluirBesos
O pai até pode ser um amigo,
ResponderExcluirmas antes que tudo é uma
parte de si. Ninguém daria
um pedaço de si ao outro
se não fosse um pai ao seu
filho.
Lindo texto.
Um beijo, amiga e boa
noite.
silvioafonso
.
Um texto brilhante e que retrata uma realidade que ainda existe bastante, já que os pais sempre eram diferentes das mães no relacionamento com os filhos. Era uma cultura que tende a desaparecer. E ainda bem...
ResponderExcluirObrigado pela partilha, gostei imenso de ler.
Continuação de boa semana, amiga Taís.
Beijo.
OI TAÍS!
ResponderExcluirUM TEXTO BELÍSSIMO. RETRATA UMA GERAÇÃO DE FILHOS QUE NÃO FORAM ABRAÇADOS NEM BEIJADOS POIS OS COSTUMES SEPARAVAM POR UMA PAREDE INVISÍVEL PAIS E FILHOS HÁ ÉPOCA. EU, TIVE O QUE MEUS IRMÃOS NÃO TIVERAM, FILHA MAIS NOVA DE QUATRO IRMÃOS, CONSEGUI, QUANDO ELES, AINDA EM VIDA DESFRUTAR DESTES ABRAÇOS, ROMPI A BARREIRA QUE NOS AFASTAVA, ACHO QUE OS INCOMODEI TANTO QUE CEDERAM E APRENDERAM A ABRAÇAR E DEIXAR-SE BEIJAR TAMBÉM E FOI MUITO LINDO.
GOSTO MUITO DO "CARPINEJAR" ÓTIMA ESCOLHA AMIGA..
ABRÇS
https://zilanicelia.blogspot.com.br/
Linda e interessante crónica.
ResponderExcluirQue pena o pai não ter aprendido a mostrar os seus sentimentos e continuar a ser "fechado e distante".
Pessoalmente não aprecio pessoas assim distantes, gosto de carinho, de palavras amigas, de tocar e ser tocada, passo a vida a dizer aos meus filhos e marido o quanto os adoro, enfim cada um tem a sua maneira de ser, não é mesmo?
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Como diria o Chico Anísio: "Queria ter um filho assim!..."Gostei da crônica, mas foge um pouco de minha noção de humanidade em sociedade tão próxima a minha e contemporânea: será que há um pai assim tão distante? O texto é bom, mas eu sou mais Tais! Grande abraço. Laerte.
ResponderExcluirEsta crônica me lembra um filme atual, Trama fantasma, no qual a personagem só encontra o amor do parceiro quando este se encontra doente e indefeso.
ResponderExcluirMas. voltanto a crônica, como é importante esta aproximação para aquele que deseja proximidade e a consegue mesmo que seja na vulnerabilbidade do outro.
Olá Taís uma maravilhosa cronica nesta partilha.
ResponderExcluirIncrível como certas pessoas levam em si todos estes sentimentos de distanciamento, de frieza emocional. Ao mesmo tempo vemos como podemos nos quebrar os sentimentos por nos permitirmos ser diferentes.
Muito bom o Carpinejar sempre agrada o ler.
Grato amiga.
Meu terno abraço de um feliz fim de semana com paz e harmonia na família.
Beijo de paz amiga.
Uma bela cronica e o importante é sentirmos-nos bem connosco.
ResponderExcluirUm abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Querida amiga
ResponderExcluirApresento as minhas desculpas pelo atraso com que venho visitar o seu cantinho de que tanto gosto, como sabe...
Estive ausente por cerca de uma semana, numa "espécie" de retiro espiritual,
sem relógio e sem telemóvel, e muito menos blogosfera :)))
Foi bom, fez-me muito bem.
O único inconveniente foi ter atrasado as minhas visitas... mas agora tudo voltará ao normal.
Gostei imenso deste texto, que considero brilhante. Tentei aceder ao blog mas não consegui... :(((
O texto põe a nu sentimentos muito profundos, que, no final, deixam uma espécie de mágoa, de tal modo são verdadeiros - o Amor tantos anos reprimido pôde extravasar-se apenas por três dias. Faz pena, não acha?
RE: O problema das colecções é exactamente esse, a pessoa saturar-se porque, a certa altura, só recebe de presente mais peças para as suas colecções... :))) Eu tenho bastantes peças oferecidas, mas a maioria eu comprei, ao meu gosto...
Bom Fim-de-semana
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Há pessoas assim... blindadas... aparentemente! Mas que não são indiferentes... apenas são do seu jeito... fechadas... receando dar parte de fracas... e receando ser um fardo para os outros...
ResponderExcluirUm tema que me é particularmente sensível, pois perdi o meu pai por doença, aos 12 anos... e mesmo lutando contra ela, durante 7 anos, ainda assim, me deixou muito boas recordações!...
Um beijinho grande! Feliz fim de semana!
Ana
Como sabe tocar na ferida sem magoar, mas mexendo com cada um de um modo diferente. O que não confessamos. Parece que os gaúchos lidam bem com as palavras para lidar com os nossos sentimentos com uma sabedoria, talvez única. Uma grande crônica, uma significativa partilha!
ResponderExcluirBeijos, querida amiga!
A frieza e o distanciamento do pai enquanto ativo, não foi suficiente para petrificar o coração do filho, que humildemente despojou seu carinho no momento preciso. Tocante demais!
ResponderExcluirLinda partilha Tais;obrigada pela leitura!
Tenha lindo e abençoado dia!
bjss!
Bom dia Taís .
ResponderExcluirNem sei o que é pior. Os pais de antigamente que permanecia frio e distante porém não deixando de da educação,limite . Ou os de hoje quê são mas carinhosos, mas relaxados ao educar mostrando o certo e errado. Eu particularmente dei sorte tive pais maravilhosos. Fui criada com limites ,educação e muito amor. Hoje tenho uma filha quê é minha melhor amiga. E por sermos amiga não me atrapalha a da limites. Pois ela sabe que sou amiga,e sou mãe. Até agora não poderia da mas certo do que está dando . Ela nunca nem me desobedeceu. Tem que existi o equilíbrio. A falta de carinho ou melhor demonstração de afeto machuca muito como foi o relato do Capinejar. Grande abraço.
lindo...lindo...lindo...
ResponderExcluirSenti-me parte da história.
Rebuscando,há vidas muito iguais...
Fiquei pensando...
Beijo
Tais
ResponderExcluirmuito obrigada por partilhar aqui esta crónica, pois eu não teria oportunidade de ler Fabrício Carpinejar.
gostei muito e saio daqui comovida e no entanto calma e serena.
beijinhos
:)
Uma crónica escorreita de Fabrício Carpinejar. E tão inquietante! De cariz confessional.
ResponderExcluirSinto-me grata pela partilha, amiga Taís.
Beijinho.
Esta crônica é triste. Adoro Carpinejar. Sempre leio suas poesias. Quanto à crônica foge da regra. Os pais amam os filhos e demonstram; já os filhos... não é a mesma coisa. Os pais são capazes de cuidarem de 10 filhos, mas 10 filhoa não cuidam de um pai. Tenho visto, infelizmente.
ResponderExcluirQue coisa mais certa que você disse!! Tem toda a razão, o mesmo tenho visto, entre 10 filhos, 2 ou 3 se revezam para cuidar, e olha lá...
Excluirbeijo.
Muito emocionante mesmo! E também, corajoso da parte dele, porque diante de tanta distância afetiva, não se consegue facilmente aproximação, mesmo sendo um pai.
ResponderExcluir