(poema reeditado nesse blog, clique aqui.)
DESENCANTO
Eu faço versos como quem chora
De desalento… de desencanto…
DESENCANTO
Eu faço versos como quem chora
De desalento… de desencanto…
Fecha
o meu livro, se por agora
Não
tens motivo nenhum de pranto.
Meu
verso é sangue. Volúpia ardente…
Tristeza
esparsa…
remorso vão…
Dói-me
nas veias. Amargo e quente,
Cai,
gota a gota, do coração.
E
nestes versos de angústia rouca
Assim
dos lábios a vida corre,
Deixando
um acre sabor na boca.
– Eu
faço versos como quem morre.
__________________________________________
__________________________________________
(Teresópolis 1912)
Manuel
Bandeira – Uma Antologia Poética, L&PM Pocket pág 26
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís