25 de novembro de 2014

EM CRISE!


          
           - Tais Luso de Carvalho

Numa época da minha vida - lá pelos meus 14 anos - eu achava muito chique alguém dizer que estava em crise. Quando alguém de mais idade falava em crise existencial e que fazia terapia,  eu achava o máximo. 

Desvendar todos os porquês e o que nos afligia era encantador. Complicadas e indecifráveis filosofias de vida  sempre encantaram os adolescentes e principalmente aqueles com ideias de vanguarda. Conhecer-se era maneiro, como dizem hoje. Mas eu não tive muitas crises. Minha adolescência não foi muito conflituosa. O esporte se encarregou de me enquadrar numa boa disciplina.

Já adulta, eu gostaria de ter tido mais papos com algumas pessoas, mas vi que pouco adiantaria, pois o conflitado muitas vezes não se dá conta de que sua crise é tamanho família, e o negócio piora. O ouvinte vira uma bengala emocional. Dar palpites  em assuntos delicados para um ser conflitado é coisa pra cachorro grande, pra terapeuta experiente.

Hoje temos crises para todas as categorias, tipo vitamina de A a Z. Estamos acostumados a conviver com problemas. Alguns problemas, tiramos de letra, outros nos matam aos poucos.

Atualmente vivemos uma crise coletiva,  tipo verde/amarela. Os companheiros não enxergam bem, devido a uma grave catarata... O país inteiro está à beira de um ataque de nervos e tudo continua lindo – desde que o sol brilhe e o mar amanse. Uma crise difícil de resolver, difícil de encontrar a ponta certa do nó - parece nó de marujo - nunca desata. Fico apenas  pasma, e só me pego folhando os jornais e dizendo: 

- Que loucuuura! Que horrooor! 

Não consigo dizer outra coisa ao abrir o impresso. Estou viciada em em notícias, em telejornalismo. O negócio ficou meio fóbico. Sei lá, que os deuses me ajudem. 

Talvez esteja na hora de parar de ler os jornais; de escutar rádio; de ver televisão, de sair à rua, de beber leite, de desconfiar do desconfiável. Quem sabe rumar para um mosteiro. Ando com ideias de me tornar monja. Só escutar piu-piu de passarinho e rezar pela humanidade. 

Estou com medo de entrar  numa crise, mas não aquela lá da adolescência  que esqueci de viver. Uma pior: tamanho nacional!





39 comentários:

  1. rssss... Temos que rir,Taís, pois se formos levar à sério tantas barbaridades que lemos ou vemos, ficamos piradas da Silva! A coisa anda braba e temos que nos policiar pra não ficarmos umas reclamonas de plantão,rs bjs,chica

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    1. A coisa está demais, Chica, temos de desgrudar de muitos noticiosos, há muita poluição em nossas cabeças que não servem pra nada. Um tumulto. Mas fomos, há anos induzidos a participar de muitas coisas, o que hoje acho que não foi bom. Paga-se um preço. No mínimo um certo desconforto e aborrecimentos no nosso dia a dia. Acho que temos coisas bem melhores pra fazer.
      Beijos!

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  2. Acho que o mehor a fazer é nos tornarmos monjas...rs
    Essa eu gostei, Tais
    Parabéns pela crônica.
    Amei ler, amiga.
    Um beijão de
    Verena e Bichinhos

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    1. Oi, Verena, só mesmo levando assim, mais leve...
      Obrigada pela presença sempre querida, tua e dos bichinhos!
      Beijo!

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  3. Bem Taís, também ando incrédula com o humano que detecta algum tipo de poder - "podres poderes"... Leio, ouço e assisto muito jornais e televisivos em geral. Conclui que nada posso... ou posso pouco diante dessa inversão de valores. Fui criada a ter o que era meu somente. Nada de diferente que eu trouxesse para dentro de casa, mamãe permitia. Tinha que ser devolvido ao dono! Hoje surrupiam nosso patrimônio, nosso capital e investimentos públicos e ainda comparecem dizendo "ser normal cobrarmos / pagarmos propinas"!! Então passei a me desligar, a ler textos leves e de boa energia, a poetar, ouvir belas músicas instrumentais e boa. Parti para a "esclerose mental"... embotei-me na minha concha, pois dizia Rubem Alves que "Ostra feliz não faz pérolas"... então lá estou com farta produção. Meus neurônios agradecem. Adorei sua crônica! Comicidade pura!
    Abraços.

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    1. Olha, Célia, hoje não se ouve mais "devolve porque não é teu". Hoje é "pegar o que pode!". A mídia nos levou a participar e realmente tínhamos a intenção de construir um país melhor - o que já constatei ser coisa muito difícil. Tapa-se um buraco aparecem mais 100 ao lado. Também leio bastante, escuto música boa, textos, adoro ler poesia. Só tenho de largar de mão notícias que nos puxam pra baixo. Realmente escuto e vejo muita coisa que merece ser descartada.. Mas vou seguir mais a tua 'trilha'... Ganha-se mais qualidade de vida. Obrigada!
      Beijo, Célia.

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  4. Essa crise que os jornais nos mostram é mesmo assustadora, Tais. Não há terapeuta que dê jeito. E não consigo deixar de acompanhar os fatos e dizer, como você : que horror! O buraco fica cada vez mais fundo. Pena que a água não surge de lá (rss). Brinco, mas me preocupo, porque quem aguenta as consequências somos nós. bjs.

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    1. É lógico que quero largar um pouco, fará bem, mas o pouco que se escuta já encuca. O problema é 'sobreviver' com esse barulho todo. Não pude deixar de ouvir o tamanho da aposentadoria 'especial' dos deputados daqui do Rio Grande: R$ 20 mil. Dá pra votar nessa gente? O salário da Presidente não chega a 20 mil. Olha o absurdo.
      Claro que a indignação é total. Vamos esperar pela palavrinha do governador atual.
      Por isso penso em viver no Butão, rss.
      Beijão.

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  5. Tais, eu também tinha o vício de ler todos os jornais, revistas semanais, periódicos, e tudo aquilo que a mídia me jogava aos olhos ou nas mãos. Até que me cansei das exclamações de "que horror! que tristeza! que crueldade! onde fica a justiça nisto tudo?" expressões que davam conta da minha incredulidade ante tanta coisa ruim noticiada, e resolvi "filtrar" toda esta impureza que tanto mal me fazia. Hoje aciono a Internet para ver as notícias que me vão trazer algum benefício, acrescentar algo ao meu conhecimento. E é só!
    Uma colega que adora esse tipo de imprensa, falada, escrita, fofocada, me disse:
    "o fato de você não querer ver as coisas ruins que acontecem no mundo não vai impedir que elas aconteçam"
    Concordei com ela, mas argumentei que, pelo menos elas não estariam me afetando ao exacerbar os sentimentos de revolta, de tristeza, de não poder fazer nada, que tanto me prejudicava o emocional.
    Tua postagem é preciosa pelos aspectos abordados e pelas reflexões que enseja, pois como bem disseste:
    "Atualmente vivemos uma crise coletiva, tipo verde/amarela."
    E eu me pergunto: quando será que esta crise vai passar? E será que um dia ela vai passar?
    Sabe Tais, a imagem do Mosteiro Taktsang me pareceu tão atraente! E a vontade de estar num lugar assim tão distante de todas as mazelas do mundo fez com que o Butão me parecesse ser logo ali... Um lugar fácil de se chegar!
    Parabéns por mais esta brilhante postagem!
    Que te cheguem sorrisos e estrelas para enfeitar o teu olhar quando o medo de entrar numa crise tamanho nacional chegar com mais força...
    Helena

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    1. Oi, Helena, concordo contigo quanto à tua colega:
      "o fato de você não querer ver as coisas ruins que acontecem no mundo não vai impedir que elas aconteçam".
      Mas se eu sei onde está o lixo, não preciso comer para atestar que é lixo. Sabemos que existe. Então você gostou do Mosteiro? rss Dá vontade, sim! Só que não é tão fácil de chegar, aquela subidinha leva 4 horas!!
      Comecei a filtrar, não quero mais participar tanto! Um pouquinho, apenas, para não me sentir fora do país. E saber me defender.
      Um beijão, meu carinho.

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  6. Gostei da ideia de se tornar Monja.....Esse
    cérebro nunca pára...!!! hahaha
    Xau 'madre Luso'....Bela crónica..
    Quando escreve, parece sempre que fala do
    que se passa neste pequenino Portugal..Parece
    que um não quer ficar atráz do outro...no mal..
    Abraço

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    1. rsss, gostei da 'madre Luso'. Só lá que a humanidade deve encontrar um pouquinho de paz. É... Portugal e Brasil são bem aparentados. Irmãos?
      Abração, Andrade!

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  7. Olá querida amiga,Tais vi que mesmo eu estando ausente do seu belíssimo blog você continuou me visitando, obrigada. Hoje, nosso mundo está todo ou quase todo tomado por crises de diferentes espécies, o que nos dá a vontade de ficar sozinhos em algum lugar ou melhor fugir para não ver tantas barbáries. Eu já deixei de assistir muita coisa, não leio muita notícia ruim, mas mesmo assim fico sabendo. O que me faz sofrer, mas tenho a certeza de que faz parte do nosso viver. Belíssimo mosteiro você escolheu, hein! Mas será que seria bom ser apenas uma monja e nada fazer para melhorar algo por aqui? Amiga, fiz uma quebradura feia no pé direito, isso aconteceu antes de eu embarcar para Belém, dei uma viradinha na escada, lá em Belém o ortopedista afirmou que eu não tinha quebradura, meu pé estava horrível, mas ele afirmou isso, pois não havia máquina de raio X lá, coitados.Aí fiquei 15 dias andando com dor e remédios fortes para suportar, quando cheguei em União o médico só de olhar já afirmou que havia quebradura , fiz o raio X na hora e ficou constatado que havia uma grande quebradura e que já estava formando calo de osso, mas errado, por isso quase não posso ficar muito tempo com a perna para baixo. Por isso, estou aos poucos, visitando meus amigos. Grande beijo!

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    1. Claro que continuei visitando, queria saber de sua viagem! Por sinal, bem divertida...
      Mas Marli, não tinham raio X? Como pode!!? Mas você ainda teve sorte, a tempo.
      Pois é, amiga, mas que dá vontade de sumir, ah dá! Não vejo saída, amiga, é muita corrupção. O Mosteiro, lógico, é força de expressão... Gostaria, sim, que fôssemos olhados diferente, aqui mesmo. Mas não descarto a minha total insatisfação e uma vontade de morar noutro lugar. Onde houvesse seriedade.
      Um beijo! Melhoras pra você, Marli.

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  8. Olá Tais,

    Creio que o seu medo é o mesmo de todos aqueles que se inteiram diariamente do noticiário. Impossível não entrar em crise diante dessa crise não existencial (verde/amarela). Perdemos a serenidade ante o conhecimento dos fatos que desequilibram não só o país, mas o nosso emocional. O medo está se transformando num monstro difícil de ser combatido. Haja terapeutas para dar conta de pacientes em massa. Vejo os noticiários com certo mal estar. Acabo ficando irritada com tanta incompetência e omissão. Sofro ao ver os doentes sem atendimento médico adequado nos postos de saúde. Fico estarrecida com policiais bandidos e com bandidos matando policiais que estão honrando sua farda.Fico perplexa diante da crise de água. Fico chocada com a roubalheira e a impunidade. Enfim, são muitos a fatos que nos levam a sonhar com um lugar assim, como o belo mosteiro Taktsang. #Oremos!
    Mais uma excelente crônica.
    Suas crônicas sempre oferecem uma agradável leitura.

    Beijo.

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    1. Pois é, Vera, você fez uma síntese como todos nós nos sentimos. Não é que eu seja pessimista, mas não sou idiota. Estou passando direto de tudo que fala em política, cheguei a uma fase de estafa, Acho que rápido, no lugar de horror, vou dizer:
      "Não diga, eu não sabia!!". Vou ganhar saúde. Mental!
      Um beijo!!

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  9. Minha amiga também me sinto assim. É um cansaço. Em Portugal está um
    CAOS!... Desconfia-se de tudo e todos!!!
    Que situações mais melindrosas!!!
    Desejo que se encontre bem.
    Bj.
    Irene Alves

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    1. Oi, Irene, sei do caos de Portugal, amigos portugueses não se calam, também. Aqui falamos muito da situação de vocês aí. Temos pena de nós e pena de vocês.
      Sorte pra nós todos!!
      Beijo!

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  10. Oi Taís, para variar eu já tinha passado por aqui e devo dizer, suas crônicas são como vinho, a gente tem que ir sorvendo e absorvendo cada gole (no caso, cada palavra) para poder dar uma opinião pelo menos razoável, que nem sempre atinge a altura da tua inteligência.
    Resolvi criar coragem para comentar hoje por dois motivos: tive meu momento de monja ontem e hoje de manhã me deparo com "a realidade" das redes sociais.
    Sou dessas que fala primeiro das coisas ruins para depois as boas para aliviar. Pois bem...
    Estávamos nós debatendo uns assuntos sobre medicação em um grupo do Facebook onde há pessoas com o mesmo transtorno (orgânico!) psiquiátrico, quando entra um indivíduo e diz que a "cura" está em meditar.
    What???? WTF??? huahuahuahuahuahau!
    Só nos restou rir de tamanha ignorância. É o mesmo que pedir para um diabético "ir pescar" para sua insulina normalizar, já que se trata de algo também orgânico, só que quando é mental, as pessoas acham que tudo é preguiça, corpo mole, falta de força de vontade, que dá para viver sem os remédios sem literalmente surtar.
    É incrível como essa vibe do "ser elite" ter crises ainda não acabou. Ainda tem gente sem problemas psiquiátricos graves, entrando nestes grupos para dar pitacos na vida de pessoas que estão realmente doentes e procurando se ajudar! Chega a ser revoltante com o passar dos tópicos o tanto de ignorância que a pessoa defeca pelos dedos, dizendo que "venceu" tal transtorno "na raça". Misericórdia!
    Quanto a jornais, noticiários, eu acho que não estou bem para absorver isso não (como se não sentíssemos a crise a uma simples ida ao supermercado né?) e sinto que estou até me alienando com programas "fofos" do Animal Planet ou assistindo Bob Esponja na Nick.
    Será isso bom ou ruim? Realmente não sei.
    Eu só espero, de coração, que a amiga não entre em uma verdadeira crise desse tamanho nacional, porque entrar é fácil, sair que é difícil! Haja Rivotril na causa!
    E falando de momentos bons, tenho que compartilhar com minha top comentarista. :)
    Ontem eu e uns amigos resolvemos nos reunir em uma fazenda, sem pc, sem conexão wi fi (para ninguém dar suas escapadinhas viciosas via celular), só cantoria, natureza e arroz carreteiro feito NO FORNO A LENHA! Você acredita nisso????? Eu achei O MÁXIMO Taís! Nós agora combinamos de repetir a dose todos os meses. Desestressa sabe? Ajuda, é terapeutico.
    Quando cheguei em casa, admito que levei um tempo para voltar à "vida real" do imediatismo da tv e redes sociais. Dormi um bom sono como não dormia há meses! Foi uma viagem que valeu tanto a pena.
    Confesso que senti uma ponta de inveja daquela gente que mora lá, onde tudo é calmo e a vida parece passar bem devagarzinho... Eu me senti dentro de um poema de Manoel de Barros, juro.
    Ô coisa boa!
    Vamos relaxar um pouco amiga.
    Beijos minha querida e um ótimo (e tranquilo na medida do possível) fim de semana para ti.
    O bom de voltar é que já estava sentindo saudades. :)

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    1. Oi, MI, mas você veio com gás!! rss Você disse coisas tão certas. Bem vou por etapas: meu momento de monja ainda não chegou, estou trabalhando pra isso, é a liberdade e tranquilidade a que me proponho.
      Sobre as redes sociais, entendo rss. Mas não faço parte de nenhuma, embora sei como funcionam. Sei como o pessoal se comporta.
      Sobre a tal 'cura', você falou em meditar!! rss. Acho que não nasci pra meditar, nasci para decidir logo o troço, não tenho muita paciência pra certas coisas que são óbvias. Muitas pessoas têm a mania de enfeitar sintomas, doenças. Se a coluna vai pro brejo; se temos dor de estômago, na vesícula, na mão... tratamos com remédios, assim como enxaqueca, dor de ouvido etc. Por que tanto mistério com a cabeça, com a mente? Isso tem um nome, amiga, preconceito!
      Que ótimo foi esse seu passeio. Por tudo que você contou, me neguei a ter Smartfones e assemelhados. Comprei e não gostei. Saio para a rua com um celular que fala e atende, só. O suficiente para me comunicar com a minha família. A internet é só em casa.
      Acho ótimo esse desligamento que você fez. Nas férias, quando saímos, não levamos nada de virtual, sem essa loucura. De vez em quando vou na sala do hotel e baixo os emails, só.
      Querida, ótimo você aqui, procure viver sem estresse. Estou me distanciando de notícias ruins, de política, e da batelada de noticiosos, principalmente. Se alguém tem de se preocupar, não sou eu.
      Beijo grande!!!

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  11. ...Estou com medo de entrar numa crise, mas não aquela lá da adolescência que esqueci de viver. Uma pior: tamanho nacional.

    Acredito que nessa crise que tanto temes, nós já entramos já há algum tempo. Bela crônica Taís!

    Abraços e um ótimo final de semana para ti e para os teus.

    Furtado.

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    1. rsss, sim, mas pode piorar!!!! Esse é o meu medo, por enquanto eu administro. Mas não sei até quando!
      Grande abraço, Furtado!

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  12. Olá,Taís
    pura verdade, ligamos a TV, lemos jornais, escutamos rádio, navegamos pela internet e vemos, lemos ou ouvimos tantas informações que não sabemos mais o que é realidade , o que é verdade, o que é mentira.E o pior que vem , prolifera e permeia por toda sociedade , envolvendo todo nosso modo de vida ...não podemos é perder a capacidade para discernir, porque fatos são deformados para validar opiniões. E nessa época de constantes distrações e com múltiplos apelos , tudo se torna realmente poderoso para se instalar uma crise , ainda mais num estilo de vida célere, com rotinas e hábitos nocivos e limitativo do poder de escolha. Enfim, seja qual for o tipo de crise -como escrito acima, temos crises de A a Z podemos não saber como sair de uma crise, mas que sairemos, sabemos. Mais cedo ou mais tarde, sairemos. E o problema é mesmo esse. Pode ser tarde demais.
    Boa noite, Obrigado pelo carinho,belos dias,beijos!

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    1. É verdade Junior, notícias são dadas e manipuladas. E nos contagiam, sem dúvida. Penso que estamos todos cansados com tudo isso. Mas vamos em frente, tentando pisar em terreno menos alagadiço. Pensou bem.
      Obrigado pelo carinho da visita, bjus! Volte sempre.

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  13. Olá.Tais Luso.
    Bom tudo.

    Vim, desejar-te, um fim de semana, bem bom.
    Muita Paz. Desejos de alegria. Certeza sim, que independente da tua religiosidade, o Criador, está sempre de plantão, olhando por mim e por ti, e nos convidando, a refletir sempre, que o melhor do mundo, somos nós, os seres humanos. Por isso, somos humanos e, criados, à sua semelhança.
    Dito isto, te convido a vim " cumê' um "manuê" cá no meu blogue.
    Um abraço.

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    1. Olá, José, gostei do seu comentário, muito obrigada.
      Darei um pulo por aí, lhe fazendo uma visita sempre agradável. Vou ver o que é manuê!
      Grande abraço!

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  14. Brincando, brincando, há anos que eu não assisto televisão, não sei se disse isso aqui já, costumo repetir histórias. Me tornei um alienado convicto, se atualizar de que assistindo televisão, quero não obrigado, dispenso! Uma simples tangerina que eu sentei pra degustar diante da TV me deixou horrorizado enquanto assistia um tal de Amor e Sexo, quanta bobagem, socorro! Deviam passar esse programa domingo a tarde junto com Eliane e afins. Antigamente era mais simples, invejava quem tinha quebrado o braço, rs... Até, Menina de Ouro, mais uma cronica deliciosa, teu talento é cronico nesse estilo. Beijos! Ah, esse texto me lembrou esse vídeo dessa turma ultrajante, repara:

    https://www.youtube.com/watch?v=dH1MeiyEKQg

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    1. Também 'passei' por esse programa!. Claro, subindo os canais pegamos coisas do arco. Já estou no exercício de 'alienação'. Mas decidi algo que só nos beneficia: lerei muito mais poesia! Tá bom pra você? rs Vou lhe fazer concorrência!
      Na verdade o mundo precisa de mais poesia, música e literatura. E de flores, pra não dizer que não falei nelas.
      Bjus, obrigada, Fábio!
      (já vi que você postou...)

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  15. Acróstico
    A crise

    Talvez tanto quanto demais gentes
    Alma inquieta dessa fecunda autora
    Instigando tanto corpo como mente
    Subtrai dentro de si livre sonhadora.

    Luta sem trégua a crise existencial
    Usurpa sonho deturpa criatividade
    Sem pejo, sem clemência esse mal
    Oblitera o talento e cérebro invade.
    Desde muito cedo a autora entende
    Estar a mercê da lambança nacional
    Como se houver um maldito duende
    Atacando os bons costumes e moral.

    Resulta alguém que a ela psicanalise
    Veja dentro de si algum bom caminho
    Algo que certamente bem se enraíze.

    Logo com muita paciência e jeitinho
    Haverá de livrar-se da maldosa crise
    Onde houver dor substitui o carinho

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    1. Um acróstico? Que gentileza, Jair! Li e reli linha por linha.
      “Estar a mercê da lambança nacional”. Pura verdade, tanta desilusão!
      Como disse aos outros amigos, quero sim me afastar do reboliço, do desencanto. Fui entrando num vício de ler e escutar todos os veículos de informação. Não vejo novela e viciei em noticiosos. Como disse ao Fábio (acima), lerei mais poesia! Bem mais.
      Grande abraço, Jair, muito obrigada.

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  16. Oi Taís!
    As crises da adolescência que você tirou "de letra" foi fácil, além do esporte, porque você tinha uma vida inteira pela frente! Agora a coisa é bem pior, porque tudo o que fizemos, tudo o que acreditávamos estar construindo, parece desmoronar feito castelo de areia. Acho que grande parte dessa nossa querida nação, tem a sensação que não estamos no mesmo país da nossa juventude! Pior é que sem a esperança de uma luz no fim do túnel!
    Um forte abraço e bom fim de semana!

    VitorNani/Hang Gliding Paradise

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    1. Também penso que não estamos no mesmo país. Mas a gente tinha sonhos tão bonitos! Se tiver alguma luzinha, não percebo.
      Grande abraço e bom domingo!

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  17. Tais, minha Querida
    (Sobre)Vivo em Portugal e confesso que não lembro da data em que tudo ia bem, quero dizer: sem crises!...
    Crise de valores, a mais notória, nem necessitava de muito investimento.
    Também já me tentei pelo eremitério, mas não (acho que) resulta.
    Entendo que tudo não vai pelo melhor e, por isso, vou tentando flutuar sobre o mar (morto) da informação.Essa, Amiga, engloba toda a crise de valores e...
    Os Países e as pessoas habituaram-se (???) a "nadar" no meio das crises.
    Actual, pertinente e necessário este teu texto.
    Parabéns.


    Beijos


    SOL

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    1. Olá, amigo Sol! Na verdade, o que todos nós almejamos é viver uma vida de qualidade em todos os sentidos. Até que o que depende de nós, podemos resolver. O duro é quando esperamos que nosso país faça a sua parte e constatamos que "eles" não estão nem aí para o povo. Servem-se. Banquete. Estou a par e lamento também sobre Portugal, tenho queridos amigos daí e que até perguntam: Taís, você está falando de quem, de Portugal o do Brasil? rss, Somos irmãos até na desgraça!
      Bjus. obrigada pela sua visita sempre querida.

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  18. Boa tarde Taís.
    Quando cheguei aqui e li seu texto, sorri.
    Dia destes também não resisti, mais uma vez, e publiquei minha indignação perante nossa crise "tipo verde/vermelha" que vem a ser muito semelhante à do meu amado Brasil "verde/amarela", com sutis diferenças em alguns detalhes e nos protagonistas, claro está.
    Mas não sou só eu, não é só você. Correndo os blogues, encontramos muitos amigos, cada um à sua maneira toda própria, se indignando, se pasmando e apresentando um cansaço que já nos assola. Porque o desgaste emocional dum povo inteiro é enorme.

    Realmente, também eu, às vezes desejava ir para alguma aldeia longínqua onde não houvesse risco das notícias me alcançarem.
    bj amg

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    1. Olá, Carmem, bem-vinda ao blog - uma nova amiga.
      Isso que você fala, da nossa insatisfação com nossa pátria, é normal, mas muito dolorido, uma vez que nossos sonhos se desfazem. Não era o que queríamos. Sonhamos com o que nos prometem, essa gente que nunca pensa no povo. Mas há muito que cai na realidade, apenas de vez em quando desabafo. Então me veio um lugar de fuga e de paz: um mosteiro, esse aí em cima, rss. Não levaria rádio, Internet e nem televisão. E jornais, nem pensar. Levaria minha família e meu cãozinho. Todos seriam monges!! Olha eu sonhando...
      Beijos!

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  19. Minha mui estima amiga Tais, senhora de minha lucidez, eu já fui um adolescente consciênte das necessidades que não podiam ser supridas, mas com uma queda para o drama, ou seja, criava crises...talvez reflita um pouco hoje, no meu tormento, que está só nos escritos agora rs, tanto quis crise que arrumei umas rs... mas deixando a brincadeira por um instante, quero continuar o que iniciei coinversando contigo lá no blog...sabes que sempre fui muito viciadinho em telejornal, mas está demais, ou as coisas estão acontecendo sem controle nenhum, porque apesar de existir uma imprenssa marrom (se usa isso ainda rs ?), acontecimentos falam por si; acabou a vergonha, se rouba e se dá entrevista para tv na maior cara de pau, votam salários milionários, comparado com o mínimo, dentro de uma legalidade que se torna imoral. É minha amiga, onde vai parar, que dizer, a que profundidade nosso país afundará mais?
    Querida Tais,sempre maravilhoso trocar idéiaseler teuis escritos, aqui contigo.
    ps. Carinho respeito e abraço.
    ps. Teus comentaristas estão cada vez melhores.

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    1. Oi, Jair (rss) se Maomé não vai à montanha, à montanha vai a Maomé. Quero dizer com isso que crises sempre estarão presentes. Por pouca coisa a gente faz uma crise. É só escolher o tamanho que se quer. E pior; se não fazemos, aceitamos as vindas de fora, o que acho pior. Eu sou perita em aceitar rsss. Não adianta, amigo, vivemos numa Aldeia muito louca. O bom é quando conseguimos sair delas. Quanto a esse país (que não tem vergonha na cara), o melhor é escutar e ler o menos possível, tenho a sensação de que vou pirar com nossa política e nossa corrupção. Acho que vou começar a escrever sobre flores, frutas e passarinho. rs
      Grande abraço, amigo, sempre ótimo ter você por aqui.

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    2. Amei escrever sobre frutas, flores e passarinhos rsrsrsrsrs...é bom demais conversar contigo...carinho respeito e abraço.

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís