3 de novembro de 2019

PAIS E FILHOS




      - Taís Luso de Carvalho


Defronte a telinha, estou com os Nocturnos de Chopin, prefiro os clássicos quando preciso usar mais o coração. Tudo de nossas vidas está guardado, por vezes esquecido pelas manobras do inconsciente. Um dia aparecem por meio de nossos sonhos, reflexões ou terapias. Somos humanos, imperfeitos.

Quando aportamos nesse mundo somos recebidos com muita alegria e emoção. Com o tempo percebemos ter uma dívida eterna: a dívida de gratidão àqueles que nos deram a vida, que nos cuidaram desde o nascimento.

Porém, chega o dia em que aquela criancinha cresce, entra na adolescência e começam os primeiros atritos entre pais e filhos: começam as acusações, as dissimulações,  mentiras e as mágoas infinitas! Pais e filhos acostumam-se com discussões, sem sentido, por qualquer bobagem. Vira uma miscelânea de sentimentos, embora o amor persista, mesmo que camuflado.  É um sentimento sanguíneo. Muito forte. 

Aprofundando o assunto, pais cobram sempre: te criei, me sacrifiquei, quase morri… Do outro lado os filhos rebeldes: não pedi para nascer! Quem já não ouviu essas baboseiras ditas por adolescentes em discussões familiares no auge das emoções?  

Pois bem, o que fizemos ou deixamos de fazer poderá virar culpa, ou dos pais ou dos filhos. E o mais comum, o que mais se vê, é a dificuldade dos filhos em aceitarem conselhos; aceitam dos professores, do técnico do esporte, da colega da academia, de algum amigo, mas dos pais não! A intimidade familiar parece que não permite mais  conselhos. 

Há uma disputa velada nos meios familiares:  filhos cobram; pais também cobram. É difícil engolir cobranças. Mas quando nossos pais partem fica uma bomba  que só com o tempo conseguiremos desativá-la. E aí começamos a pensar que o relacionamento familiar poderia ter sido melhor, entre as duas partes. Em determinadas situações talvez pudéssemos ter recuado, não discutido por bobagens. Mas em vida ninguém pensa, temos de viver os minutos intensamente sem muito pensar.  
A gente só se dá conta quando o tempo está mais curto; não percebemos que é na família que nasce o amor, é na família onde temos a maior proteção. 
Parece, às vezes, que o amor fica fragilizado onde deveria ser uma fortaleza. 

___________  

 Essa crônica nasceu da  observação de  muitos   relacionamentos
  entre pais e filhos. Não é uma crônica de cunho pessoal.
As  crônicas são do cotidiano.




Beethoven - Für Elise - uma das minhas preferidas. 𝅘𝅥𝅮𝅘𝅥𝅯




49 comentários:

  1. Querida Taís,
    Eu daria qualquer coisa nessa vida, para ter os meus pais, minha avó e minha mulher novamente comigo, pois, sempre fui um bom filho, um bom neto e um bom marido. Mas, a vida nos tira muito, não é mesmo?. Assim, não compreendo, os que tem a possibilidade de conviver com os que amam e, fazem tudo "à talaveira", pois, tudo passa ligeiro demais... Num sopro!
    Lamento que a amiga esteja passando por esse turbilhão familiar.
    A liturgia do "Nocturnos" talvez traga paz para o teu coração. Pois, foi assim que Wolfgang Amadeus Mozart, diz ter se sentindo, quando empregou pela primeira vez uma peça dessas, durante o século XVIII, apresentada numa câmara (concha acústica), em um evento social noturno, ao ar livre (por isso esse estilo ficou conhecido dessa forma).
    Fique na tua introspecção noturna... E tente chegar "em ré maior" aos teus entendimentos do que lhe aflige.
    Beijos no teu coração, minha querida amiga (qual eu tanto gosto de interagir).

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    1. Querido amigo, não estou passando por turbilhão nenhum(rss) estou muito feliz, apenas escrevo tudo o que penso, não é uma postagem pessoal, trago ao blog crônicas do cotidiano! É como um poeta, o que escreve são coisas e sentimentos que perambulam na vida, tristeza, alegria, nada a ver com sua vida pessoal.
      Agradeço o carinho da tua preocupação! Lendo minha coluna lateral, vais ver que falo de tudo o que toca o ser humano. Também coisas hilárias.
      Beijo, uma ótima semana!

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  2. Querida Taís uma cronica no tempo de uma relação, que sempre tem seus altos e baixos e a busca da razão é sempre uma constante. Viver cada instante no seu instante, não carregar remorsos é nossa meta pela travessia, que esperamos seja longa, mas às vezes é tão curta e fica esta gostinho, de que poderia ter sido diferente. Sentimentos e relações humanas sempre uma complexidade.
    Abraços e feliz novembro para vocês.
    Que seja um mês com menos tragedias e horrores nas notícias.
    Mas o óleo gosmento continua aqui pelas praias e dá uma tristeza.
    E a inércia é grande amiga.
    Beijo amiga.

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  3. Querida Taís,
    Fico feliz em saber que não é nada pessoal, só um "andar" aleatório e sincero, pelas coisas da vida.
    Que sigamos felizes, pois, como bem disse Érico Lopes Veríssimo:

    "Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente!"

    Retribuo os teus beijos e o desejo de ótima semana!!!

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  4. Um tema muito importante e refletir sobre o mesmo para evitar o conflito é um ato inteligente!
    Boa semana 🌷

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  5. Buon inizio settimana.

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  6. Perfeita tua crônica e quem não teve confusões com família, pais, filhos ou tudo junto,rs... è normal! Acho que podemos ficar tristes,mas não nos culpar de nada, pois acontece e faz parte da vida... beijos, linda semana! chica

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  7. Esta sua crónica, querida Amiga Taís diz respeito a todos os pais e a todos os filhos. Eu me incluo nela. Sou mãe e tantas vezes houve palavras menos justas que se disseram ou ouviram… Não é nada fácil…
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  8. Como todo en la vida, amiga Tais, apreciamos generalmente mejor lo bueno de las relaciones padres-hijo o la que sea...cuando ya se han terminado.

    Abrazo.

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  9. Concordo perfeitamente Taís. Bela crônica! Infelizmente, somente damos valor as coisas quando as perdemos.

    Beijos e uma ótima semana para ti e para os teus.

    Furtado

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  10. Tua crônica é retrato nítido destas tão atritadas relações.Na mesma medida do crescimento físico surge embates, conflitos de opiniões, cobranças injustas. Como filha e como mãe vivi incongruências buscando apaziguá-las.Umas vezes com êxito, outras nem tanto.
    Altos e baixos compõem o caminhar.

    Bjo e feliz novembro.
    Calu

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  11. Querida Vizinha / Escritora, Taís Luso !
    Este é um assunto por demais complexo, parece-me.
    Cada família tem o seu jeito próprio de se relacionar.
    Conheci, algumas que, acreditavam na "palmatória", como
    eficaz meio de "comunicação", entre os pais e os filhos.
    Não deu certo. Está legalmente proibido. Restaram o amor,
    a compreensão, ainda em fase de experimentação.
    O que virá a seguir ? Não sei.
    Lindo assunto, Amiga ! Parabéns.
    Uma ótima semana, com o meu fraternal abraço.
    Sinval.

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  12. No momento que os filhos saem do ninho essas irritações desaparecerem como neve no sol .
    Abraços



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  13. Uma crônica singular de realidades plurais que só mudam de endereço. Mas, se reeditam bem assim.

    Te convido para ler: 😎 Ratoeira do egoísmo, cilada da indiferença.
    Um abraço. Tudo de bom.

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  14. É assim, querida amiga Rita! Sempre assim, e vai continuar sendo. Quanto ao Noturnos, todos são maravilhosos. Beijo carinhoso,
    Jorge

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  15. Es un tema que todos conocemos. Hemos pasado de ser hijos a convertirnos en padres y madres de una familia. Tenemos suficientes conocimientos y recuerdos de lo que fué nuestra vida de hijos y ahora lo que es la vida de padres. Tenemos suficientes recuerdos para poder reflexionar.

    Besos

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  16. pois é amiga a vida é assim todos nos passamos por esse momento na nossa vida bjs coragem tudo de bom

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  17. Olá, Tais,
    Os Noturnos são sempre um bálsamo.
    A observação final é desnecessária, embora eu a compreenda.
    É assim mesmo. Bem que se poderia exibir com mais frequência no seio familiar as relvas da ternura e mais que isso: protegê-las. Há sempre um tacão feroz e disfarçado ameaçando as relações familiares; é nesta hora que precisamos arrojar a luz redentora, nunca deixar para depois. O tempo do amor é sempre o mais importante, pois cabe aos pais medir o tempo da rebeldia em seus filhos...
    Beijos, Tais!

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  18. Sim, Tais, são relações muito complicadas e sem receitas ou manuais!
    Acho que a falta de comunicação é o grande mal das relações, na verdade de todos as relações.
    Eu já falei esse 'não pedi para nascer', já ouvi palavras que me magoaram no momento, mas com o amadurecimento vamos percebendo nossos erros, tanto pais quanto filhos. E externar, sim é importante e saudável para vivermos em paz com quem nos cerca e principalmente os que amamos.
    Adorei o texto, abraço!

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  19. Olá Taís! Que beleza voltar em teu blog e vê-lo tão vivo!
    Creio que tua crônica nos traz uma reflexão muito profunda acerca da vida. Precisamos estar atentos ao tempo... Dar ouvidos aos detalhes, cuidar mais!

    Um grande abraço pra ti!
    Boa semana!

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  20. As minhas filhas continuam a ser companhia imprescindível.
    Tenho a sorte de ainda querem acompanhar os pais e essa é uma das minhas maiores realizações pessoais.
    Bjs, boa semana

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  21. Tais, minha amiga

    mais um texto exemplar, que apresenta com delicadeza e sensibilidade

    a relação entre pais e filhos é por natureza "conflitual", diria;
    não é certamente, por acaso, que psicólogos/psiquiatras de pendor freudiano
    falam de "o filho matar (simbolicamente) o pai" para se referir ao normal processo de "superação" dos pais pelos filhos.

    e quem gosta deixar o poder de mandar? mesmo que seja nos filhos... rss
    e qual o filho que não quer fazer diferente do pai?

    por isso respeito mútuo, esclarecimento e bom senso são fundamentais,,,

    um texto exemplar, Tais.
    parabéns, adorei ler

    beijo

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  22. Esta reflexión que nos dejas es tan poco personal como sin tiempo pasando de generación en generación.

    Saludos.

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  23. Sabe Taís, como eu gostava de passar por aqueles atritos que tivemos com os filhos...estávamos os dois... Hoje com eles ( e netos) todos grandes e bem grandes, atritos comigo já não há. Eu acho que se ainda cá estou é para os ajudar.
    Gostei muito de mais uma das suas crónicas sempre tão assertivas. E por aqui fiquei a ouvir Beethoven... pensando...relembrando... com tantas saudades....

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  24. Boa noite de paz, querida amiga Tais!
    Como mae, aprendi a nao botar lenha na fogueira... Eu sabia de um atrito de um e de outro e nao contava...
    Noutro dia se encontravam e tudo estava bem sem um saber do atrito do outro.
    Deu certo assim...
    Uma mae e apaziguadora por Amor.
    Pais e filhos sempre tem o que perdoar.
    Muito boa sua cronica como sempre.
    Tenha uma noite feliz, amiga!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

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  25. apetece deixar mais uma flor no alegrete dessa linda janela!
    fiz uma pequena viagem, pessoas de família vieram visitar-nos, compromissos, daí algum tempo ausente dos blogues amigos, mas tudo regressa ao hábito saudável da amizade
    muito bom esse retrato das relações mais ou menos esclarecidas entre pais e filhos,
    um amor que se diz incondicional mas que nem sempre é assim, há vários níveis, mas discussões haverá entre todos
    mas é uma ligação ímpar que tem sustentado alguma dignidade na nossa cultura e civilização :)
    beijinhos, votos de um dia feliz
    Angela

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  26. Tais,
    A vida é assim mesmo desse jeito.
    Na verdade: em família tudo se acerta
    um dia.
    Adorei ler, alias como em todos os
    textos seus.
    Bjins
    CatiahoAlc.

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  27. Con la experiencia, después de conocer a unas gentes que adoran a sus padres y a otros que los odian y les culpan de todos los males de sus vidas, surge un interrogante: Por lo general, esos padres culpables ¿De verdad fueron tan inútiles? Hoy creo que no.
    Que más bien dependerá de que eso que entregaron a sus hijos en su crianza, fuese exactamente lo que los niños valoraban.
    ¿Amor y cuidados? ¿Bienes materiales? ¿Cercanía?.
    Niños que han vivido rodeados de confort y caprichos, hoy reprochan a sus padres que no los abrazaran más.
    Otros cuyos padres vivían pendientes de ellos, sus niños acabaron despreciando su falta de ambición echándoles en cara que no les hubieran proporcionado más lujo, idiomas, un buen coche y las últimas zapatillas de moda.
    Así que más valdrá no intelectualizar mucho el tema. El acertar no siempre está en manos de los padres.
    Un beso desde Barcelona.

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  28. Os conflitos de gerações intrafamiliares são sempre inevitáveis, muito embora tudo possa ser minimizado quando o amor que estrutura a família, seja ela qual for, for a expressão mais genuína dos afectos sentidos com sentido.
    Um abraço.

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  29. O tempo da adolescência é, de facto, o mais problemático, mesmo com pais conhecedores do fenómeno e capazes de grande dose de humor...
    É tudo saudável, é crescimento, os jovens a conquistarem a sua independência, pais e filhos a determinarem limites, mesmo depois de serem avós e pais...
    Aprendendo sempre...
    Importante é nunca ultrapassar os limites do respeito pelos pais e pelos filhos.
    A dramatização destes episódios pode, como bem referiu, causar transtornos psíquicos que podem vir a ser muito sérios, ou mesmo patológicos.
    E, como tão bem afirmou, viva a família, viva o amor bem vivido, celebrado e não escondido.
    Um assunto sempre na ordem do dia, parabéns pela crónica, querida Amiga.
    Abraço carinhoso.
    ~~~~

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  30. É, o mais difícil, é quando essas magoas não passam, elas se perpetuam e sofremos, por uma vida inteira...
    Beijinhos com carinho!!!

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  31. Olá, voltando das férias e te fazendo uma visita, Taís.
    Música e crônica muito boas. Família é coisa preciosa e devemos valorizar. Os atritos e machucados acontecem em qualquer uma, mas o caminho é o perdão e a busca das melhores "alternativas" para a convivência. Relacionamento é algo complexo, mas com amor maduro podemos encarar todos eles... Rsss!
    Abçs

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  32. Nesta crônica, que tem por título “Pais e Filhos”, a cronista demonstra a sua sensibilidade para tratar de um assunto muito delicado, que certamente interessará à muitas pessoas, sejam elas pais ou filhos. Esse relacionamento familiar não passa (como não passou) despercebido de ninguém, pois os conflitos no seio da família sempre existiram e sempre existirão. As diferenças de tais conflitos estão relacionadas com a época em que viveram ou vivem pais e filhos. Sei muito bem disso pelo simples fato de ter sido criado de uma maneira na qual os pais tinham uma inquestionável autoridade e os filhos sabiam que pai e mãe tinham quase sempre a última palavra. Isso não ocorreu exatamente assim quando criamos nossos filhos.
    Parabéns, querida cronista!
    Um beijinho daqui do escritório.

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  33. Parabéns, querida Tais, por tão bem teres escrito sobre a difícil relação pais-filhos; e pela belíssima escolha musical, que há muito não ouvia.
    Enquanto filha, deixei no passado os momentos menos bons e recordo hoje, com saudade, os muito bons.
    Enquanto mãe, depois de um período conturbado, angústias e aflições (normalíssimo, percebo hoje), reina a paz, o respeito e o amor. Aprendi a conjugar o verbo "relevar". E os filhos foram crescendo...
    Querida amiga, desculpa o silêncio desta «humana imperfeita».
    Beijo, bom fim-de-semana.

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  34. As relações familiares são básicas para a vida, aprendemos amar e a odiar, a ter a visão de si mesmo e do mundo. Interações complexas que dão raízes e conflitos pessoais e relacionais. Na terapia de familia adentramos as histórias e quando há sucesso fica o crescimento de cada um e a consciência das responsabilidade nas situações. Cada fase traz uma versão diferente entre pais e filhos. bjs

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  35. Oportuníssimo e vivido a cada dia que passa, este tema é descrito dum modo delicioso para adolescentes e "maduros". Só nos resta aprender a relacionarmo-nos tendo presente a simplicidade de Alma que sempre consegue "coisas" que os orgulhos tendem a impedir.
    Parabéns.



    Beijo
    SOL

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  36. Querida Taís

    Um texto que todos nós, pais e filhos, deveríamos ler com muita atenção. Talvez por aqui se tenha consciência de tantas subtilezas que poderão passar ao lado quando nessa relação as situações se "descontrolam". E tem razão, há notícias do quotidiano que falam em desabono dessa relação que deveria ser de amor e compreensão.

    Não há dúvida que as boas relações familiares são fundamentais para que em adulto sejamos pessoas equilibradas e de boa índole.

    Minha amiga, é sempre um prazer estes momentos de leitura que aqui nos oferece.

    Bom fim-de-semana.

    Beijinhos

    Olinda

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  37. Tais, você disse tudo o que eu teria dito
    se escrevesse tão bem. Tudo isso é o que
    vejo e vivo. Minha mãe era do interior do
    Estado do Rio. Foi alfabetizada, mas de
    pouca leitura. Mas isso não tirava dela o
    prazer pelos clássicos e Frédéric Chopin,
    segundo dizia, teria feito toda a diferença
    naquele século (XIX)com Noturno.
    Beijos, amiga. Obrigado pela lembrança
    que me trouxe.

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  38. Nas distintas fases da vida vamos vencendo etapas e ainda que superadas nem sempre com o gralhadão desejado. Essa adolescência travessa, quando se inicia a fase de que já sei tudo e mais do que ninguém, até que o passar dos anos acaba de pôr tudo no seu sitio.
    Excelente o trato que dás a um tema tão delicado, agora que já sou avô.
    Um grande abraço

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  39. La tua cronaca ci porta a una riflessione molto profonda sulla vita.
    Buona domenica.

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  40. Relacionamentos familiares são muito complicados. A convivência tem muito a nos ensinar, estamos sempre aprendendo. Precisamos de mais amor e compreensão nos nossos lares para evitar conflitos, cada um é responsável pela felicidade no lar. Nenhuma família é igual, nunca seremos como nossos pais foram e nossos filhos jamais serão como nós.

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  41. Acredito que a maioria das famílias passem por essa fase. Cobrança dos filhos, exigência por parte dos pais, reuniões de família com discussões no Natal. Só depois de velhos que passamos a realmente entender os pais e ver como estavam certos. Sei que não podemos voltar no tempo e fazer tudo diferente, mas bem que a gente queria!

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  42. Ninguém tem culpa de ter nascido, isso é verdade. Mas o não ter culpa de ter nascido.
    não impede os filhos de ouvirem os conselhos de seus pais. Sendo isso que eu penso!

    Tenha uma boa noite cara amiga Tais Luso. Um abraço.

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  43. Muito bem observado.
    E escrito.
    COncordo.
    Acho que consegui fugir a essa norma. Muito mais por mérito meu que por mérito de quem me gerou. Falo das coisas que me fizeram mal, mas sem cobrança. Não fui rebelde, mas fui muito cobrada. Não cobrei. Falo do que devia ter cobrado, do que faltou... numa serena forma de ser. E oiço o que me dizem.

    Quebrei o ciclo vicioso. Mas não saí a lucrar. Uma pessoa sacrifica-se e perde o que devia conquistar, para que esse ciclo acabe.

    Tudo tem uma razão de ser e penso que atravessar fases de rebeldia na adolescência é benéfico. Tanto para o adolescente quanto para os pais e principalmente para os pais. Pois sem rebeldia... muitos não saberiam dar liberdade aos filhos para que sigam o seu rumo. Iam querer partir-lhe as asas para que não possam voar. Por isso são rebeldes por natureza. Deus sabe o que faz quando faz... Kkkk. Se souberem que têm nos pais um porto seguro, saberão a eles recorrer... mas há uma fase em que não existe essa percepção. Eles são os últimos que devem saber do que for.

    Abraço

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  44. Tão verdade. Somos uma família de seis. Duas do casamento anterior de meu marido. Um do meu casamento anterior e uma fruto da nossa união. A mais velha tem 19 anos e a mais pequena 3. Os mais velhos adultos, pré-adolescentes e adolescentes estão nessa fase estranha de não valorizar, apesar de que eu acho que os jovens frutos de divórcios crescem mais cedo e são mais adaptáveis. Fazem mais chantagens emocionais mas cobram menos. É uma questão de sobrevivência. Nós queremos o melhor para eles sempre.

    A verdade é que sim, a vida é um sopro, uma cabeça de fósforo e temos de aproveitar estes laços fortes que nos sustêm.

    Amei o post!

    Vanessa Casais,
    https://primeirolimao.blogspot.com/

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  45. Tais, bom dia!!
    Belíssima crônica sobre esse assunto em que a vida nos prepara testes hoje, e cobrará as respostas que demos lá na frente... Como seria importante termos aulas de relacionamento! A escola ensina algumas coisas importantes, outras nem tanto, outras desnecessárias, mas não ensina nada sobre relacionamento. Hoje, dou palestras sobre isso, e vejo reações tão impressionantes, por antecipar o que um adolescente vai sentir ainda, na vida, em relação aos pais... Eu JAMAIS discuti com os meus. Nenhum de meus irmãos JAMAIS discutiu. Nossos pais JAMAIS nos cobraram. Carrego a dor incomensurável de perdê-los - não a de não tê-los compreendido ou não ter sido compreendido. Escrevo esse comentário com um profundo senso misto de paz interior e incomensurável saudade. Crônicas perfeitas causam isto... Grazie.
    Um beijo carinhoso

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    1. Olá, Angelo, que lindo teu depoimento, meu amigo! O presente mais valioso é esse mesmo, sentir pelos nossos pais apenas saudades, uma saudade incomensurável...
      "Carrego a dor incomensurável de perdê-los - não a de não tê-los compreendido ou não ter sido compreendido".
      Isso não é para esquecer.Eu que agradeço.
      Beijo, uma ótima semana!

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  46. Boa tarde Tais,
    Gostei muito da sua crónica.
    A adolescência é uma fase da vida sensível, cheia de mudanças e nem sempre estamos preparados para tal.
    Os filhos crescem e começam a ter ideias próprias, mesmo que não sejam as mais corretas, refutando muitas vezes as nossas. Necessitamos ser firmes tantas vezes e bastante compreensivos. Falar bastante com eles.
    Mas quem não falha quando age com os melhores propósitos?
    São relações entre pais e filhos e está tudo dito!
    Um beijinho.
    Ailime

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  47. Um tema como sempre, muitíssimo bem abordado!... Com muita lucidez, e discernimento...
    Pais e filhos, levam uma vida por vezes de desentendimento... pois nem sempre é fácil aceitar a individualidade do outro... com todas as suas escolhas boas ou más... mas a calma e o diálogo, nem sempre estão presentes nas relações familiares... há todo um mundo de circunstâncias diversas, que às vezes o impedem...
    Beijinho
    Ana

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís