- Taís Luso
Dizem
por aí que as pessoas com hábitos mais 'simples e normais' são mais felizes. Compram o que necessitam e ainda umas
frescurinhas para se alegrarem, um carro normal, uma casa legal, churrasco aos domingos com os amigos, um futebolzinho, férias etc. Classe média normal.
Enquanto
isso a classe rica possui residências no exterior, em Nova Iorque,
Miami, Paris etc. Muitas viagens, muitas mordomias, roupas, festas,
jantares e o mais novo Bugatti cuidadosamente na garagem. Não serão esses mais
felizes? Olha só que vidão das criaturas!
Bem... mais
felizes? Não necessariamente! Depende, felicidade nada tem a ver com
esbanjamento e com luxo, há um equívoco. O que será
felicidade? Conheço ricos infelizes e depressivos. O vidão que levam não lhes garante nada do ponto de vista de felicidade. Muitas vezes são um rosário de lamentações! Aliás, vejo
essa desigualdade no mundo inteiro, com exceções, é óbvio.
Não que eu fique procurando essa gente que desperta
curiosidade pelas suas extravagâncias, eles aparecem sozinhos,
surfam na onda mais alta da arrebentação, mas quando caem, o tombo
é feio. Viram manchete. Porém, podem ser felizes, sim.
Só digo que tanto dinheiro não lhes dá essa garantia, o passaporte para felicidade.
Lembro
bem, quando as indústrias começaram a fabricar aparelhos de televisão de vários
tamanhos, foram chegando umas pequeninas para a cozinha,
depois foram subindo as polegadas, de 12, 20, 40, 44, 46, 50, 86, e a de 150 polegadas um verdadeiro trambolho dentro da sala, e os fabricantes não pararam
por aí, têm sempre consumidores malucos; nasceu a doméstica de 370 polegadas! Precisamos, pois, de uma sala enorme para hospedar o canhão! Precisamos?
Bem, de louco todos temos um pouco. Quero dizer que os sonhos não
têm limites, aumentam com o passar do tempo. Mudamos de casa para uma maior! E mais, e mais... Também vi por aqui uma
Ferrari colocada na sala principal da rica criatura,
linda como objeto decorativo, mas muito esquisita por estar no lugar errado. É, os
ricos irmãos são extravagantes, uma marca própria deles. Com certeza foi um sonho realizado. Os brasileiros lembram da foto!
Pelo
que o ser humano já fez, pelo traçado de nossa história, pelas nossas conquistas e descobertas para a humanidade, não há dúvida que somos inteligentes. Mas a nossa desgraça aparece na mesma proporção. Talvez um dia a gente
descubra como sofrer menos; que nossos sonhos não deem tanta mão de
obra, tanto estresse, que não virem pesadelos!
Estamos
vivendo numa completa contradição: de um lado queremos buscar a reflexão, a espiritualidade, a
solidariedade, mas por outro lado nos apegamos aos bens materiais
desnecessários e por vezes afrontoso, como se fossem a tábua da salvação para os que
ainda se debatem em meio as águas.
Tomara que não se afoguem.
______________________//______________________
No por muchas riquezas, se es má feliz. Una vida sencilla y con buena salud, puede conducirnos a la felicidad.
ResponderExcluirFeliz domingo.
Besos
Muito legal teu texto e fala grandes verdades!Há realmente essa contradição! Parecem a humanidade fissurada por mais e mais TER... E ainda tem que estar sempre "ganhando" do vizinho, amigo, etc...Pena!
ResponderExcluirbeijos, lindo domingo de chuvas, chica
Olá boa tarde. Concordo com tudo o que explana do texto. Existem de facto pobres felizes e ricos infelizes ... mas com dinheiro, o qual, até a saúde ( bons médicos) compra.
ResponderExcluirOlhando bem, o dinheiro de facto não dá felicidade. Mas... haverá pobre feliz sem dinheiro?
Bom domingo
Olá, Ricardo, bem-vindo ao blog!
ExcluirNão falo na 'classe pobre', falo em hábitos normais, em hábitos da classe média que consegue pagar seu plano de saúde, médicos, férias, mas tudo com normalidade.
Um bom domingo, também!
Así es Tais amiga, la felicidad no está en ser ostentoso, la felicidad no está donde hay más dinero, pero amiga, ayuda un poquito, sobre todo a los que lo están pasando mal.
ResponderExcluirFeliz domingo.
Un abrazo.
Bom dia de Domingo Tais.
ResponderExcluirSeu texto reflete a mais pura realidade.
Por minha profissão de artista de teatro
e assessora editorial, transito entre mundos
diversos e vejo que muitos vivem exatamente
como seu texto cita. Agora mesmo começa
a busca pelos presentes de natal em família.
Tenho verdadeiro horror ao descabimento
das listas.
Quanto a felicidade, me parece que o
verdadeiro significado anda de todo
esquecido. Outro dia um amigo
expressivo na minha vida tentou me convencer
que eu não posso afirmar que não
tenho o direto de dizer que sou feliz.
Desconversei e deixei quieto o assunto
porque entendo que felicidade não discute: vive-se
Em fim...
Adorei a cronica.
Bjins
CatiahoAlc.
Bel post, ma se il mondo continua su questa strada...affoghiamo tutti.
ResponderExcluirBuona domenica.
Tomara!!!
ResponderExcluirBom para refletir... Bj
A great post! I love your blog. Your content is very interesting < 3
ResponderExcluirI am following you and invite you to me
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Oi Tais, ótima reflexão!
ResponderExcluirFelicidade é tão pessoal no modo como sentimos, mas uma coisa é certa, o mínimo para viver com dignidade ´já motivo para ter momentos de alegria e tristeza dentro de nossa imperfeita humanidade.
Ostentação? Penso que é a necessidade de aprovação dos outros, que vejam o quanto obteve "sucesso" e "poder". Qual a diferença entre uma joia e uma pedra falsa lapidada de maneira igual? Muitos são movidos a competição e necessidade de se afirmar, não enxerga felicidade no que tem realmente valor afetivo.
Abraço!
A eterna procura da felicidade, será sempre motivo para grandes reflexões.
ResponderExcluirUns procuram-na no poder económico e, quando constatam que não é lá que ela se encontra, tentam a busca por outro lado.
Se houvesse a mínima chance de se viver sempre feliz, estaria encontrada a ambição para o caminho de retrocesso. O Homem sempre buscará o atalho tortuoso para alcançar aquilo a que julga ter direito, esquecendo a vereda de terra batida, ladeada de simples flores campestres...
Um beijinho e boa semana, Amiga Tais.
Obrigada por mais esta bela e reflexiva Crónica.
Boa tarde Tais
ResponderExcluirÉ amiga tem pessoas que por mais que tenha que mais, e o pior são pessoas que mudam a personalidade, ou melhor tira a mascara, ao possui algum dinheiro. Deixando e destratando as pessoas que estavam ajudando, como dizem amam os objetos e descartam as pessoas que já não mais precisam. O dinheiro usando com sabedoria e sensatez é algo valiosa, já a ostentação é o caminho da destruição, pois chama ladrão. Uma feliz semana. Abraços.
Boa tarde de Domingo, querida amiga Tais!
ResponderExcluir"... dinheiro não lhes dá essa garantia, o passaporte para felicidade."
Verdadeiramente belo.
Ter tudo nao impede do vazio interior.
Cada vez me convenco mais de que a simplicidade nos faz bem demais ao espirito.
Torna a alma leve e sem pedadelos.
Verdadeiros valores nos movem pelo Amor
Post muito bonito.
Seja muito feliz e abencoada, minha amiga.
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Boa tarde Tais,
ResponderExcluirUma grande crónica!
No meio de tanta ostentação, o que mais me preocupa é o esbanjamento do dinheiro e bens, que todos sabemos estarem mal distribuídos.
Felicidade era se todos pudéssemos ter uma vida digna e assim se evitariam tantos pesadelos que grassam no mundo.
O desperdício é um grande mal da atualidade.
Um beijinho e uma boa semana.
Ailime
Oi Tais! Que crônica fantástica ! O que é felicidade? Provavelmente, cada pessoa que resolver responder a esta pergunta apresentará uma resposta própria, pois a felicidade, num certo sentido, é algo individual, pessoal e intransferível. Por outro lado, há uma ideia de felicidade que pertence ao senso comum e é compartilhada pela esmagadora maioria das pessoas: felicidade é ter saúde, amor, dinheiro suficiente, etc . Conheço gente do interior que tem a felicidade estampada no rosto, assim, como conheço ricaços infelizes. Felicidade ao meu ver não se explica… É sentida , vivida e transferida para os que se encontram ao redor; coisa contagiante. Bom, felicidade é um sentimento de vida bem resolvida...acho que é por ai. Grande beijo. Feliz semana.
ResponderExcluirAsí somos de insensibles, amiga Tais. Además de insaciables.
ResponderExcluirComo em tudo na vida, no meio está a virtude.
ResponderExcluirBjs, boa semana
Los bienes nos hacen felices para completar horas de nuestra vida o facilitárnosla, pero no por ello podemos ser felices, si en nosotros mismos no encontramos la paz y la felicidad.
ResponderExcluirUna feliz semana.
Todos os dias pão na mesa, a felicidade não precisa ser cara. Exceto alguns faraós possessivos, não levamos nada dos nossos bens terrestres connosco na sepultura.
ResponderExcluirBeijos
Mais uma excelente crónica que nos deixa a pensar. E a felicidade existe? Eu creio que há momentos bons que nos aproximam dela. O melhor é sabermos aproveitar em cada dia o que ele nos traz de melhor. Ter dinheiro ajuda? Sim. Mas ajuda mais ter saúde e paz interior. Obrigada, minha Amiga Tais por este momento de leitura.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Tais, minha amiga
ResponderExcluirum texto magnífico e de uma actualidade flagrante,
de facto, o "consumo" é o "feitiche" moderno que nos domina.
e deixa pouco espaço de escapatória.
quanto aos ricos e ao dinheiro, sempre poderei dizer que "o dinheiro não traz a felicidade, mas ajuda muito!..." rss
gostei muito, Tais
beijo
sera que essas pessoas que tem tudo sao mesmo felizes ou é so uma fasçada penso que nao sao mais que aqueles que tem menos pois esses eles tem o Amor adorei mais uma vez um bonito texto para pensar parabens bjs
ResponderExcluirA felicidade não está no ter, mas, no ser; nos valores que entesouram a alma, não nos desvalores que agigantam as contas bancárias e tão comumente, apequenam o espírito humano.
ResponderExcluirTe convido para ler: 😎 Contemporize. Coloque a maçã na gaveta.
Um abraço. Tudo de bom.
Obrigado pela visita, foi muita gentileza sua, agradeço de coração...
ResponderExcluirInfelizmente muitos não têm ciência de que dinheiro não traz felicidade. Bela crônica Taís. Parabéns!
ResponderExcluirBeijos e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
Depois de uma breve ausência (doente), estou de volta. O Gil com muito trabalho, incumbiu-me de vos visitar... Hoje numa passagem rápida. Espero que entendam...
ResponderExcluirHoje, do Gil António :-O amor e a sua ausência
Bjos
Votos de uma óptima Noite.
A felicidade, penso eu, é um estado da alma, um bem-estar produzido pela paz interior. Portanto, penso, a felicidade é: bem subjetiva, menos dependente do ter que a maioria das pessoas imagine, profundamente desejável, maior (ou mais profunda) quando compartilhada. Desde criança, não consigo deixar de pensar que fazer pessoas felizes também é um dos grandes estados de felicidade. Boa semana, amiga. Beijo.
ResponderExcluirJá sinto a sociedade mudando o conceito de felicidade descobrindo que é a afetividade, a generosidade e a compaixão únicas fontes de um prazer autÊntico, abraços
ResponderExcluirA eterna insatisfação humana, leva-nos a procurar nos objetos a felicidade que não temos, Esquecemos que ela é algo muito maior que o prazer que nos pode proporcionar um objeto qualquer.
ResponderExcluirAbraço
Amiga Tais.
ResponderExcluirCampea por su texto una duda: ¿Se es más feliz por tener todo lo imaginable?
Leerlo me ha llevado al recuerdo de una entrevista que le hice a un sacerdote, párroco en una iglesia de Barcelona, que con todo dispuesto para viajar camino de una misión en Mali, la ilusión de su vida, decidió quedarse en aquel oscuro puesto barcelonés.
Había cambiado su proyecto existencia después de vivir unas jornadas espirituales en el más rico barrio de la ciudad y comprender a pesar de su juventud, que el sufrimiento del ser humano va al margen de su fortuna. Puedes tener el Maserati como sofá en tu habitación, todo, menos unos padres o una pareja que te abracen con amor. O menos un entorno escolar que te haga sentir querido.
"Comprendí que no hacía falta cruzar los mapas para cumplir con mi vocación de ayuda. Aquí había un montón de trabajo por hacer"- me dijo.
Un beso.
Magnífica reflexão sobre o limiar que pode, eventualmente, separar o sonho do pesadelo. Quando o sonho se torna uma obsessão e redunda na concretização sempre redobrada e redimensionada dos desejos mais prementes, a vida é susceptível de se transformar no mais redutor dos pesadelos.
ResponderExcluirTerá sido Demócrito o primeiro a usar o termo "ataraxia", para exprimir o conceito - representação mental - de felicidade, enquanto nirvânico estade de alma. Mas, será mesmo possível vivermos sem nenhum tipo de dor ou mera preocupação e, dos prazeres, sermos capazes de gozar os mais tranquilos e reparadores? Se assim fosse, não seríamos humanos mas robôs meticulosamente programados.
Seremos, portanto, eternamente insatisfeitos e, através da Educação, ser-nos-á dado saber como melhor agir, para que seja possível navegar sem naufrágios previsíveis ou inopinados.
Beijinhos, Taís
Un dicho muy popular en mi tierra dice que no es mas feliz quien mas tiene si no el que menos necesita.
ResponderExcluirSaludos.
Olá,
ResponderExcluirQue ótima reflexão nos proporciona. Cada um tem sente a felicidade de uma forma muito própria. Há diferenças imensas pelo mundo afora e muita gente extravagante em relação ao consumismo.
A felicidade geralmente está associada a facilidades, principalmente as que o dinheiro pode proporcionar. Mas nem sempre ter, significa ser.
Um abraço.
Sônia
Querida Taís,
ResponderExcluirHavia deixado um comentário aqui, relatando uma visita que o meu clube do Rotary fez ao continente africano, no ano passado, onde contava um pouco das desigualdades sociais e econômicas que lá observei. Mas, creio que o comentário se perdeu.
Sobre o teu texto, ele é bastante pertinente, no que diz respeito ao que agrega ou não valores em nossas vidas. E nem tudo que tem valor, precisa reluzir igual ao ouro, embora, os valores espirituais, para muitos, não sustentem suas ambições aos bens materiais. Aí viveremos nesse moto-contínuo de insatisfações pessoais, sem que existam tábuas de salvação ou TVs de "2 milhões de polegadas", para nos salvar, pois, como havia dito aqui anteriormente, na África, senti um nó na garganta, só por comer um chocolate de 32g., diante de uma miséria infindável, onde o pouco parece muito... Onde um simples "Chokito" é mais valioso que uma "Ferrari".
Sei que não precisamos ir a qualquer outro País para verificarmos as desigualdades sociais, pois, aqui no Brasil, já possuímos tantas misérias pendentes. Porém, é preciso que algo seja feito e ter início em algum lugar.
Beijos e boa continuidade de semana!!!
Querida Vizinha Escritora, Taís Luso !
ResponderExcluirO consumismo exacerbado é um desvio de
comportamento.Para que trezentos pares de
sapatos, por exemplo, se temos dois pés,
apenas ?
Nem a centopeia precisaria de tantos...
Que ambiçao ! Seria melhor partir para a
caridade... a alma agradeceria.
Um fraternal abraço, Amiga. Parabéns pelo
texto.
Simval.
Querida Taís concordo, plenamente, com tudo que dizes nesta sua excelente página.
ResponderExcluirUm grande abraço.
Élys.
Querida Taís
ResponderExcluirAmo o simples e sou contra a ostentação.
Excelente o seu texto e tão verdadeiro.
Obrigada por brincar junto lá nos Bichinhos.
Um carinhoso abraço
Verena.
“Sonhos e Pesadelos” é o título desta belíssima crônica. Aqui a escrita desliza suavemente neste moderno papel da Era Digital. De início fica-se sabendo que a talentosa cronista falará sobre a felicidade. E quem não se prepara para saber como se pode ser feliz, ou mais feliz que já é, esta ou aquela pessoa? Então, o que é esperado pelo leitor, logo é mostrado pela escritora ao longo da sua crônica, sem esquecer o início dá o seu norte: “Dizem por aí que as pessoas com hábitos mais 'simples e normais' são mais felizes.” Para ser-se feliz basta ter-se o que é simples, diz a Tais. E mais muitas viagens, muitos bens, muitos compromissos não nos deixam felizes, é o que depreendo. Nada mais direito, pois tudo está nesse obra de arte: “Sonhos e Pesadelos”. Parabéns!
ResponderExcluirUm beijinho daqui do escritório.
Un bel post, condivido la parte finale.
ResponderExcluirBuon inizio novembre.
Bonita crônica, irmã! Ter, estar, pertencer... para o olhar alheio admirar e sentir que as montanhas são belas vistas de longe! O importante é o ser ser humilde e parecer ser ele mesmo. Quando o rei perguntou a Diógenes qual seria o seu desejo ele respondeu: "Que não me tires aquilo que não podes dar - saia da frente para que o Sol me ilumine!" Pobre não é quem tem pouco, mas quem deseja muito! E a felicidade não está no que nos pertence, mas dentro de nós mesmos! Grande abraço! Laerte.
ResponderExcluirQuerida Tais, dizes e muito bem, " pessoas com hábitos simples e normais são mais felizes " e eu, se me permites, acrescentaria, mesmo que tenham muito, muito dinheiro. Conheço um casal e com certeza muitos mais haverá, que me cativaram pela sua simplicidade, pelos gostos simples e normais que construiram uma familia feliz e que têm muito dinheiro e imoveis. Só sabe da riqueza deles quem os conhece ; só ostentam simplicidade, simpatia e carinho por toda a gente. Já os tive aqui em casa e , sem problemas, pois sabia dos seus gostos simples, na mesa, na casa, na maneira de vestir etc, etc. Sabes, Tais, como é o Natal em casa deste casal? Eles sempre escolhem um tema, por exemplo solidariedade e enfeitam a árvore com frases sobre esse assunto; depois da ceia, juntam filhos e netos e conversam com os mais pequenos sobre isso; não põem os presentes em primeiro lugar e por acaso já vi a minha amiga a comprar coisas simples e de utilidade para os netos, como por exemplo, pijamas. Claro que levam uma vida boa, viajam e tem casas em vários lugares, mas não colocam isso como prioridade e não esquecem de ajudar quem deles precisa. Também é certo que, sem dinheiro para o essencial, não se pode ser feliz, mas há quem o seja tendo só o suficiente. Independentemente do dinheiro que se tem, a vida dá-nos momentos felizes e outros muito dolorosos, mas, quando pomos o dinheiro em primeiro lugar, os doorosos tornam -se insuportáveis porque, além da dor, temos de aguentar a solidão, a falta de consolo que uma palavra amiga dá. Ninguém suporta gente obcecada por dinheiro, gente que pisa até nos familiares para ter cada vez mais , gente que se esquece de quem os ajudou; quando lhes acontece alguma coisa, quando ficam doentes são abandonados à sua sorte e até os filhos os deixam; enquanto lutavam contra todos para conseguir mais, esqueceram-se que tinham filhos, parentes e amigos e agora....só lhe resta o sofrimento. Amiga Tais, um tema, como sempre, muito pertinente e que veio mesmo a propósito, pois este último caso de que falo, da pessoa que adoeceu por causa da ambição desmesurada pelo dinheiro esteve sempre muito ligada a nós, desde criança, mas, sinceramente, não tenho pena. Costumo dizer que tenho dó das pessoas que sempre lutaram honestamente e que só têm azar, mas não me incomodo nada com este a quem sempre tudo correu bem, nunca passou qualquer tipo de dificuldade e, por ambição, só tem dado pontapés em todos ; está agora internado num hospital psiquiátrico e não sei o que vai ser dele; ainda não tem 60 anos e só fala em milhões na conta e imóveis por todo o lado. Parte deles, eu sei de onde vieram. Tais, obrigada! Trouxeste um assunto que me tem ocupado a mente há duas ou três semanas e imagina....eu a escrever esta crónica, como tu sempre sugeres....seria bonito!!! Beijos e boa noite! Desculpa semelhante " derramamento " de palavras. Não tenho jeito!!!!
ResponderExcluirEmilia
Querida, adoro te ler, não só aqui em teus comentários, mas por aí, pelas amigas (os). És sempre pontual, sincera e com ideias. Sim, já te falei nos nossos e-mails para escreveres crônicas do cotidiano, e não me escutas. rss Mas sei que tenho algumas amigas muito teimosas! Tem sim, gente de grana graúda cujos hábitos são normais e acima de tudo generosas. Mas escrevi exatamente àqueles que são cansativos e nos torram a paciência só de vê-los, imagine conviver com eles...eu não suportaria.
ExcluirBeijinho, um bom fim de semana!
Estou completamente de acordo minha amiga e aproveito para desejar um bom mês de Novembro.
ResponderExcluirAndarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Conheço um empresário que comprou um carrão, qualquer coisa à volta dos 200.000 €. Então, a sua grande felicidade não era andar com o carro, era estacioná-lo numa movimentada avenida em frente ao mar, sentar-se perto e ouvir os mais variados comentários. E, muito feliz, contava que os que lhe davam mais gozo era quando as pessoas diziam que devia ser de algum jogador de futebol, talvez até do Cristiano Ronaldo...
ResponderExcluirEnfim, ser feliz é um atributo pessoal e intransmissível... mas, no essencial, é uma espécie de opção, andar satisfeito com o que se tem e se é, ainda que sem deixar de querer mais e melhor. Muito simples...
Uma crónica magnífica, gostei imenso.
Taís, tenha um bom fim de semana.
Abraço.
Um excelente tema para reflexão. "[...Pelo que o ser humano já fez, pelo traçado de nossa história, pelas nossas conquistas e descobertas para a humanidade, não há dúvida que somos inteligentes. Mas a nossa desgraça aparece na mesma proporção."...)
ResponderExcluirGostava de acrescentar só uma questão em forma de pergunta: ser simples e honesto é, forçosamente ser-se menos feliz?
Obrigado, Amiga por seres tão perspicaz . Parabéns por no-lo mostrares.
Beijo
SOL
A felicidade engloba muitas coisas, viver de acordo com que se ganha, ser honesto, ter a família que sonhamos, ter um temperamento tranquilo, um bom caráter, bom pai, bom marido, boa esposa, sentir-se realizado, ter um coração generoso, sentir-se amado... pra mim, isso é o que mais pesa, logicamente não falo em pobreza/dinheiro. Isso é outro departamento. Falo no exagero, na ostentação, na vaidade pura e simples.
ExcluirEspero ter respondido sua pergunta, amigo Sol!
beijo, um bom domingo!
Perfeitamente!
ResponderExcluirNalgumas reflexões práticas, o que é corrente não "cabe" no verdadeiro sentimento de Amor, igualdade, fraternidade, ou, pelo menos não nos é perceptível ao modo de sentir. Daí a minha questão que não quis explícita entre o malfadado status do poder/dinheiro e a falta de muita coisa.
Sabe!já vi de tudo e muito me senti magoado ( e continuo a estar) e como que a sofrer esse desagrado.
Obrigado pela tua sábia resposta.
Beijo
SOL
Querida amiga Tais, se dúvidas houvesse (eu não tinha) esta crónica comprova que és uma excelente cronista.
ResponderExcluirPegaste num conceito difícil de definir mas com desenvoltura, escrita fluída e humor doseado construíste um texto magnífico, que exige releitura e reflexão. E os dois últimos parágrafos, amiga, são arrebatadores.
A vida é um jogo. O ego nunca tem que chegue. Invejamos vidas perfeitas, talentos e bens materiais. Tanto cobiçamos a vida dos outros que nos esquecemos de viver a nossa. Seriamos mais felizes se todos tivéssemos tudo?
Poder, dinheiro, carros, casas, aparelhos de televisão, etc., etc., proporcionam boas sensações, mas nunca felicidade. A felicidade é um estado de espírito, um colar de momentos felizes que guardamos no coração. Quem a procurar no exterior, numa dependência descontrolada dos bens materiais, em vez de sonhos terá pesadelos.
Gostei muito. Parabéns!
Beijo.
Tais, como sempre, esta cronica está cheia de razoabilidade. O piores ricos são os novos ricos, esses fazem as asneiras todas para se insinuarem. Os que já nasceram ricos, a linha deles é normal, é o saber estar confortáveis, sem ser extravagantes. De facto a riqueza nunca garantiu felicidade, está existe só dentro de nós... É própria de nós que se irradia à volta.
ResponderExcluirbjs
Olá! Matando saudade do seu cantinho lindo!
ResponderExcluirComo sempre minha querida nos surpreende com suas crônicas e esta está mais uma vez perfeita. Os sonhos muitas vezes viram pesadelos na vida real e isso é o que devemos temer. Amei o tema, parabéns!
A amizade se enriquece com sentimentos bons quando o coração descobre a grandeza fraternal da vida. Hoje domingo, dia de descanso, mas também de visitar amigas e amigos queridos.
Que seu dia de hoje seja marcado por coisas felizes e que em seus lábios esteja o sorriso da felicidade! Um ótimo Domingo.
Abraços
Realmente quanto mais se tem mais se quer e vemos que há quem leve uma vida agitadíssima para conseguir mais e mais. Por mim, também considero que ter o necessário já nos traz alguma tranquilidade. E a vida é tão curta, não é querida Taís? A felicidade é uma utopia, mas podemos beliscá-la um pouquinho.
ResponderExcluirBeijos, amiga.
Boa crónica!
Pois é, Tais, ainda bem que a minha Ferrari ainda não saiu da concessionária. Não tenho como pagá-la. Mas a vida com dinheiro é outra coisa! É o que alguns dizem! Nunca pensei nisso, tampouco quero fazê-lo agora. A minha vida sempre foi pautada na simplicidade. "Começaria tudo outra vez, se preciso fosse". Sem tirar, nem pôr. Mas o que você diz é "é uma verdade nua e crua". Se eu usasse chapéu, só o colocaria na extensão dos meus braços. O pior é que para amealhar, alguns terminam por descuidar não só tempo, mas até do amor...
ResponderExcluirUm beijo, minha amiga Tais!
A sociedade está se tornando mais consumista - a vida se tornou bem mais acessível, mas o excesso sufoca. Lembro da minha tia comigo no supermercado mostrando os primeiros sabonetes brasileiros - phebo e alma de flores, ainda vendidos. Na época em que ela era adolescente, eram muito caros e quase ninguém tinha condição de tê-los. Imagina que hoje eu consigo encontrar muitas vezes por 99 centavos! E levo vários para casa. A vida hoje está mais confortável, há dez anos não tínhamos todas as coisas que temos hoje. Mas, em contrapartida, nunca se gastou tanto dinheiro em antidepressivos e ansiolíticos. As relações são fugazes, tem pessoas que se casam 4 ou 5 vezes. Muitas amizades são fúteis e falsas, interesseiras. De um lado evoluímos tecnologicamente, por outro lado enfraquecemos nossa humanidade.
ResponderExcluirCostumo afirmar, que se riqueza desse mesmo felicidade... Christina Onassis ainda hoje seria viva... e contudo... há sempre mais qualquer coisa... que nunca se consegue comprar... como amor-próprio... paz interior... são pequenos exemplos, do que às vezes nos falta... até quando se tem quase de tudo o que o dinheiro compra...
ResponderExcluirMais uma excelente crónica, por aqui, Tais! Adorei ler!
Beijinhos
Ana