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Taís Luso
Bem,
há um bom tempo fui à igreja que meus pais frequentavam. Sentei no
lugar em que eles sentavam, talvez na ânsia de conversar com eles e
refletir sobre nossas vidas - quando ainda vivos estavam. Fiquei
eu lá, na esperança de que havendo outra vida, nossos espíritos se juntariam por momentos. Era saudade. Muita!
Ali,
sozinha, fiquei a refletir sobre a existência de outra vida.
Gostaria de ver algum sentido em nascer, viver, criar vidas, mas ter
a certeza da continuidade de meu espírito. Intriga-me o fato de
tornar-me apenas uma memória. Sobre a fé não cabem perguntas. Fé
é exatamente acreditar no que não se vê e no que não entendemos. Sim, isso é fé, assim aprendi. Mas sei, também, que fé é sentir, é querer.
Fiquei
num silêncio respeitoso, que só encontramos num templo religioso,
com seus mistérios e seus dogmas indiscutíveis. Contudo, respeito
todas as religiões porque respeito as escolhas do ser humano.
Havia
pouca gente na Igreja, meia hora faltava para a missa das 18:00
horas. Olhei para o lado e vi um confessionário – onde os cristãos
confessam seus pecados e carregam suas penitências. Muitos voltam a
repetir tudo igualzinho, porque sabem do perdão. A penitência pode
ser quilométrica, mas o perdão não faltará.
Chamou
minha atenção um velhinho que mal conseguiu chegar no
confessionário. Se arrastava apoiando-se na sua bengala e com enorme
dificuldade. Fiquei pensando na tristeza daquele ato; por quê? Que
pecado teria cometido o pobre velhinho no crepúsculo de sua vida,
solitário, e já tendo a despedida tão
próxima? Que pecado teria ele a confessar; que penitência lhe seria
dada? Senti piedade das suas amarras. Sou difícil de entender certas coisas. Lembro o que meu pai disse quando falávamos no sacramento da 'confissão' e outras posturas da igreja o qual eu sempre questionava:
—
Filha,
não podes mudar os dogmas da igreja, isso é rebeldia!
—
Não
pai, eu não quero mudar nada, mas preciso entender os porquês!
Sim,
eu era assim. Eu sou assim. Preciso entender para decidir. O pobre velhinho poderia conversar com Deus, sozinho, na sua intimidade. Naquela altura da vida só caberia compaixão, sem acusação. Por que não deixar que pessoas frágeis comandem seu último voo sem cobranças? Levantei e fui
embora, lembrei de meu pai, ainda me sentia fragilizada pela perda.
Existe
pecado maior do que a desigualdade, a morosidade ou a inexistência
da Lei dos Homens? As penas são amenizadas ou nunca aplicadas devido
a posição social, etnia, instrução, ideologias, cargos,
apadrinhamentos ou a corrupção que lesa a todos nas suas
necessidades mais básicas de sobrevivência. Quantos inocentes
morrem em guerras por motivos geopolíticos, econômicos, religiosos
etc. Parece que o ser humano nasceu para a guerra. Pois
é, como tudo continua igual, a humanidade continua a mesma, também eu continuo com as mesmas indagações. E às vezes com menos esperança... Bem menos.
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Um texto muito sentido. No quem me arrepia só de pensar!!
ResponderExcluirEspecial:- Chilreiam os pássaros com o desassossegado violino. [ Poetizando...]
.
Beijinhos e um bom fim de semana
Querida Tais,
ResponderExcluirtambém vi o que todos veem e comentam e repetem
agora ninguém pode dizer que não sabia, que não viu
mas nada pode fazer, a impossibilidade de mudar as coisas, de aliviar o sofrimento,
acho que a religião não tem nada a ver, as pessoas procuram-na para se sentirem mais protegidos por seres que poderão ter o poder de criar mais igualdade, mais fraternidade, então se acreditam nisso será compensador para eles
mas a escolha é deixada aos homens e não aos deuses
os homens e as mulheres é que têm o poder de escolher entre o bem e o mal
é o que eu penso
beijinhos amiga
bom fim de semana
e que Deus ajude os homens a escolher uma vida melhor para eles e para os outros
Angela
Taís, que texto legal, bem profundo... Dá vontade de soltar minha boca... Mas vou falar só um pouquinho: as guerras e provocações dão arrepios. Quisera esses poderosos repensassem seus atos, mas deles não se arrependem, apenas se ufanas diante da tv...
ResponderExcluirQuanto ao velhinho tenho 2 pontos:; Há velhinhos que cometem muitos e tão asquerosos pecados, mas esses nem de igreja se aproximam, ou quem sabe até bem perto delas estão...( muitas reticências............)
Quanto0 à confissão, nunca achei certo ter que esperar que um padre tenha poder de ouvir e perdoar. Passo direto ao CHEFÃO lá de cima, em linha direta...E funciona: nos entendemos bem!!!
Adorei te ler! bjs, tudo de bom e que reine a paz entre os homens, talvez a coisa mais difícil de se conseguir!!! Add! chica
Olá, gostei do seu blog é muito interessante, eu tenho um blog onde escrevo os meus textos de diferentes temas , Fico aguardando a sua visita se gostar pode me seguir.
ResponderExcluirCumprimentos.
Tais, esse é um tema: - religião e confissão - que sempre me remeteu a dúvidas, castrações, manipulações e folclores... Felizmente, estudamos, lemos, dialogamos, vivenciamos diversas experiências... Assim podemos ter nossa conclusão de vida. Nossa escolha. Nossa maior penitência não é depositar aos pés de um homem, nosso pecado(?) Pecado? O maior de todos é teimarmos em sermos honestos, amorosos, misericordiosos quando temos à nossa volta tanto desamor, desonestidade e falta de amor próprio. Ao outro? Migalhas de vida! Tenho compaixão de quem não se libertou de dogmas, de símbolos para viver bem. A vida e o viver são tão simples! Nós é que complicamos, porque somos complicados. Quanto à saudade dos nossos, teremos outro plano de vida para estarmos juntos, ou não, segundo nosso estágio de vida terrena.
ResponderExcluirBem, Tais, esse seu tema leva-nos a uma defesa de tese!
Abraço.
Tais, abordaste de forma irrepreensível um tema super polémico: religião.
ResponderExcluirEscrito por ti não choca, antes nos obriga a reflectir.
Eu, sou uma católica não praticante, que respeita todos os credos.
Eu, não me confesso a homens que pecam tanto ou mais que eu. Falo directamente com Deus. E são muitas as vezes que me zango com ele.
Eu, procuro incessantemente o sentido da vida e sinto as dores daqueles que suportam quase tudo com coragem.
Eu, vivo esta vida da melhor maneira possível. Nunca ninguém me disse que "a outra" é melhor.
Não, amiga, não "existe pecado maior do que a desigualdade, a morosidade ou a inexistência da Lei dos Homens". Esse pecado rasga até a alma.
Beijo.
Boa tarde, na vida cada ser humano tem uma função em prol da humanidade, todas as pessoas são de enorme importância para o bem estar dos outros, acontece que é o tratamento desigual que causa os problemas graves que vivemos, como os interesses pessoais estão acima de tudo e de todos, cada vez mais o tratamento desigual é maior, a desigualdade vai persistindo e os problemas vão aumentando, não pensem aqueles que são vazios de sensibilidade para com os outros que os problemas não chegam a eles, lamento muito que parte daqueles que pregam a paz, sejam violadores e pratiquem desigualdade, tenho a certeza que se o Papa Francisco passasse por aqui pela sua pagina, ao ler-me, dava-me toda a razão.
ResponderExcluirBom domingo e feliz semana,
AG
Olá, Antonio, eu adoro o Papa Francisquinho, carismático, corajoso, com ideias modernas, chega aos corações de todos e está trabalhando na modernização da Igreja Católica. Mas enquanto for assegurada a liberdade de expor nossas ideias e levantar questões e dúvidas, nem tudo está perdido. Não precisa o Papa aqui, eu concordo com você, bem que sofreria um desmaio se o Papa aparecesse por aqui...rss
ExcluirBj, uma boa semana!
Eu e o Papa Francisco somos diferentes culturalmente, ele obrigatoriamente pelo que exerce é muito mais culto do que eu, mas a linha do pensamento é igual, como uma diferença, porque não sou figura publica, sou muito mais livre para expressar-me nos pensamentos que considero correctos contra aqueles manipuladores de opinião que tantas vitimas causam.
ExcluirContinuação de feliz semana,
AG
Taís, você fez um reflexão válida e com profundidade, após ser sensibilizada pelo ambiente convidativo e acolhedor do interior de uma igreja. Com competência que lhe é peculiar, conseguiu passar para o leitor o teu íntimo conectado com o universo. Você excede, meus parabéns.
ResponderExcluirTaís, que prazer encontrar um blog tão interessante quanto o teu. Muito pertinente o seu comentário a respeito do que as religiões, não importando a linha adotada, oferecem a seus seguidores. Faz bem ao ser humano pensar e refletir sobre a religiosidade e a importância de termos preocupações um pouco mais elevadas que as preocupações materiais. Grato pela visita ao almatua. Ótimo final de semana para você e para o Pedro, a quem respeito muito.
ResponderExcluirOi Taís
ResponderExcluirUma reflexão respeitosa e pertinente quanto às escolhas religiosas de cada ser
E a igreja sendo um local de expressão de fé nos propicia internalizar nossos questionamentos pois ao que tudo indica ficarão sem as respostas
Um excelente domingo de paz e alegrias
Grande beijo minha querida
Querida Vizinha/Escritora, Taís Luso !
ResponderExcluirTudo, a meu ver, está certo em tuas colocações.
A vida dos teus pais, por exemplo, está garantida
com a tua existência... tudo foi transferido para
ti. Belo texto, Amiga. Uma ótima semana e um fraterno
abraço.
Sinval.
Love.
ResponderExcluirTais querida, que bom estar aqui no seu blog.
ResponderExcluirÉ minha cara quem veio a este mundo para fazer indagações, vai partir fazendo-as. Também me considero uma pessoal "não convencional". Indago, discuto, quero saber, não me conformo... assim somos muitos e creio que assumiremos, sem nossas respostas.
Grande abraço. É um prazer voltar aqui.
Leila
El tema que tratas en esta entrada invita a la reflexión y cada persona podría encontrar una respuesta distinta.
ResponderExcluirComo decía Santa Teresa de Jesús, a Dios se le puede encontrar hasta en los pucheros.
No eres tú sola la que tiene dudas y se hace preguntas sobre la supervivencia de nuestro espíritu después de la muerte.
Si queremos que las personas a las que hemos amado tanto sigan con nosotros, no nos queda más remedio que recurrir a la fe.
Te dejo un fuerte abrazo.
kasioles
Cara amiga, cronista, Tais, ah, os dogmas... Pois na casa de meus pais, os quais já partiram desta, era proibido contestar os dogmas, mas, como bem dizes, respeitemos os crentes e adeptos de todas as seitas. Na minha modesta opinião, religião é poder e, em vários casos, negócios muito rentáveis.
ResponderExcluirUma volta ao passado, um tempo numa igreja e uma bela cronica sobre a religião e a igreja com seus dogmas e poder.Nos anos 70 eu li muito Leonardo Boff e como oriundo de uma família de católicos e cursilhistas tive alguns desconfortos com minhas opiniões. Quando fala do velhinho ao confessionário fiquei a criar a imagem e a pensar também, que peso teriam os pecados deste senhor e que concepção ele teria de pecado para se confessar.E no fim veio sua lúcida analise critica de uma sociedade degradada, que se cala diante tantos pecados horríveis que assolam a humanidade anos após ano. E as penitências nunca são cumpridas e ou dadas. E saber que a igreja com poder se omite em muitos casos é mesmo desanimador amiga. Onde buscar conforto para conviver com tanta injustiça espalhada pelo mundo. Esperançar só mesmo por teimosia Taís.
ResponderExcluirSerá que a gente, ainda vai cantar, aquela linda canção que há nos anais da fé cristã?
Meu terno abraço de paz e luz amiga.
Que cessem os bombardeios e que os homens de poder pensem duas vezes mais.
Beijo amiga
Infelizmente sinto o mesmo.
ResponderExcluirE venho-me afastando da Igreja por causa disso.
Bjs, boa semana
Um belo texto em que me identifico por completo minha amiga.
ResponderExcluirUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Um texto muito profundo e a apelar à reflexão, minha Amiga Tais.
ResponderExcluirEntrar numa Igreja e ficar no silêncio até nos encontrarmos a nós mesmos. Até recuperarmos memórias. Até pensarmos naqueles que sofrem, naqueles são indiferentes a tudo e a todos, naqueles para quem o perdão é essencial...
Uma boa semana e um beijo.
Penso que muito de nós sentem o mesmo Taís, realmente é intrigante imaginar qual pecado o velhinho possa ter cometido, eu lembro que meu pai dizia que, -mesmo que não se atenha ao pecado cometido, seja qual for sua idade, se podes caminhar vá ao confessionário, entre em comunhão com Deus e peça para ser perdoado.
ResponderExcluirTenha uma abençoada semana. Agradecida por seguir mais um blog meu!
Bjss!
"Havendo outra vida, nossos espíritos se juntariam por momentos"
ResponderExcluirsí, creo.
Beijos
Eu acredito noutra vida. Fé é fé não se discute e essa é a minha. Vou uma vez por semana à missa, mas vou lá muitas vezes, fora da hora da missa, quando a igreja está quase vazia. Gosto de me sentar lá e "conversar" com Jesus. Sinto-me bem saio sempre de lá mais forte. Também já tive as minhas fases de revolta, de questionamento.
ResponderExcluirEssa igreja é muito bonita.
Abraço
Conheci a Igreja de São Pelegrino da segunda vez que estive na serra gaúcha. Foram tantas as recomendações do guia que não poderia esquecê-la. Ou não poderia esquecê-lo. Diga-se que ele era um bom guia!
ResponderExcluirMas falemos desta maravilha de texto. Basta a sensibilidade com que você tratou o tema, a delicadeza. E a precisão das palavras. E a contensão. E o brilho.
Sabe que me (re)vi na Igreja de São Pelegrino, com mão colada à uma das paredes, indiferente às palavras e às recomendações do guia, pensando nas minhas filhas, na minha mãe?
Beijos, minha querida amiga!
No siempre encontramos nuestras respuestas, pero como dice es creer y tener fe, si te encuentras bien en el templo y puedes reflexionar y unirte a los tuyos ve y sigue en ello.
ResponderExcluirUn abrazo.
Continuação de feliz semana,
ResponderExcluirAG
Bom dia. belo texto. Faltam-me as palavras...
ResponderExcluirHoje:- {Poetizando e Encantando} Se chegares, amar-me-ás eternamente.
Bjos
Votos de uma Óptima Terça-Feira.
Tais,
ResponderExcluirninguém poderá ficar indiferente desta excelente crónica, sobretudo, na sua expressão de autenticidade
cultivo, com afecto e tolerância comigo mesmo, traços de carácter que decorrem da minha educação católica na infância e adolescência.
sou assim um ateu, "graças a Deus", por isso compreendo muito bem a angústia de sua pergunta "existe pecado maior do que a desigualdade, a morosidade ou a inexistência da Lei dos Homens"?
beijo, amiga
Um texto muito correto e de leitura expressiva e muito agradável.
ResponderExcluirTenho uma postura semelhante em relação às questões religiosas que abordou e às dúvidas que surgem perante tanto desconcerto da humanidade.
Haja fé, precisamos intensa e abundantemente dela.
Perpassa toda a crónica imensa ternura e comovente saudade...
Querida Amiga, gostei muito de ter o privilégio de a ler.
O meu carinhoso abraço.
~~~~~~~~~
Interessante, Taís. Ando envolvido com este assunto, acreditar no que não vemos. É loucura? Infantilidade? Não é não! Como ficaria, por exemplo, o amor diante disso tudo? Não vemos, não ouvimos ou mesmo cogitamos. Mas sentimos...
ResponderExcluirBeijo, querida amiga!
Se respira paz en el lugar y demás se parecia una gran belleza.
ResponderExcluirSólo Dios puede conocer el corazón del hombre y también sus debilidades.
Besos
El tuyo, apreciada Tais, es un claro mensaje de fe, en medio de la desesperanza.
ResponderExcluirAbrazo chileno.
Taís sobre la iglesia me parece muy bonita, no muy parecida a las de aquí como puedes ver en mis fotos.
ResponderExcluirEl recuerdo de los padres siempre es bueno y si es recordando todo lo que nos enseñaron aunque en ocasiones no estaríamos muy de acuerdo.
Estoy contigo en respetar todas religiones e ideas politicas.
Saludos.
Lindo texto com boa margem para reflexão!
ResponderExcluirGosto das igrejas como lindas obras de arte, tanto as daí do Sul, quanto as que já visitei em Salvador, Bahia!
Não sou religiosa, nem meus pais eram, mas creio na existência eterna da alma e que em lugares assim, refletimos e os espíritos se aproximam!
Eis uma boa forma de nos aproximarmos dos nossos entes queridos, eternos amigos espirituais!
Sentir é tudo, se se sente é porque é!
Amei seu belo texto querida amiga Tais!
Abraços apertados!
Que crónica linda.
ResponderExcluirTalvez a velhinha estivesse no confessionário pela primeira, ou talvez viesse todos os dias não para confessar um pecado, mas simplesmente para matar a solidão.
Bjs
Boa tarde, amiga Tais,primeiramente quero elogiar a pintura, (tela) da Igreja São Pelegrino, gosto de visitar igrejas quando viajo, essa é belíssima. Quanto aos dogmas da Igreja, igualmente ao meu falecido pai, ele não aceitava interrogações sobre os mistérios da Igreja, hoje, meu marido faz igual, quando questiono algo ele me diz: Isto é mistério, tem que ter fé.
ResponderExcluirEu tenho fé, mas gostaria de respostas também, e há tantas perguntas, não é mesmo?
Eu acredito que espiritualmente, meus pais vivem e me ouvem, acredito que há uma vida melhor depois desta, veremos, rssssssssss
Tenho feito várias perguntas a mim mesma sobre a espiritualidade, quem sabe seja o desejo de saber para onde vou. Como sempre, amiga Tais, sua crônica está perfeita. Beijos!
Taís, muito bom estar novamente bisbilhotando teu espaço para, inicialmente elogiar e cumprimentá-la pela coragem em abordar um tema tão controverso quanto a religião.
ResponderExcluirSempre corremos algum risco quando falamos sobre o assunto pois o mesmo sempre pode deixar dúvidas quanto à crença de cada pessoa e as dificuldades em se ter uma ideia única de todas as pessoas.
Há momentos, realmente, em que o melhor que podemos fazer é aceitar, como você fez, o entendimento de alguém, mesmo que a visão de algum detalhe não seja bem o que entendemos.
Creio que religião deva ser tema de compartilhamento, congraçamento, comunhão r jamais o de disputas menos importantes.
Deus seja sempre louvado.
Parabéns pelo seu texto.
Creio que aqueles momentos em silêncio, lhe trouxeram a paz que você precisava para encontrar-se consigo mesma. Foi bom compartilhar conosco.
ResponderExcluirBeijão, Taís!
Oi Tais! Gostei muito de sua visita, e espero que volte, sempre quando quiser. Tentei entrar em contato antes , mas não havia conseguido, e agora através do comentário pude vir a esse tão rico espaço. Abordas-te um assunto deveras cheio de tabus, mas foi muito feliz ao faze-lo. Estou a te seguir, e com certeza será prazeroso. Beijo e ótima noite.
ResponderExcluirUm momento saudoso e reflexivo com questionamentos que são comuns a muita gente. A igreja e seus dogmas nos conduz a muitas dúvidas, nem sempre, esclarecidas.
ResponderExcluirBeijos carinhosos!
Mas, a fé tem que ser raciocinada. Exposta a luz da ciência, que só tem confirmar-doa. Beijos, Tais.
ResponderExcluirQuem sabe o solitário velhinho se refugiasse nesses breves minutos de 'confissão', não porque pecados tivesse, mas para ter alguém que o ouvisse, alguém com quem desabafar, querida Taís?
ResponderExcluirQuedo-me a pensar em tudo o que aqui li e em quantas têm sido as vezes que me tenho questionado sobre os dogmas da Igreja.
Também sinto que mais do que saber, eu preciso compreender o porquê do mundo que me rodeia. Fui sempre uma pessoa cheia de dúvidas. E sei que, cheia de dúvidas morrerei.
Um grande beijinho e excelente fim-de-semana, Amiga.
Taís, eu gosto muito de ir à igreja vou sem carácter obrigatório, vou quando sinto que devo ir, nunca me confesso aí, os meus pecados ou faltas são confessados no silêncio da minha casa e apenas a Deus.
ResponderExcluirComo sempre uma crónica brilhante.
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
E eu continuo contigo em todas essas indagações; deixei de rezar, deixei de pedir há muito. Não sei o que me parece pedir algo quando vejo tantas crianças a morrer de fome, a fugir das guerras, a serem abusadas e mortas com armas quimicas. Há pessoas que rezam, pedem, fazem imensos sacrificios e a vida nunca as compensa Admiro muito essas pessoas que, apesar das dores, do sofrimento, rezam com fervor e fé, fazem peregrinações a pé a Fátima e outras localidades de culto, mas...já não sou capaz de fazer nada isso. Não quero zangar-me com Deus e por isso substui-O por vida. A culpa é da vida que nos dá de tudo, alegrias e tristezas, dores terriveis, mas também muitos prazeres e portanto é à vida que eu agradeço e muitas vezes é com ela que eu resmungo. Tenho de concordar que ela é muito ingranta para algumas pessoas, para muitas crianças, mas prefiro chamar desumana à vida do que a Deus, pois ensinaram-me que ele é bom e misericordioso e que é um Ser Perfeito. Beijinhos, querida amiga e obrigada pelo tema. Já não questiono muita coisa desde que tomei esta atitude.
ResponderExcluirEmilia
Um momento de saudade.
ResponderExcluirUma crónica brilhante.
Beijinhos
:)
Uma crônica belíssima, comovente e poética em desnudar
ResponderExcluirum sentir sublime teu e teu pai no momento profundo
de dialogar à vida...
Também sinto assim:"Preciso entender para decidir."
E tenho a minha fé na espiritualização na minha
trilha singular...rss
Consegui colocar a minha visita aqui no teu
espaço em dia, amiga...
Beijos.
Talvez seja por isso... que eu só frequento as igrejas... quando elas estão praticamente vazias... também eu preciso de entender os porquês... e pelo menos o silêncio... permite-me meditar e pensar...
ResponderExcluirSe há mais qualquer coisa depois disto... sem dúvida!...
A minha mãe, há muitos anos atrás viveu um episódio que o demonstrou... na sequência de um atropelamento! Tendo perdido por completo a consciência... descreveu coisas... vistas de cima, da cena em redor... com pormenores, que não poderia ter visto... para mais, sendo ela a pessoa mais distraída deste mundo... quando o relatório da companhia de seguros chegou... confirmou imensas coisas, que ela tinha descrito... e que não poderia ter visto... deitada de cara no asfalto, completamente desacordada... Dá que pensar não?... Como ela viu tudo de cima?... E sabia o lugar de cada pormenor... logo ela... que quando acordada... tanta coisa lhe passa ao lado, na grande maioria das vezes...
Adorei esta sua crónica, Tais... tão marcante, e pessoal!
Um beijinho grande!
Ana
Um texto com muitas reflexões e indagações que ficam sem respostas. Quantas pessoas carregam dentro de si amarras que os tornam pesados por não se liberarem para a vida e ficam em constante busca do perdão, que se não vier de dentro de si não haverá reconciliação. Gosto, como vc, do silêncio da Igreja, desta conversa intima.mas não tenho conseguido mais ser praticante, pois a Instituição, dos homens, é falha e fico com muitos questionamentos que não me permitem acompanhar os rituais com entrega.
ResponderExcluirJá senti necessidade de entrar na Igreja e ficar em silêncio, a ouvir as minhas próprias interrogações. Saio sem resposta, mas experimento uma sensação de paz. Depois há um espírito de pertença a uma coletividade que me faz participar em cerimónias de alegria ou de pesar. A confissão, de facto, não se entende, mas respeito.
ResponderExcluir"Existe pecado maior do que a desigualdade, a morosidade ou a inexistência da Lei dos Homens?" Subscrevo.
Gostei imenso desta crónica, Taís.
Beijinho.
Por aqui também passou um "João"...rsrsrs
ResponderExcluirPedi que pintasse as portas do corredor.
Pintura ficou horrível. Portas descascaram.
Chamei a figura e mostrei serviço mal feito.
Ele afirmou que deveria ter raspado a tinta antiga. Não o fez pois eu Não disse que era para raspar...
Fica a pergunta: Quem era o pintor? Ele ou Eu?
Lamentável!
Excelente a sua crônica, Taís
Um beijinho carinhoso
Verena.